quinta-feira, julho 28, 2005

Estratégias...

Para quem pensa que na questão das Presidênciais, tudo está já resolvido, com a entrada em cena de Mário Soares, é porque não conhecem Mário Soares.
O grande senhor da politíca Portuguesa sabe bem o que faz e a altura exacta em que tem de ser feito.
Por vezes tem de se avançar, para as coisas começarem a mexer e em Portugal a estagnação politíca, social, económica e especialmente a falta de um desígnio que nos faça sentir a Pátria e o orgulho de sermos Portugueses, é que nos faz viver nesta apatia e nesta aparente placidez em que nos encontramos.
Ninguém da esfera política está disposto a fracturar esta República, porque estão acomodados e não querem perder os seus tachos, mas em contrapartida os Portugueses não se identificam com as soluções corporativas que os governos PSD e agora PS, nos querem impôr sem nos consultarem.
Para que os Portugueses se unam em Portugal, será necessário que os políticos trabalhem por Portugal e não para fazer com que os seus interesses pessoais e "Lobbys" vinguem.
Isso neste momento só se pode fazer com a União da Esquerda e com um desígnio Nacional que comprendamos.
As presidênciais são um mero aspecto formal dessas condicionantes.
Mário Soares avançou, porque neste PS, sem ideologia e sem sentido de Pátria a candidatura de Manuel Alegre é mal aceite pelo poder Socrático, avançou porque os actuais diregentes do PS apenas respeitam uma figura Paternal, não porque respeitem os ideais de Mário Soares, mas porque o temem.
Mário Soares abriu o caminho e depois do apoio entusiástico de Sócrates e Vitorino à sua candidatura, esses dirigentes já não podem contestar nem voltar atrás na sua ideia de União da Esquerda.
O rumo do PS vai ter de mudar para a esquerda, porque cairam que nem patinhos na armadilha que Soares lhes montou e agora sabemos que são facilmente pressionáveis, quando sintem o MEDO de perder o poder !
Tudo está em aberto como se pode ver na réplica que Manuel Alegre ao DN de ontem:
"Lamento que, depois da cordial conversa telefónica que tivemos e na qual reiterei a posição anteriormente assumida no jornal Público, o DN tenha publicado a meu respeito especulações que categóricamente desminto, porque não têm nenhum fundamento.
Nenhuma pressão encomendada condicionará aquilo que só eu livremente entendo dever fazer.
Afirmo mais uma vez que ninguém está autorizado a falar por mim."

Manuel Pedro

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