terça-feira, janeiro 03, 2006

Pois, é verdade...

Um leitor amigo alertou-nos para esta peça do Rostos Online, onde a certa altura se fala da nomeação de Eurídice Pereira para a vice-presidência da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo.
O leitor em causa termina o mail da seguinte forma:

«Boa noite, trago este pequeno apontamento do jornal citado só para concluir que perder as eleições para a CM Moita (cilindrada) se calhar até foi a melhor coisa que podia ter acontecido à senhora.
Só para terminar penso que este vencimento é bem melhor do que a reforma, tão criticada por vós, do actual presidente da CM Moita.

um abraço

JJ»

A este respeito já respondemos privadamente ao nosso leitor, mas podemos recuperar aqui parte essencial do que foi transmitido e mais alguma coisa, a saber:

a) Quem nos lê sabe que logo que se adivinhou a derrota (ainda na campanha) previmos que EP migraria para qualquer cargo de confiança política do aparelho socialista (como aconteceu ainda antes com o seu braço direito Rui Mourinha que se pôs logo ao abrigo de azares).
b) Escolhemos EP como figura negativa do ano, a nível local, pelo desaire eleitoral e desastrada estratégia usada na campanha.
c) Não faço ideia do salário que EP vai auferir, mas quem souber pode informar-me para eu ficar a roer-me até ao sabugo com a devida inveja.
d) A comparação com a situação de João Lobo só é parcialmente válida pois o que esteve em causa não foi o montante da reforma (quase todo para o partido, claro), mas a opacidade da situação, que foi ocultada até ao limite do possível, nomeadamente durante a campanha eleitoral, quando o conhecimento da aposentação aos 48 aninhos teria dado origem a belas postas de pescada no AVP e não só, bem como eventualmente a algumas análises por potenciais eleitores menos felizes com o estratagema (legal, claro, e com destino ao partido, outra vez claro).

AV1

2 comentários:

Mário da Silva disse...

Eu não sei se não faria o mesmo. Há que ter em consideração que o emprego no Barreiro se foi e a mulher também tem de pôr pão na mesa lá de casa.

E tendo em conta os insultos continuados, a ingratidão de alguns, o esforço destes últimos anos, a oposição interna e externa; não sei se não me iria embora também.

É pena que tenha ido. Era talvez a única da oposição que tinha os conhecimentos técnicos para fazer uma oposição séria.

Mas ela não foi completamente embora. É só por algum tempo e vamos a vêr se as pessoas a querem cá e se há alguém que lhe peça para voltar.

Mais a mais, eu até acho que ela nos poderá ser muito mais útil (ao concelho) como Vice-Presidente da CCDR, onde terá muito mais poder no que toca a todas as questões importantes (seja o PDM, seja os apoios), do que como veradora numa câmara onde tudo passa porque a maioria é Maioria Absoluta na Vereação e na Assembleia.

Não concorda que foi a melhor opção?

Mário da Silva disse...

d) A comparação com a situação de João Lobo só é parcialmente válida pois o que esteve em causa não foi o montante da reforma

Pois! Mas isso eles não percebem nem querem perceber.

O que está em causa é a imoralidade do acto -- que até os camaradas na AR consideram uma ilegalidade -- e a dualidade de visões sejam os outros a cometê-lo (ex-ministro das finanças) ou sejam eles.

Até mais.