«A proposta do Tratado de Revisão [sic] continua a assumir no essencial o que já estava no tratado constitucional, esta proposta reforça o poder dos grandes países a partir de 2014, retirando capacidade de influência a países como Portugal ao nível dos processos de decisão, fim das presidências rotativas, ampliação das decisões por maioria qualificada. Este tratado mantêm na sua essência a lógica de um modelo económico neoliberal, tendo como base o pacto de estabilidade, ao mesmo tempo que ataca os direitos sociais, a segurança social, os serviços públicos.
O que é substancial mantêm-se na íntegra como seja o reforço de competências da União Europeia, em detrimento das competências nacionais.
Podemos concluir que apenas se rebaptizou a Revisão do Tratado, para manter toda a mesma lógica.
O que é substancial mantêm-se na íntegra como seja o reforço de competências da União Europeia, em detrimento das competências nacionais.
Podemos concluir que apenas se rebaptizou a Revisão do Tratado, para manter toda a mesma lógica.
(...)
É ou não verdade que o sistema de decisão vai beneficiar largamente os grandes Estados? O Povo Português tem o direito de participar na decisão do Tratado, tenha ele o nome que tiver.»
Experimentem substituir as expressões "tratado" por "PDM", "grandes países" por "grandes interesses privados locais", "União Europeia" por "CMM", "competências nacionais" por "competências dos cidadãos" e "povo português" apenas por "povo" e isto aplica-se que nem uma luva à situação neste concelho que Álvaro Saraiva tão bem conhece.
Ou será que quando escreveu esta prosa não percebeu que a lógica usada pode ser reversível e aplicar-se a situações que o próprio defende de forma activa e militante contra os princípios que diz defender?
É certo que não seria de esperar muito melhor, mas estes textos parecem escritos à martelada.
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