segunda-feira, fevereiro 14, 2005

A Galeria dos Monos Nacionais I



Inaugura-se aqui hoje a grande Galeria dos Monos Nacionais, que também esteve para ser chamada Álbum das Fracas Figuras.
Começa-se por Manuel Maria Carrilho.
E porquê ?
Porque sim !
Porque este homem tem um dos maiores egos do país e uma das mais desproporcionadas relações entre auto-imagem e valor político de todo o nosso Portugal e olhem que nós temos muitos e bons concorrentes nesta área da nossa vida.
Manuel Maria Carrilho acha-se bom, acha-se inteligente, acha-se charmoso, acha-se arrebatador, acha-se irresistível e, pior que tudo, acha que tem qualquer coisa para dar ao nosso país em matéria de política.
O problema é que, se tem algo para dar, não é nada que alguém esteja interessado em ter.
Quando se juntou com a Bá'bara Guimarães podia colocar-se a hipótese académica de subir na minha consideração mas o que aconteceu foi o inverso, ela é que desceu e passei a olhá-la como se da Madre Teresa ou da Camilla Parker-Bowles se tratasse (pensando bem, como se do príncipe Carlos se tratasse).
O homem é uma pretensa criação não sei do quê, que chegou a Ministro da Cultura depois de esfaquear pelas costas (vidé teoria de Pôncio Monteiro) quem o levou para o PS.
Sempre que aparece na televisão (o que agora já é mais raro), parece querer armar-se em arauto de si mesmo, entremeando banalidades de terceira com originalidades de quarta categoria.
O narcisismo que o caracteriza é tal que uma visita ao seu site pessoal nos deixa aterrados perante tamanho amor por si próprio. Aliás, não sei se não se satisfará a si mesmo só de olhar para o espelho, servindo a Bárbara apenas para assegurar que a descendência não tem a fronha atroz do pai.
Quando escrevia livros de Filosofia que ninguém lia, a não ser os seus alunos a quem não deixava usar fotocópias (que isto dos direitos de autor ainda dá um dinheirito), ainda andava tudo bem, porque não traziam a cara dele escarrapachada. Agora que decidiu ser político, lá temos que gramar com aquela fronha na frontada dos cartapácios quando um tipo entra numa Livraria.
Depois cultiva uma pose de intelectual distanciado das mundanidades, mas negoceia as reportagens fotográficas do casamento e nascimento do último filho, agredindo quem tenta furar os exclusivos, argumentando que é invasão da sua privacidade.
É verdade que parece ter algum sucesso junto da feminilidade mas, para não entrarmos por caminhos ínvios, é melhor não nos adiantarmos muito neste atalho escorregadio, com belos esqueletos no armário.
Agora parece que ainda não desistiu ainda de ser candidato à Câmara de Lisboa o que, a concretizar-se, conseguiria dar a única hipótese num bilião de Carmona Rodrigues ser eleito.
Aliás, da última vez que se tentou fazer uma sondagem telefónica para avaliar do seu eventual apoio na população, as respostas eram invariavelmente as seguintes:
«AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH, AI, AI, AI, AI, AI, que mal é que nós fizemos para merecer tal sorte!!!»
Enfim...
Poderá parecer por este texto que achamos que MMC não tem qualquer tipo de valor.
É verdade.
Se alguma utilidade tem é fazer-me mudar logo de folha de jornal ou de canal de televisão, sempre que vejo aquela cabecinha de pisco, alimentada a brilhantina (mas comprada em Paris) aparecer.
É que se encaro aquele olhar mais de 10 segundos, tenho pesadelos terríveis toda a noite.

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