Uma estratégia com a qual não concordo, a nível económico ou político, é a da criação artificial de necessidades, com meros objectivos estratégicos de conquista do mercado.
No plano económico e comercial dá-se quando as possibilidades de expansão do mercado de um produto ou tipo de produtos parecem estar a esgotar-se e é necessário desenvolver nos consumidores novos hábitos de consumo ou mesmo criar novos. A técnica é simples e não muito nova, sendo habitual por exemplo em produtos farmacêuticos mas também em outros mais comuns como artigos de limpeza ou alimentos confeccionados, sumos, etc: cria-se um "problema" (também de pode ampliar desproporcionadamente um já existente, mas marginal nas preocupações gerais) ou identifica-se uma "necessidade", fornecendo-se elementos para a comunicação social que ingénua ou voluntariamente adere ao processo de estimular o público, e depois surge-se com a "resposta", ou seja, com o produto que vai resolver o problema ou necessidade. Isto é um truque que vai do McDonalds com sopa ou saladas, passando pelos sumos e cereais com estas e aquelas vitaminas, até chegar à vacina para a doença cujo risco de incidência é mínimo, mas em torno do qual é possível afligir o público.
Em termos políticos, as coisas não diferem muito. Quando se adivinha um periodo manso de acalmia, alguém surge a identificar um problema que apresenta como sentido pelas "populações" e lança-o para o debate público; aparece mais alguém a dar-lhe eco e a tentar agitar o público, como se houvesse um movimento social em torno desse "problema" e pronto, assim se tenta condicionar a agenda política. A nível nacional, as chamadas "questões fracturantes" têm funcionado dessa forma; a nível local, vou deixã-los a adivinhar... apenas dando como pista que, como terra estranha que é, no nosso concelho é quem está no Poder que aplica esta técnica, pois a Oposição, ou parte dela, está já comatosa ou ainda em período de aprendizagem, sem capacidade de definir nada em termos de agenda política.
AV1
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1 comentário:
"fornecendo-se elementos para a comunicação social que ingénua ou voluntariamente adere ao processo de estimular o público, e depois surge-se com a "resposta", ou seja, com o produto que vai resolver o problema ou necessidade"
Inclusivamente paga-se a empresas de consultoria par as mesmas redigirem e enviarem para os meios de comunicação as "noticias" que se querem publicar.
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