... a melhor revista do mundo seja a The Atlantic.
Depois de já estar online a edição de Março, chegam por fim às bancas portuguesas os escassos exemplares para nosso consumo da edição de Janeiro/Fevereiro.
Por tradição compro nos últimos anos esta edição dupla que traz uma excelente secção sobre o Estado da Nação americana e nos faz perceber melhor como ela é diferente da Europa e do que pensamos.
No artigo "Continental Divides" (pp. 128 -131) apresentam-se alguns dos principais indicadores socio-económicos sobre os 50 estados.
Por estranho que pareça, e se sobrepusermos o mapa político das últimas eleições presidenciais e para o Senado, constata-se que a América republicana é, em traços gerais, aquela onde há mais pobreza, maior disparidade de rendimentos e mais casas "móveis" (ou seja, casas precárias ou atrelados tipo roulote). Talvez não por acaso, é aquela América onde há maiores contribuições para a caridade e onde a taxa de divórcios é mais baixa.
A América Democrata é mais rica, mais homogénea em termos de rendimentos e com melhores condições de habitação.
Paradoxal ou não, lá a "Esquerda" é mais popular nas zonas de maiores rendimentos, porventura mais cultas, mais cosmopolitas e com uma visão do mundo mais ampla. A "Direita" predomina nas zonas mais empobrecidas, de maiores clivagens sociais e, aqui de forma mais esperada, mais religiosa.
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