«Não estão em causa as opiniões sobre a opção de cada partido quanto ao seu funcionamento e organização. Cada um poderá analisar (até a propósito deste caso concreto) como intervêm os comunistas eleitos em cargos públicos. A questão é que os partidos são feitos de homens e mulheres livres, que neles se associam por sua vontade, que através deles intervêm na sociedade de acordo com os seus ideais.
(...) É claro que a Comissão Concelhia de Setúbal e os organismos de direcção do Partido podiam ter tomado a decisão mais fácil neste quadro, um deixa-andar mais “compreensível” para alguns que vêem o poder local como palco de isaltinadas ou felgueirices. Mas se assim fosse, o PCP estaria a ser como os outros. Certo?»
Exacto e eu defendo que o PCP deve organizar-se como bem entender, votar de braço no ar e tudo isso, se necessário obrigar toda a gente a actos de contrição e a penitências na montagem da Festa do Avante.
Defendo acerrimamente que quem vai para um Partido é porque aceita as regras da colectividade. Se não aceita venha-se embora. Se gostava que fossem outras crie um Partido novo.
Só que as eleições para a Câmara de Setúbal são feitas de acordo, não com os estatutos do PCP mas com as leis da República.
E embora essas leis até prevejam que os cargos são dos partidos e as renúncias são possíveis, até ao momento ainda não institucionalizaram a cortina de fumo como método legítimo para encobrir a razão da renúncia explicitamente forçada contra a vontade do próprio "renunciado2.
O Isaltino, a Fatinha Felgueiras e o major Valentão candidataram-se à revelia dos seus partidos e foram reeleitos, mas nós sabemos o porquê de tudo isso e os eleitores locais até se ficaram nas tintas para as aldrabices que foram feitas.
Já por estas bandas os telhados e as paredes de vidro, quando se trata destes asuntos, ficam mais pardacentos do que a vala que vem ali a escorrer da Vinha das Pedras e desagua no nosso Cais Velho.
Porque, no fundo, o que Bruno Dias escreve é que, se não tivessem levado Carlos Sousa à renúncia, a situação seria equivalente a uma isaltinada ou felgueirice. Ora sabendo nós que estas maroscas não foram meras disputas sobre "renovações" mas casos de polícia fica sempre a dúvida sobre se porventura, pela margens do Sado... ... ...
AV1
Sem comentários:
Enviar um comentário