Parece que o Sim ganhará por larga margem, pois vai com 55% e normalmente as últimas freguesias a apurar são as mais numerosas e urbanas, tendencialemente mais liberais nesta matéria que compensarão certamente o Não predominante nos Açores, cujas urnas fecharam ainda há 15 minutos.
Só que o abstencionismo nesta matéria revela até que ponto andamos inertes e a reboque.
Abstencionista razoavelmente convicto em matéria de eleições "regulares", daquelas em que vamos dar quase cheques em branco para meia dúzia de cabecilhas distribuirem as cadeiras, sou votante acérrimo em matéria de referendos.
Venham mais 3, nem que seja em fins de semana seguidos e eu estou lá sempre caído.
Por isso, uma abstenção a chegar-se quase aos 60% nesta matéria para mim significa que mesmo uma questão do Aborto, com todas as lutas e questiúnculas envolvidas, não mobiliza a maioria dos portugueses para irem votar e decidirem por si mesmos.
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2 comentários:
Na verdade ainda há entre 5% e 10% de eleitores "fantasma" e se as bases de dados estivessem correcta não havia assim tanta abstenção e, por ventura, até seria vinculativo.
O mais preocupante é, na população universitária, existir uns preocupantes 70% que nem sequer recenseados estão. Isto sim, não augura nada de bom a Democracia e tudo de bom a esta Democracia partidária que temos cada vez mais Hontizada.
Agora, como eu já tinha escrito em outro comentário, é que começa o verdadeiro trabalho de fiscalização da Lei e de pressão para que o que falta a montante seja feito pelo Estado; e isto já era a minha posição para o caso do NÃO vencer.
Até mais.
O recenseamento sendo obrigatório torna essa situação absolutamente inexplicável.
Pois se existe o registo dos nascimentos e se o pessoal tem BI, qualquer computadorzinho pode ter lá uma base de dados que sirva para verificar isso.
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