De acordo com números divulgados ontem pela revista Visão, os deputados dos grupos parlamentares mais pequenos são os mais trabalhadores, com os do CDS a destacaram-se pela verdadeira avalanche apocalíptica de requerimentos apresentados (612 por Pedro Mota Soares, 490 por Nuno Magalhães e 368 por Teresa Caeiro), enquanto os do PCP e do Bloco se destacam pela produção de abundantes propostas legislativas (respectivamente 73 e 68 mais 20 de Os verdes, o que dá médias de 6, 8,5 e 10 por deputado/a) que vão, de forma quase directa, para os arquivos da Assembleia, mas servem como forma de ganhar senhas grátis para o café nas máquinas de São Bento.
O que não deixa de ser curioso é que, a avaliar por estes números e fazendo um paralelismo com a situação local, em ambas as situações a oposição tenta opôr-se com os meios à sua disposição, mas as maiorias serenas bloqueiam tudo e mais alguma coisa com base em argumentos semelhantes, da irrelevância ou inoportunidade dos temas ao facto das ditas maiorias irem apresentar propostas sobre os mesmos assuntos, não esquecendo ainda aquele pretexto sui generis de condenarem o tipo de linguagem agressiva para com o poder usada nos documentos apresentados para discussão e votação.
Afinal, o mundo sempre é redondo.
Amélita Sentadinha (especialista parlamentar do AVP)
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