quinta-feira, abril 27, 2006

A coerência às 3 tabelas

Já toda a gente sabe que sou intolerante em relação à forma como os argumentos das pessoas e a sua conduta variam conforme as conveniências e interesses de cada momento que passa.
Por isso é que acho particularmente patético que um opinador local, pessoa que se afirma séria e gosta de se dar ao respeito, depois faça aqui uma coisa, escreva outra ali e teorize outra acolá.
Eu explico-me:
1) Há quem, por estas bandas, me critique por, de forma alegadamente anónima (pronto, dou essa de barato), ter um blog onde critico e "digo mal" das pessoas. Isso é mau, muito mau, para além de que eu não devia publicar documentação que fundamenta aquilo que escrevo, pois não recorri ás vias regulamentares (como saberá ele isso), para a obter.
2) Só que, em outras bandas, esse mesmo opinador é colaborador residente num blog cheio de anónimos e isso não o incomoda. Diz um seu companheiro que é porque esses outros não "dizem mal" de ninguém. Pois... se entendermos por dizer mal apenas dizer mal dos amigos, estamos entendidos, pois por lá diz-se mal sem grande rebuço do tal "Poder Central" e dos seus agentes. O "dizer mal", portanto, é muito relativo.
3) Só que ainda há uma terceira forma de ver a realidade, que é ir comentar num outro blog (no caso o A-Sul), acusando o seu autor de ser mentiroso, por ser anónimo e dizer mal de auitarcas CDu, não apresnetando provas do que afirma. As tais provas que, aqui no AVP, não se devem considerar pois a sua publicação é "ilegal" e coiso e tal.

Este relativismo contorcionista é coerente com uma verdade que valha três vinténs, mas não é uma forma séria de agir, consideremos a coisa no plano político ou pessoal.
É argumentar contra quem incomoda, bem ou mal, conforme o argumentário que dá mais jeito.
Aqui os nicks são maus, mas ali já não são porque não "dizem mal" de pessoas, só dos "outros", dos maus do Poder Central e dos FMI's e dos capitalistas. Ou seja, tudo depende.
Ali os textos são mentirosos porque não apresentam provas e documentos; aqui apresentam-se documentos, de veracidade incontestável, mas então é a sua divulgação que está mal.
No que é que ficamos ?
É que mesmo na ortodoxia mais extrema, as palavras ainda têm o seu valor e quando referentes a actos, valores e atitudes, devem ter um significado vagamente uniforme.
A menos que a inoculação de moitice em certos espíritos dê nisto, o mais absoluto ziguezaguear lógico e a mais absoluta incoerência em nome da defesa dos "camaradas" sejam eles quais forem ou a sua prática corrente.
E a teoria de que todos somos inocentes até prova em tribunal do contrário é válida, sim senhor(a), mas então apliquem-na também aos Isaltinos, Valentins e Fátimas deste mundo, assim como aos bichos papões com que tanto nos acenam todos os dias.
Ou só os outros Cavacos é que não têm direito ao benefício da dúvida ?

AV1

7 comentários:

nunocavaco disse...

Você de burro nada tem, mas carece um pouco de intiligência, ou então é distraído. Segundo palavras suas temos situações menos licitas na Câmara Municipal- já apresentou queixa-crime ou outra figura jurídica, não. Se não apresentou e acusa as pessoas no blog você não tem moral nenhuma. Se você como Av1 questionasse as pessoas profissionalmente e as suas posições políticas eu não diria nada, agora você é o advogado e o juiz, está acima de qualquer regra e tudo pode, até acusar pessoas de crimes como já o fez.

AV disse...

"Segundo palavras suas temos situações menos licitas na Câmara Municipal"

Concretize, por favor, pois caso contrário está a colocar na minha pena uma acusação grave que não me lembro de ter feito.
Levantei dúvidas isso sim, nunca acusei ninguém de crime.
Essa presunção é sua (saberá mais do que eu, por certo...)e sei que a usa como estratégia de intimidação, mas essa sua acusação, isso sim, é sem fundamento.
Tenho contestado opções de estratégia política de desenvolvimento, sim, mas essas nunca vi argumentos razoáveis contra.

Tal como continuo sem justificação para a sua duplicidade ou "triplicidade".

Mas, já agora, como sabe se não tenho nenhuma pendência em Tribunal contra a CMM ou algum rewquerimento à espera de resposta na própria CMM ?

AV1

nunocavaco disse...

Se tiver retiro o que disse, se não tiver mantenho tudo o que disse. Mas repare que escrevo sobre situações concretas no blog do ponto verde e aí não me diga que não existem acusações.

AV disse...

Mas eu porventura sou responsável pelo que escreve o Ponto Verde, independentemente de concordarmos no diagnóstico sobre a Margem Sul ?
O facto é que, lá, diz que o homem acusa sem provas.
Aqui, quando eu contesto políticas e decisões estratégicas, com base em documentos verídicos, diz que não posso.
Assim não !
Ainda gostava de saber se os requerimentos metidos a apropósito do PDm foram respondidos a tempo e horas.
Eu apostaria que não, sei lá...
E os dos vereadores ?
Mesmo daqueles que vocês elogiam exactamente por apresentarem requerimentos !

Agora não vale a pena bater em retirada com acusações sobre o A-Sul, quando o que aqui temos em causa são as acusações (repetidas) ao AVP por si e pelos amigos "anónimos", que nesse caso já têm legitimidade.
Pois...

AV1

Ponto Verde disse...

O senhor Cavaco apesar de limitado, parece nem ser burro, mas o seu lado juridico deixa a desejar, aconselho-o primeiro a aprender a ler, depois a conhecer a lei e só depois cruzar ambas as coisas.

Agradeço o seu lado preocupado, mas até já partilhei muita documentação com quem de direito, e como vê não escrevo de nenhuma cela, nem tenho pulseira electrónica.

Pensava que esse linguagem trauliteira e caceteira tinha melhorado, mas estão na mesma, estão por um fio, mas o que me preocupa é que daqui a meia duzia de anos ninguém sabe o que foi a CDU, mas que entretanto destruiram o que a Margem Sul tinha de bom, isso vão ter tempo de destruir... a este ritmo!

É isso só o que me preocupa, lá por serem uma espécie em extinção não quer dizer que sequem tudo à vossa volta.

nunocavaco disse...

Vocês acreditam mesmo no que escreveram?

AV disse...

Vocês quem ?
Está a dirigir-se a quem, exactamente ?
A falta de clareza continua a limitar qualquer tentativa para perceber o que escreve.

AV1