«Obras na Lapa/Infante Santo têm "cor do dinheiro"
José Sá Fernandes diz que há dinheiro envolvido no caso que envolve a Câmara Municipal de Lisboa numa polémica, devido a obras na Lapa/Infante Santo, que alegadamente favorecem um promotor imobiliário. No Jornal das Nove, na SIC Notícias, o vereador do Bloco de Esquerda apontou o dedo também ao IPPAR, no caso de outra construção na mesma zona.»
O pavoroso em todo este processo é que mesmo com fotos a demonstrarem a construção literalmente em cima de uma parte do Aqueduto das Águas Livres e a ausência de uma licença de construção, tudo avaçou e avança, sem que ninguém seja responsabilizado por nada, nem sejam levantados procedimentos disciplinares contra a fiscalização da CML e outros departamentos envolvidos.
A técnica do "vai fazendo que depois ninguém deita abaixo e a multa depois logo se irá arrastando pelos tribuanais até prescrever tudo" instalou-se na maior autarquia do país há muito, mas cresceu desmesuradamente no mandato anterior.
Como vivemos no país e anedota em que vivemos, por muitas recomendações e pareceres da Provedoria da República que se façam, ninguém se comove, assim como por demais evidente que seja a ilegalidade, o IPPAR dá parecer favorável a um atentado daqueles.
Claro que nestas coisas o que está em jogo é a cor do dinheiro e se o topo não dá exemplo de rigor e de busca dos culpados, não adianta depois andarem todos a dizerem que o "senhor Presidente tal (neste caso o Carmona Rodrigues) é uma pessoa íntegra e séria", porque se permite tais atropelos à ilegalidade debaixo dos olhos, pode ser íntegro, mas será desmesuradamente crédulo ou estúpido.
É que ninguém quer saber se os vereadores andaram à escola com o Presidente ou foram seus colegas aqui ou ali (onde é que eu também já vi isto).
Se a dúvida sobre a forma de acabar com o mal é se havemos de cortá-lo pela raíz ou pela cabeça não há que hesitar, corta-se pelo sistema mais rápido.
AV1
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