segunda-feira, maio 02, 2005

Sociologia Pura


Maxmen, nº 50, p. 56.

Acompanho a carreira desta rapariga, com nível mediano de interesse, desde que há uns anos me chegou um mail em que a dita, ainda adolescente donzela, era retratada a executar actos de natureza íntima bastante amigável (e agradável) com aparente satisfação e aplicação.
A partir de então, foi Miss Playboy TV Portugal, foi e não foi encosto do Abel Xavier, apareceu em programas televisivos de humor do 254º escalão, em diversas reportagens fotográficas com mais ou menos roupa e, com o passar dos poucos anos, foi ganhando um aspecto claramente mais apelativo.
Nos intervalos entrou para um curso de Sociologia, que tem vindo pacientemente a fazer e já é capaz de tiradas memoráveis como "Há quem me pergunte se quero ir tomar um café." (Maxmen, nº 50, p.58)
Tudo isto demonstra como tive uma vida académica infeliz, mesmo se a minha turma não era das pior afortunadas em termos femininos. No meu tempo, as sociólogas não tinham esta pureza de conceitos nem uma definição de linhas deste calibre. A bem dizer, à excepção de uma vistosa e saudosa professora de Sociologia que um dia nos apareceu de empréstimo na sala só com um macacão sobre a pele, a raparigada de Sociologia era um bocadito a atirar para o "sapatão".
Virtude da descida das médias de acesso à Universidade (e nada de nos acusar de preconceituosos porque ela é morena), temos agora por lá em cursos antes pouco apelativos para o olhar, cientistas sociais capazes de nos fazer interessar pelo estudo do "facto social".

Como muito bem se escreveu no esplanar, "decididamente, confirmou-se a sábia previsão de um colega de curso: «no dia em que a média de entrada baixar, o interesse disto aumenta». "

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