Os (Grandes) Homens
Se é para admirar alguém individualmente em todo o processo que levou à revolução e à sua evolução, e apesar do contributo de outros homens como o próprio Otelo, que admirem estes dois homens cujo valor não se deve apenas ao facto de já terem morrido e assim terem ganho aquela aura que cobre os que vão desaparecendo, apagando-lhes as máculas.
Não é por isso.
Nestes casos, é porque souberam ir contra a corrente, quando era difícil.
Um soube avançar e agir, quando muitos já questionavam se seria altura de acção ou de nova espera. Soube ter coragem perante a incerteza e o perigo para fazer o que devia ser feito.
O outro soube para para pensar, quando toda a gente em seu redor se atropelava para agir de acordo com fórmulas retiradas de cartilhas várias. Soube ter coragem, perante o perigo e a incerteza, de dizer o que devia ser dito.
Salgueiro Maia e Melo Antunes provavelmente não se reveriam nesta apagada democracia em que vivemos, mas sem eles nem isso teríamos.
Talvez por tudo isso tenham desaparecido sem as honrarias a que, mais do que tantos outros medalhados e condecorados que por aí andam, de costureirinhos a contrabandistas, teriam todo o direito, ganho com mérito.
Quanto aos outros, muitos outros, talves tivéssemos passado bem melhor sem eles, pois foram eles que, à vez, primeiro fizeram arder e depois apagaram apressadamente o espírito democrático, pluralista e participativo mais puro do 25 de Abril.
AV1
Se é para admirar alguém individualmente em todo o processo que levou à revolução e à sua evolução, e apesar do contributo de outros homens como o próprio Otelo, que admirem estes dois homens cujo valor não se deve apenas ao facto de já terem morrido e assim terem ganho aquela aura que cobre os que vão desaparecendo, apagando-lhes as máculas.
Não é por isso.
Nestes casos, é porque souberam ir contra a corrente, quando era difícil.
Um soube avançar e agir, quando muitos já questionavam se seria altura de acção ou de nova espera. Soube ter coragem perante a incerteza e o perigo para fazer o que devia ser feito.
O outro soube para para pensar, quando toda a gente em seu redor se atropelava para agir de acordo com fórmulas retiradas de cartilhas várias. Soube ter coragem, perante o perigo e a incerteza, de dizer o que devia ser dito.
Salgueiro Maia e Melo Antunes provavelmente não se reveriam nesta apagada democracia em que vivemos, mas sem eles nem isso teríamos.
Talvez por tudo isso tenham desaparecido sem as honrarias a que, mais do que tantos outros medalhados e condecorados que por aí andam, de costureirinhos a contrabandistas, teriam todo o direito, ganho com mérito.
Quanto aos outros, muitos outros, talves tivéssemos passado bem melhor sem eles, pois foram eles que, à vez, primeiro fizeram arder e depois apagaram apressadamente o espírito democrático, pluralista e participativo mais puro do 25 de Abril.
AV1
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