«A Primeira Lei Fundamental da estupidez humana afirma sem ambiguidade que:
Sempre e inevitavelmente cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
À primeira vista a afirmação pode parecer trivial, ou bem óbvia, ou pouco generosa, ou talvez as três coisas à vez. Sem embargo, um exame mais atento revela a autêntica veracidade desta afirmação. Considere-se o que se segue. Por muito alta que seja a estimativa quantitativa que se faça da estupidez humana, sempre sobram estúpidos, de um modo repetido e recorrente, devido a:
a) pessoas que considerámos racionais e inteligentes no passado revelam-se depois, de repente, inequívoca e irremediavelmente estúpidas;
b) dia após dia, com uma monotonia incessante, vemos como entorpecem e fazem obstáculo à nossa actividade, indivíduos obstinadamente estúpidos, que aparecem de improviso e inesperadamente nos lugares e nos momentos menos oportunos.»
Carlo M. Cipolla, Allegro ma non troppo, (Barcelona, Mondadori, 1998, pp. 54-55)
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