quinta-feira, março 16, 2006
AVP Quiosque
Para quem queira perceber como funciona muito da euroburocracia, este dossier do Figaro-Magazine é insubstituível, pois demonstra como muito do que é decidido nos corredores do Poder, resulta de manobras e influências exercidas em zonas cinzentas, longe do escrutínio democrático.
Para além disso, e pelo preco equivalente ao de uma revista nacional, há ainda uma bela reportagem sobre as tribos congolesas da zona dos Grandes Lagos - o que é sempre multicultural - e uma citação a reter de Stéphane Denis, um dos colunistas residentes da publicação, a propósito de uma obra de Voltaire em que o conhecido filósofo se prestou ao panegírico de Luís XIV, em virtude de ele ter sido um protector de alguns letrados, por oposição a um Luís XV menos dado a mecenatos, que nunca são desinteressados:
«Os escritores sentem-se mal em ficar no seu lugar, que é o primeiro, e não ganham nada em cantar as loas do Poder.»
AV1
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