De acordo com um estudo encomendado pelo Governo para servir de base à reforma da Administração Pública, são 187 os organismos a extinguir e, de forma directa ou indirecta, muitas dezenas de milhar de postos de trabalho a perderem a sua utilidade.
Que há organismos a mais e gente recrutada a torto e a direito como forma encapotada de clientelismo partidário e pessoal já se sabia, pois o Estado sempre tem funcionado como almofada social que modera a gravidade do desemprego.
Que é necessário controlar isso também sabemos.
Que estes números são atirados para fora, para provocar reacções e, depois de alguma negociação, chegar-se a valores bem menos dramáticos, também já se sabe que faz parte da coreografia política.
Agora que os efeitos sociais deste emagrecimento do Estado vão ser complicados, isso vão ser, como destacaram os analistas económicos de serviço nas televisôes privadas (Ferreira Gomes na SIC e Peres Metello na TVI).
Resta saber o que irão apresentar como alternativa à "mobilidade" e à "disponibilidade" as organizações sindicais, para além dos protestos de rua.
Como sempre, acho muito estimável estar contra e eu próprio gosto de me armar em do contra, mas isso nos tempos que correm (e em todos) não chega, pois há que ter uma ideia alternativa para resolver os problemas.
E que o Estado, Central e Local, está gordinho e anafado em matéria de pessoal, está.
Mesmo se, por paradoxal que pareça, em muitos serviços essenciais faltem mais pessoas qualificadas.
Mas isso é por causa do tipo de recrutamento quese foi fazendo nos últimos 20, 30, 40 ou mais de 50 anos, em que as fidelidades e amizades sempre suplantaram em muito as qualidades.
AV1
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