terça-feira, fevereiro 22, 2005

Dignidade democrática

Algumas pessoas gostam que os seus adversários sejam os piores possíveis, para terem as vitórias asseguradas, quase à partida.
Isto acontece tanto na Política como no Futebol.
Não penso assim. Sou do SCP mas não gostei quando Vale e Azevedo foi líder do SLB só porque o estava a levar para o abismo. Uma liderança adversária não é boa, só porque é má e nos facilita a vida. Quase sempre, quando o bicho entra na fruta, apodrece-a toda. Não é por estar num gomo da laranja, que não passa para os gomos seguintes.
Não é assim que se pensa por aqui.
Por isso, são preocupantes algumas notícias sobre o futuro das lideranças do PSD e do CDS.
No CDS, Telmo Correia seria uma liderança fraca, cinzenta e anódina (anónima não seria porque o homem tem nome). Maria José Nogueira Pinto seria levar este partido para a direita da Nova Democracia e para um gueto fundamentalista sem saída, equivalente ou pior do que qualquer ortodoxia marxista-leninista porque sem base social de apoio.
No PSD, Luís Filipe Meneses seria o completo declínio de tudo, porque ele é um aspirante a Santana, populista, só que sem carisma e sem coração aberto, apenas com umas ideias vagas e a asneira na ponta da língua. Seria levar o PSD para o mais fundo de sempre.
Marques Mendes não é a solução porque, por muito que o tentem promover, lhe falta carisma e autoridade pessoal sobre o resto da malta. Seria sempre uma marioneta da federação de interesses que nem conseguiriam ficar na sua sombra.
Em tempos de PS com maioria absoluta a Direita não pode ficar assim.
Acho que sou de esquerda (depende do interlocutor, porque já me chamaram coisas bem mázinhas), não os quero no Governo, mas também não os quero de joelhos.

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