Não é todos os dias...

... que o outro presidente bota escritura por escrito, antes de ir passear (há vocações que não se devem contrariar) até aos Açores.
Percebe-se que a CMM esteja sem capacidade para agarrar uma gatito esquálido pelo rabo, e eu até sou acérrimo inimigo da municipalização da saúde e da educação, mas daí a considerar que essa municipalização é símbolo de uma investida neoliberal é um salto lógico muito grande.
A menos que o autor da prosa ache que as autarquias são empresas privadas.
Às vezes até parece.
Mas não devia.
Mas nada como ler o naco final da prosa, coisa emaranhada e com as habituais deficiências de articulação linguística.
Sendo este homem um formador nato do aparelhismo jovem moiteiro e amoitado já se percebe que a malta escreve que nem calhaus.

"Na área da educação, da saúde e segurança social, tal descentralização da forma como está apresentada pode constituir um instrumento que, com e pelo envolvimento das autarquias, contribua para desestruturar políticas públicas e privatizar funções e serviços. O que hoje está à vista nas chamadas “actividades de enriquecimento curricular” será exponenciado com o leque de competências que estão a ser sugeridas. Ao envolver as autarquias em políticas subordinadas aos interesses e objectivos do governo, de que o envolvimento em áreas sociais é um exemplo, orientando-se para a chamada inclusão social numa dinâmica assistencialista, faz parte de uma estratégia de atenuação e disfarce das consequências das políticas neoliberais assentes na exploração e na injustiça social." (Rostos Online)

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Leram bem. A municipalização das políticas significa o agravamento da exploração neoliberal e da injustiça social.

Acho que ele não quereria dizer bem isto.

Mas foi o que ficou.

Isto é só rir, só rir...