quinta-feira, agosto 10, 2006

Fidel

O homem está mal e, mais coisa menos coisa, deve ir desta para melhor e, por força da Natureza, lá largará o poder antes das Bodas de Ouro.
Digo claramente: não lhe sentirei a falta porque embirro olenemente com quem, em nome da libertação de um povo e de uma sociedade, depois se instala no Poder décadas a fio, em especial nas condições de liberdade cívicas muito, muito relativas, vividas em Cuba.
O tempo de Fidel já passou, no mínimo, há um quarto de século ou coisa parecida.
Desde os anos 80, no mínimo, que está ali a mais e devia perceber que, mesmo que considere isso errado, todo o povo deve ter direito a escolher o seu destino.
Ele não percebeu isso, como muitos outros antes dele, que de salvadores se tornaram algozes do seu povo.
Em boa verdade, em todos os líderes revolucionários e/ou contestatários, que um dia conseguiram ganhar o Poder, só Nelson Mandela conseguiu ter juízo e mostrar como se fazem as coisas.
Confesso que ainda tive algumas esperanças no Xanana Gusmão, mas estão a começar a mirrar.
Quanto ao Fidel, resta à vista desarmada a falta de capacidade de ver quando já se faz parte do problema e não da solução e quando se falhou clamorosamente uma transição que podia ter sido diferente.
Cuba, nos tempos que correm, não é assim tão diferente da Cuba de Baptista.
Não terá os americanos nos casinos, mas tem europeus em turismo sexual, como uma velha amiga minha, que nos inícios de 90, depois de uma visita com outros camaradas, ficou com o hábito de lá voltar anualmente para 15 dias de concretização de fantasias e outras coisas que tais.
Não terá americanos ricos a ostentar a sua riqueza perante uma população pobre, mas tem turistas europeus que com um par de maços de tabaco conseguem muita coisa que a propaganda do regime não gosta de mostrar.
E o resto, camaradas, é triste, apenas triste.

AV1

2 comentários:

Anónimo disse...

Quando é que estiveste em Cuba?
Quando é que viste isso tudo?
Isso é mesmo verdade?
Em que zonas da ilha estiveste?

AV disse...

E o meu caro leu o que está escrito?
Percebeu quem foi onde?
Eu, tal como à Madeira, não vou a Cuba enquanto for para turistar pelo meio da miséria geral.
A culpa é do embargo? Pois, mas não só.
Já no seu caso talvez então se deva coibir de escrever seja o que for sobre terras que não visitou, tipo Iraque, Líbano, Israel e que tais.

As férias foram boas?

AV1