domingo, março 12, 2006

Legalização da Prostituição, já !

No programa semanal da TSF, de Carlos Pinto Coelho, o tema desta semana foi a legalização e a sindicalização da prostituição, estiveram presentes uma prostituta e a defensora da sindicalização das prostitutas.
Nos contactos com as duas centrais sindicais nacionais é que se viu como os sindicalistas Portugueses ainda estão atrasados em relação à realidade, a UGT ainda não tinha pensado nisso, porque a actividade é por enquanto ilegal...então por ser ilegal os trabalhadores deixam de existir ?
Quando ainda não existiam direitos de espécie alguma e quando os patrões tinham todos os poderes, inclusive de vida e morte sobre os trabalhadors, foi nessa altura e ilegalmente, que começaram os sindicatos e muitos sindicalistas morreram por essa causa, A Defesa dos Trabalhadores !
A CGTP então, nem pondera na legalização da prostituição, porque acha que o corpo não é passível de venda.
Quando trabalhamos de qualquer forma, estamos a vender o nosso corpo, desde escrever um texto numa secretária, até trabalhar na agricultura ou numa qualquer fábrica.
As 100 trabalhadoras que apanharam tendinite e agora foram despedidas, não usaram e sofreram no seu corpo, por isso ?
A questão é proteger esses profissionais do sexo de ambos os sexos, para que os seus direitos de trabalho e de saúde sejam salvaguardados.
Por isso chego à conclusão que os sindicatos não são capazes de defender os trabalhadores, como se tem vindo a constatar, são apenas mais uma forma de se arranjarem uns bons empregos à conta do orçamento dos trabalhadores.

AV2

13 comentários:

Anónimo disse...

av2 achas que ser penetrada e fazer sexo oral várias vezes ao dia com todo o tipo de clientes é o mesmo que cavar a terra, fazer limpezas ou qualquer outro trabalho em que "vendemos" o corpo?
eu entendo a tua ideia e até já cheguei a pensar de modo algo semelhante mas, acho que são coisas incomparáveis, e as mulheres que se prostituem sofrem muitas situações qua na minha opinião não podem ser comparadas.
já para não falarmos na figura do chulo que explora essas mulheres sem nada fazer, já para não falarmos do tráfico de mulheres que ocorre a nivel mundial e olha que são milhares por todo o mundo.

AV disse...

Penetrada ou penetrado... acho que desde que o cidadão o assuma como uma profissão e não seja por qualquer nenhum motivo externo a ele, ser forçado a fazê-lo, pode sim ser comparável a cavar a terra ou qualquer outro trabalho em que vendemos o corpo, todo o trabalho é uma prostituição do ser humano, mas todos temos de trabalhar, são coisas inerentes ao estatuto humano.
Os Chulos são uma gestão incorrecta da prostitição, a auto-gestão, cooperativismo ou outras formas de gestão, são na minha opinião mais válidas.
O tráfico de mulheres acontecerá sempre que haja países maIS RICOS A EXPLORAR PAÍSES MAIS POBRES.

AV2

Anónimo disse...

Desde que a actividade seja exercida de forma voluntária, não tenho nada contra a sua legalização e profissionalização.
Antes isso que andarem a encobrir o que todos conhecem.
Se a mulher é dona do seu corpo, deve sê-lo plenamente e fazer com que ele o que bem entender. O mesmo serve para a prostituição masculina ou transexual.

Anónimo disse...

É bem certo que algumas mulheres o fazem porque são donas de si mesmas, e ganham muito muito dinheiro, já vi reportagens em que algumas dizem que não trocavam o que fazem por nada pois estão habituadas ao estilo de vida que o muito dinheiro que ganham lhe proporciona mas, eu creio que essas são uma minoria, a grande maioria vem do tráfico humano, quantos casos não aparecem na nossa tv em que, especialmente brasileiras, chegam cá a pensar que vão trabalhar e depois são trancadas num sitio sem passaporte, sem dinheiro e obrigadas a pagar as viagens, "alojamento" e não sei mais o quê numa conta que nunca mais acaba, quantas não raptadas logo nos seus paises de origem especialmente em áfrica, ásia e leste europeu? quantas delas são menores? quantas o fazem por medo dum chulo que as ameaça, quantas não o fazem por toxicodependência?
Infelizmente as prostitutas que são donas de si mesmas, são muito poucas.
A legalização poderia supostamente resolver alguns dos problemas, eu digo supostamente porque as toxicodependentes, as mais desesperadas, as que são raptadas iriam continuar a existir na clandestinidade tal como hoje, porque as máfias e chulos tais que estão por detrás de tudo isso, não iriam abdicar dos seus lucros brutais nem do seu poder.

