Eu explico.
A coisa teve origem na ideia peregrina que andar com um par de cornos no carro ou com um chifre na carteira dá sorte.
Já viram certamente, embora esteja felizmente em desuso, aqueles pares de chifres bovinos no vidro traseiro dos carros, perto daqueles cãezinhos que estavam sempre a acenar com a cabecita, ou em miniatura, pendurados no retrovisor, onde agora é mais habitual colocarem um cd.
A ideia é parva, mas um gajo já foi novo e ainda mais parvo e crédulo do que é agora.
Para não dizer simplesmente estúpido.
E um dia, andaria eu pelos 13-14 anos, decidi experimentar e usei num determinado dia, um pequeno chifre em plástico na minha magra carteira, a título de experiência.
Então não é que o dia foi dos mais azarados da minha até então média-curta vida, dispensando-me aqui de descrever os detalhes trágico-cómicos do que pode correr mal a um jovem adolescente na Secundária da Moita na segunda metade dos anos 70 ?
Quem lá andou conseguirá imaginar a coisa sem dificuldade.
Ao fim do dia, o raio do pechisbeque foi parar ao lixo lá de casa e até hoje recordo sempre essas horas em que, por manifesta imbecilidade, tive a triste tentação de ser moiteiro.
Acho que terá sido aí que comecei a desenvolver a ideia de criar o AVP, só que ainda não havia computadores pessoais por estas bandas, nem internet, nem blogs, pelo foi preciso esperar um quarto de século.
E é assim, ninguém pode garantir um passado isento de moitice.
AV1
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