
Se não sabem, podem sempre ir até aqui para saberem mais, porque pode valer a pena. Não será o original, mas como cópia pelo menos parece vir a ser bem feita.

Saldanha Sanches é um dos pouquíssimos ex-esquerdistas que consigo admirar, estando no primeiro lugar de um pódio, onde só está mais o Pacheco Pereira, mas a certa distância.
Gostava de informar que a reportagem que foi colocada em Dezembro ultimo sobre o Parque infantil da Vinha das Pedras teve efeitos, desde ontem que este se encontra vedado julgo que para ser recuperado, para bem das nossas crianças e idosos, valeu a pena!...
Cheio de boas intenções e espírito nacionalista, decidi, por uma vez, optar por uma livraria online portuguesa, neste caso a Dr. Kartoon, de que temos link por aí, em vez de recorrer à Amazon, à Fnac ou às próprias editoras de Banda Desenhada francesa.


... tenhamos um portfolio de imagens de conjunto de boa parte da zona ribeirinha da nossa freguesia. Pedimos a dois dos nossos leitores (o Brocas que anda sempre em movimento, e o L. Guerreiro que vive num sexto andar sobre o rio) que nos arranjassem umas fotos maneirinhas dessa zona de Alhos Vedros.
«Mas sendo local, o conhecimento pós-moderno é também total porque reconstitui os projectos cognitivos locais. salientando-lhes a sua exemplaridade, e por essa via transforma-os em pensamento total ilustrado. A ciência do paradigma emergente, sendo, como deixei dito acima, assumidamente analógica, é também assumidamente tradutora, ou seja , incentiva os conceitos e as teorias a emigrarem para outros lugares cognitivos, de modo a poderem ser utilizados fora do seu contexto de origem. Este procedimento, que é reprimido por uma forma de conhecimento que concebe através da operacionalização e generaliza através da quantidade e da uniformização, será normal numa forma de conhecimento que concebe através da imaginação e generaliza através da qualidade e da exemplaridade.» (B. S. Santos, Um Discurso sobre as Ciências, p. 48, mas podia ser outra...)E ainda há quem diga que não se percebem as explicações dos políticos para não cumprirem as promessas eleitorais !
Ao pé disto, a explicação do Campos e Cunha para o erro que é apenas um incorrecção, para não dizer imprecisão, é apenas o exemplo de uma singularidade pós-moderna da qual se pode generalizar uma migração de conceitos cognitivos, isto numa perspectiva de uma operacionalização exemplar.
É claro e cristalino como a água !

E depois aparece o senhor professor doutor, ex-vice-governador do Banco de Portugal a explicar o inexplicável e a justificar o injustificável, com aquele ar de "já que não posso ter a minha pensão por inteiro, agora que me aturem com este ar pseudo-compenetrado".
A CMM limita-se divulgar no seu site o calendário das sessões de esclarecimento sobre o PDM e o respectivo prazo de discussão pública, todo na época alta do Estio, e sem grande margem de manobra para esticar devido ao período pré-eleitoral que aí vem. Isto depois de anos de preparação exaustiva, parece que foi o que se conseguiu arranjar de melhor.
Num acto desnecessariamente tresloucado para os meus hábitos, decidi levar a família a meio da manhã para o Fórum de Almada, num acesso de suburbanite aguda (desculpem lá os que gostam de Centros Comerciais ao fim de semana).
Fnac de la Bande Dessinée, com c. 250 páginas por pouco mais de 5 euros), mas em contrapartida a boa surpresa foi encontrar a preço de saldo alguns materiais imperdíveis, mas cujo consumo ao preço normal só se recomenda a empreiteiro de sucesso: o nº 1 da revista Bang por 5,90 euros (em vez dos 19,5 da tabela) e ao mesmo preço o volume de homenagem a Hergé por parte de várias dezenas de autores de BD (preço normal também a rondar os 20 euros).
O que seria do nosso pequeno mundo sem o Eládio Clímaco ?
ideia se foi, caso a figura de Clímaco com aquelas lapelas enormes a não tivesse obrigado a virar o olhar para o colo vibrante de Zanatti em 1980) ?
Qual não é o meu espanto quando, recentemente, voltaram a oferecer um livrinho por ocasião do 17º aniversário (o belo Urzes do Manuel Hermínio Monteiro) e agora aparecem à venda, em pacote separado do jornal, dois dos outros volumes apenas por 3,99 euros. Estão em causa obras de Raul Lino e José Rodrigues Miguéis com crónicas muito espaçadas no tempo e nos temas mas que têm em comum o traço de parte delas se dedicar a reflectir sobre a Lisboa do século passado, dos anos 30 aos 60.
Quando me falam em requalificações e quejandos, sobe-me logo a mostarda ao nariz e apetece-me dizer a ess malta que dê uma volta por Alhos Vedros com olhos de ver.
os inquilinos, a 10$00 de renda mensal por divisão assoalhada.
Enquanto os filhos saíam da casa paternal para viverem nos mini-dormitórios à volta (Morçoas, zona norte do Largo do Mercado e Rua António Hipólito da Costa, etc) ou mesmo fora da terra nos anos 80 e início dos 90, o declínio instalou-se e com a doença ou morte de quem as habitava muitas destas casinhas também foram sendo abandonadas, à espera que um PDM amigo permita derrubá-las e aos senhorios/proprietários construir em altura e finalmente recuperar os lucros perdidos.
Hoje, talvez devido à manhã cinzenta, sinto-me céptico.
facto de em Alhos Vedros sempre ter estado envolvida pela Natureza, por quintas, pelo rio, pelas matas e pinhais, pelas salinas, fez com que isso fosse visto como sinónimo do tal atraso e o seu gradual desaparecimento ou degradação não feriu muito a sensibilidade de muitos dos mais velhos que já tinham passado a ganhar a vida na indústria, passando da cortiça para a CUF ou para a Siderurgia ou mesmo a Lisnave.
Ninguém se interessava com defesas de património histórico ou natural ou com urbanismo. O que fazia falta era comida na mesa e dinheiro para a renda da casa. Assim Alhos Vedros, cresceu pouco e mal e com pouca capacidade de atracção, perdendo para a Baixa da Banheira quanto ao comércio e para a Moita em termos de centralidade.
Tal como agora, toda esta calendarização manhosa da discussão do PDM, feita com o beneplácito dos herdeiros de João de Almeida no sector do Urbanismo e na Presidência da Câmara, mais não é do que a tradução da consciência do desinteresse da generalidade da população por estas questões, dando-se por adquirido que o PDM é definido centralmente de acordo com os interesses instalados.