AV disse...

Mas quando estou a dizer que a prostituição é uma condição inerente ao ser humano, sejam homens ou mulheres, nas suas multi-vertentes, continuam a falar-me na condição das mulheres e do ultraje ao sexo feminino !
Não me interessa se as prostitutas ou os prostitutos, tenham sucesso, interessa-me se as condições de trabalho dessa classe, são boas para os clientes e para os trabalhadores.
Para isso tem de se dignificar a classe e proceder à sua legalização e salubridade na questão da saúde pública e da segurança do sexo praticado por estes profissionais.

AV2

Anónimo disse...

argumentação a sério, à qual colocaria três pontos:
a) Aqui ninguém escreveu sobre legalização das redes de tráfico de mulheres. A prostituição é legal em vários países, com base em outros modelos de funcionamento. Em contrapartida, onde é proibida, florescem essas mesmas redes de tráfico. Portanto, talvez o proibicionismo ou a omissão jurídica da actividade não sejam as melhores opções para combater as redes mafiosas.
a) A prostituição, admitindo que é um último recurso, é um último recurso porque ? Pois, o problema é esse. Porque é ela o último recurso ? E porque é uma actividade, não digo que sempre rentável para todo(a)s, mas com uma enorme procura ?
c) Eu não excluiria, por meras razões morais, a prostituição como uma opção de vida. Eu, por exemplo, não concebo levar a vida como entomologista ou mineiro, para dar dois exemplos díspares e só aparentemente disparatados. Mas elas existem e, no caso dos mineiros, com enorme risco para a vida. Por isso... só razões de ordem moral - e não propriamente éticas - podem fundamentar a recusa a legalização da prostituição.

joao figueiredo disse...

Este é daqueles temas em que ainda não consegui definir-me.

Se por um lado a prostituição me parece um acto de extrema violência humana e social (e retirando da discussão as tais redes de tráfico sexual) por outro lado a prostituição existe há muito e é ,muitas vezes devido à sua ilegalidade, praticada em condições infra-humanas, levando à marginização de que a pratica, e pondo em perigo de quem a pratica ou quem dela se serve.

Anónimo disse...

A violência da prostituição existe, é verdade. Mas eu consigo imaginá-la, sem grande dificuldade, em termos de prestação de um serviço.
Embora nunca tenha a ele recorrido ou dela tenha tirado lucro.
Mas, sinceramente, também sei que mesmo legalizada seria como o aborto, haveria sempre a vergonha e o preconceito social.

Mário da Silva disse...

Não sendo eu favorável de todo à prostituição, no entanto, só vejo dois caminhos possíveis:

1. Eliminação total da prostituição com perseguição dos intervenientes com o máximo de eficácia e sem comtemporizações, e com aplicação penas altas e multas pecuniárias elevadas.

2. Legalização e regulação da actividade profissional do sexo; a bem da própria saúde e integridade dos individuos que se dedicam a essa prática e de toda a sociedade.

Este encolher de ombros e olhar de lado fingindo que nada se passa e nada acontece causa-me alguma repugnância pela sua tibieza e pela sua moral de sacristia.

Até mais.

Anónimo disse...

Agora que o Código Penal está em revisão, parece que se aposta na criminalização dos clientes que recorram à prostituição com conhecimento de eventual situação de tráfico humano.
Essa é uma das vias para resolver o problema se for para levar a sério, claro, o que é bem mais difícil.

Cacav AV1 disse...

Eu queria ver se isto lhes tocasse no pelo se ainda falava em legalização da prostituição.Foge!!!

Anónimo disse...

Se alguém que me fosse próximo exercesse a prostituição preferia que o fizesse de forma legal e segura, do que ilegal e em condições precárias.
Tão simples como isso.

A questão da legalização não é tão diferente da do aborto quanto isso, sendo inclusivamente menos problemática em termos morais.

Anónimo disse...

Bem pelo que eu pude ler constatei que tem pessoas que apóiam e outras que não ao meu ver a prostituição e um degradação moral e física que dizer que não me prove ao contrario antes de darem qualquer palpite furado sobre a prostituição pense 3 coisas primeiro se você gostaria que fosse sua mãe prostituta segunda se fosse sua esposa ou sua filha??? ates de derem palpite pesem nisso certo. mais comentários email: ggil14@hotmail.com