quinta-feira, julho 21, 2005

O peso da memória

Abre-se O Rio nº 126, de 1 a 15 de Março de 2003, na página 7 e lê-se prosa premonitória:

«Em 2003 os salários vão subir menos do que a inflação e vão desvalorizar-se em termos reais; as reformas e as pensões vão bixar e vai-se ter que trabalhar mais tempo para as obter; o desemprego vai continuar a subir podendo vir a atingir os 7%; os impostos vão aumentar porque a mexida dos escalões do IRS está abaixo da inflação; os bens de primeira necessidade já subiram em média 6/8%. Este ano será, de certo, um ano difícil.»

Isto é para quem diz que ninguém no PS anunciou o que aí vinha.
É mentira, pois quem escreveu isto chama(va)-se José Capelo e era à data Coordenador do Núcleo da JS (de onde ? da Moita ? da BB ?).
E o texto continuava com passagens perfeitamente visionárias sobre a nossa actualidade actual.
Sobre questões laborais recomenda-se ainda a leitura do artigo (Anto)Projecto de Código de Trabalho (O Rio nº 115, p. 7).
Só não sei porque é que este jovem rapaz não continua com as suas profecias.
É claramente melhor que o velho Zandinga e não precisa do Oráculo de Belline como o nosso conterrâneo Miguel de Sousa.
Também não sei se ainda sai à rua sem se envergonhar de escrever estas prosas a metro, sem outro valor do que o mostrar serviço no aparelhismo local.

AV1

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