terça-feira, julho 10, 2007

Ora toma e embrulha!

Sem olhar a meios

Neste espaço sempre tenho defendido a democracia participativa nas autarquias locais. Acho que a audição das populações é a “pedra de toque” de uma política de proximidade no Poder Local Democrático. Temos dado vários exemplos de autarquias CDU (e não só) que elaboram o Plano de Actividades e o Orçamento participados, sem receio de auscultar as populações.

Foi, portanto, com estranheza que tomei conhecimento do impedimento da intervenção dos munícipes, na reunião extraordinária pública que a Câmara Municipal da Moita efectuou no passado dia 9 de Julho, para aprovação do “Projecto de Revisão do Plano Director Municipal da Moita”. Não houve o período reservado a intervenção do público, contrariamente ao que, inclusive, tinha sido anteriormente divulgado.

Digo estranheza, apesar desta atitude de autoritarismo não ser nova. Tem alguns antecedentes. Por exemplo, na reunião pública de apresentação do projecto de Revisão do PDM, nos Brejos, em que o presidente da Câmara ‘fugiu ao debate’, deixando a sala cheia, com as pessoas de ‘boca aberta’.

Eu diria que Alberto João Jardim, frequentemente acusado de atitudes alegadamente anti-democráticas, não faria melhor.

Este autoritarismo (sem olhar a meios…) numa câmara comunista deixa-me triste…

José de Brito Apolónia

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