domingo, julho 01, 2007

Chega o Verão, o PDM sai da toca

Não sei se reparam neste tipo de coincidências, mas já no passado recente, os meses de início de férias são os escolhidos pelo poder moiteiro para levar a sessão de vereação os assuntos relacionados com o PDM.
A malta com o calor fica menos atenta, outros vão de férias, anda tudo esbaforido de um ano de trabalho e com o desejo de descansar e lá salta o PDM da toca.
A partir de amanhã começa a preparação, invariavelmente com distribuição tardia da documentação aos vereadores. Resta saber se até os da Situação, mas mais afastados do núcleo duro, ainda estão no escuro.
Terça feira temos direito a sessão privada para tentativa de lavagem aos cérebros e depois dia 9 de Julho, na segunda-feira seguinte lá vai o assunto a sessão pública extraordinária, pelas 5 da tarde.
Isto é deveras interessante porque:
  • Por um lado explica a súbita agitação que tomou posse, há alguns dias, de certos e determinados vultos amoitados da Situação, em especial o retorno às tentativas de intimidação da opinião publicada e da imprensa local. Até explica o passeio recente por Alhos Vedros de uma comitiva muito colorida.
  • Por outro, parece-me que esta tentativa de aprovação de uma segunda versão do texto do PDM é algo rocambolesca e paralela à legalidade. É que há por aí prazos pulverizados há muito e, que se saiba por enquanto, há pareceres e outros pormenores por aparecer. Se é verdade que podem vir por aí coisas que o poder moiteiro considere favoráveis para si (a começar pelas novas regras que o Governo pôs ao dispôr das autarquias para aligeirar o processod e aprovação dos PDM's), não é menos verdade a opacidade deste processo se torna cada vez maior.
É que neste momento, quem está por fora, que é quase toda a gente tirando um punhado de fiéis, parece não saber de nada, do que terá motivado esta aceleração do calendário e a nova tentativa de fugir em frente.

De qualquer modo, adivinha-se nova aprovação solitária de um documento que, se mantiver as anteriores linhas-mestras e nada faz adivinhar o contrário tirando uns retoques cosméticos, enterra definitivamente qualquer possibilidade deste concelho deixar de ser da 2ª linha do que já é uma 2ª linha de subúrbios a nível nacional.
E representará a rendição completa do poder político aos interesses privados, entregando de mão beijada aos "empresários de sucesso" uma enorme mancha de solos para lotear e urbanizar, na sequência de alterações no seu tipo de utilização.
Se aparecerem por aí a dizer o contrário, acreditem só se quiserem continuar a passar por ingénuos
Isto fica, de vez, entregue à bicharada e à lógica negocista.
Eu já estou de malas quase aviadas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Se fosse só aqui, mas NÃO É. E até parece ser uma prática muito comum cá dos nossos autarcas sulistas.

É tudo uma corja ignóbil.

Até mais.