segunda-feira, fevereiro 21, 2005

O desempenho dos líderes II

Na noite das eleições

Francisco Louçã - 2 bostas.
Como o Bloco se revelou desnecessário para viabilizar um governo PS lançou-se de novo com a história do aborto, só para marcar a agenda política. Não há pachorra.

Jerónimo de Sousa - 1 estrela.
Disse o que tinha a dizer, de forma realista, sem especial brilho e sem ficar afónico.
Nada de novo por aqui.

José Sócrates - 2 estrelas.
Discurso quase bom, com uns avisos aos adversários que podiam ter sido mais curtos. Percebeu-se que ninguém ficou feliz com a campanha do PSD. Não era preciso insistir.

Paulo Portas - 2 estrelas.
Podia ter sido 3 ou 4 estrelas, se não fosse aquele remoque sobre o facto de em nenhum país "civilizado" os trotsquistas serem quase tantos como os democrata-cristãos. Em primeiro lugar, o seu irmão Miguel anda lá por aqueles lados (mesmo se não me parece trotsquista) e eles dão-se bem, pelo que a coisa não será assim tão má de aturar. Em segundo, é óbvio que em nenhum país civilizado, Portas seria Ministro da Defesa, Nobre Guedes do Ambiente ou Telmo Correia do quer que fosse, mesmo Ministro dos Alfinetes. Quanto ao resto, esteve benzinho, ao perceber a ordem de marcha divina.

Pedro Santana Lopes - 4 bostas.
Ainda pior do que em campanha. Parece não ter percebido nada do que se passou.
Achou-se num lugar que sempre quis, desbaratou a oportunidade por pura imbecilidade, acaramunhou e não largou. Ficou sem destino para a vida e tenta não perder o sonho que se esfumou. Provavelmente acredita que num Congresso laranjinha vai conseguir emocionar a malta com aquelas conversas vagas e com voz grave do costume, que vai ser perdoado e ser visto como o Salvador da Desgraça que ele próprio criou.
Arrepiante de tão caricato.

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