Em algumas discussões recentes debati-me composições sobre o que é a "verdade", ou como a encarar, que estão muito longe da minha.
Não sendo um relativista, que defende a existência de vãrias verdades conforme o observador ou protagonista das situações e fenómenos, também não aceito uma Verdade dogmática, monolítica, linear e impermeável a qualquer tipo de visões diversas.
Não necessariamente em oposição a estas perspectivas, eu defendo a existência de uma verdade, única é certo, mas ampla ou aberta, contendo em si muitos elementos, por vezes aparentemente díspares, e tanto mais quanto a situação a descrever é mais complexa.
Se um lápis cai no chão, não há muito a obstar a esse "facto".
Mas quando nos debruçamos sobre situações sociais ou políticas, por exemplo, a verdade é algo flutuante conforme os observadores, tudo bem, mas que não deixa de ter sido apenas uma, só que formada pela visão ou contributo de cada um dos participantes, observadores ou de quem mais tarde as tente reconstituir.
É por isso, que sempre tenho dificuldade em aderir a fórmulas fechadas sobre a "verdade" acerca de determinadas situações históricas, mais ou menos remotas, ou sobre a vida que nos rodeia, em especial quando quem adere a uma Verdade fechada, acopla a isso considerações morais ou moralistas sobre o que está "bem" e o que está "mal".
É verdade que em situações-limite o Bem e o Mal não se confundem, nem devem confundir.
Mas quando essa distinção, colocada como muito clara, acontece apenas de forma instrumental e para servir determinado tipo de acção circunstancial, isso está errado.
O mesmo é válido para as qualificações atribuídas a indivíduos, ideologias, regimes, crenças, etc, etc.
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