Para além de documentos emanados do PS local que nos foram enviados (e que nós, em coerência, não publicamos porque não é esse o nosso âmbito, nem somos um órgão de comunicação social com espaço para encher e simpatias a cativar), alguns comentários avulsos em alguns posts chamam a atenção para os níveis de endividamento da CMM neste ano eleitoral.
Com a mudança do meu equipamento informático, lá se foram os ficheiros recebidos mas, pelo que me lembro, o aumento da dívida da CMM tem crescido exponencialmente nos últimos anos, apesar de ser aparente que as receitas recolhidas relativamente ao sector imobiliário (da velha sisa ao novo IMI) devem ter aumentado neste mesmo período, se atendermos ao ritmo da construção.
Mas, e voltemos ao essencial, parece que, à boa moda portuguesa, a CMM tem vindo a recorrer ao crédito para dar aparências de obra feita, em especial da obra que enche mais o olho (o reperfilamento da Marginal ocorre-me com as suas centenas de milhares de contos de participação directa da autarquia).
Ora, sendo eu um dos que acha que a obra útil da CMM é algo escassa, sou também de opinião que muito do que mais falta no concelho passa por intervenções de custos relativamente baixos, seja a manutenção em boa ordem dos espaços públicos, seja a limpeza geral das vias públicas e a remoçáo de entulhos e lixos acumulados em estaleiros feitos pela própria Câmara, não esquecendo o cuidado em não deixar degradar irremediavelmente zonas residenciais semi-abandonadas.
Ou seja, mais do que coisa nova e grande, seria de grande interesse manter o que já existe em bom estado, o que nem sempre acontece porque parece pouco capaz de cativar o eleitor.
E se é verdade que o endividamento tem vindo a acelerar, os próximos anos ameaçam ser de inacção e - muito pior - de justificação para os senhores (ou senhora) que vierem a seguir justificarem a quebra das abundantes promessas eleitorais.
É que se já funcionou com o Sócrates, porque não funcionará com a Eurídice ?
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