Foto de Vítor Cabral
Como não entro na Capela da Misericórdia há uns tempos, deixo aqui o testemunho que o leitor Mário da Silva deixou na caixa de comentários de um post anterior.
Essa fotografia por acaso é um bocado ilusória
A parede não se está a esboroar, mas isso só significa que o trabalho que já foi feito há uns anos não ficou concluído. O reboco não foi acabado, nada mais. Os problemas maiores são o chão, que não pode ser substítuido sem estudos arqueológicos, pois há a suspeita de esta capela estar em cima de uma ermida mais antiga; e por se suspeitar -- quase certo -- que existe um veio de água subterrâneo por debaixo, o que está a fazer aflorar imenso salitre e a afundar o chão em alguns sítios.
Parte da parede devido ao salitre tem alguns azulejos a cair (outros já caídos) e também requer algum estudo -- para não se fazer uma recuperação manhosa que caia daqui a uns dias.
O imóvel é de "Interesse Concelhio" e por tal não se pode mexer sem mais nem menos, logo são precisos alguns estudos.
O altar está uma verdadeira lástima e vai ter de ser todo injectado contra os cupins.E mais umas coisitas de pouca monta; sem esquecer que qualquer projecto de recuperação tem de incluir um projecto de utilização futura do espaço.
Uma acção que TODOS podem fazer sem custo é imprimir o dito manifesto, arranjar o máximo de assinaturas, entregar na CACAV. Assim estarão a dar força a todos para que se faça mesmo algo, e não só em relação à Igreja da Misericórdia mas a outros monumentos também.
Até mais.
Mário da Silva
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