Não tendo Portugal passado pelo ciclo de crescimento e desenvolvimento do Estado-Providência das décadas que se seguiram ao fim da II Guerra Mundial, fomos obrigados a uma aceleração da História entre 1974 e 1989 quando o Estado português procurou que, por fim, a maior parte de nós passasse a dispor de um sistema de protecção social vagamente semelhante ao do chamado modelo social europeu.
Nesse período foi o Estado que definiu o rumo em termos de prestações e regalias sociais dos trabalhadores por conta de outrém, arrastando o sector privado nesse caminho.
Claro que os nossos meios são escassos e nem sempre bem usados, pelo que a corda partiu em muito pouco tempo ou, se não partiu, querem-nos fazer crer que partiu e exactamente num determinado ponto.
Por isso, é curiosamente com um governo socialista, que se faz marcha-atrás e em que o Estado prescinde do seu papel exemplar em matéria de regalias sociais e recua para a posição dominante no sector privado, nomeadamente no que se refere à idade da reforma na Função Pública , mas não só.
Ou seja, entre nós, as vacas gordas - ou melhor, menos magras - só deram mais leite durante pouco mais de uma década.
Agora, adeus...
Para governarmos a nossa vidinha, resta-nos ser nomeados para a administração de uma empresa participada pelo Estado e esperar pela indemnização quando formos convenientemente demitidos.
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