Claro que em ambiente tão selecto, as presenças são quase tão notáveis como as experiências culinárias.
Após a nossa chegada, de um par de jovens engravatados e de fatiota formal que faz adivinhar gestores de algo e de um pequeno grupo de gente claramente ligada ao imobiliário em almoço de planeamento de negócios, surgiu o par de autarcas-modelo da nossa Península, ele sempre vistoso no seu aspecto falsamente soixante-huitard (e lá me acompanhou na falta de gravata e na blusa de gola alta que adivinhei com a griffe certa) e ela cada vez mais elegante quanto se vai afastando do estereótipo feminino da sua filiação partidária.
Mesa recatado ao canto.
Serviço como quem já é conhecido(a) na casa.
Discrição q.b.
Claro que a refeição não terminaria sem que à mesa chegasse uma pequena oferenda de artigo de produção local, enviada pelo senhor da mesa do imobiliário, que depois surgiu para a troca de gentilezas da praxe.
É bonito, é sinal de fina educação e cai bem a toda a gente.
Hábitos que se criam. Simpatias que se cultivam.
Até um almoço escorre melhor
AV1
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4 comentários:
Será que chegaram de mota?
Pela janela já só os vi pelo seu pé, mas a senhora pelo penteado deve ter vindo em ambiente mais fechado, pois até o chaffeur apareceu com materiais para despachar e assinar.
Talvez o Audi A6 3.0 no estacionamento fosse dela.
Mas no caso dele... é bem possível.
;)
AV1
Realmente, sem nos apercebermos, os anos passam, os modos e costumes alteram, os gostos de cada um vão sendo sublimados.
Por isso o olhar incrédulo de muitos autarcas que passaram pelas nossas autarquias nos anos 70 e princípios de 80, perante estes "manganões".
O problema é que se habituam a "gostos" caros e depois... se o orçamento não aguenta...lá temos o caso do outro nosso vizinho, coitado. Pediu para passar à reserva.
E viva o Comunismo!
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