sábado, junho 25, 2005

O Expresso é um Mundo...

... em especial em semanas como esta !
Para além do trambolho de papel que já é normal, temos direito a uma oferta de uma caixinha com miniaturas de Martini (o que não é mau), do cd-rom com o Cartaz, com milhentos encartes publicitários e, a pagantes, um DVD sobre o Cunhal, o 5º livro+cd de contos infantis e um livrinho de passatempos (o único que não quis).
Por tabela, ainda trouxe um livro com histórias do Capitão América por 1 euro que estava ali pelo balcão (não foi na Saturno...) e que ninguém sabia com que publicação viera, mas que passou por ser também com o Expresso.
Portanto, isto é material para desbravar meses a fio, para miúdos e graúdos.
É um jornal que dá para beber, ler, ouvir e ver.
Só faltou trazer uns tremocitos ou uns aperitivos mais catitas.

Por regra, começo pelo caderno Actual e pelos livros, nas últimas páginas. Por azar, comecei por mais uma inenarrável crónica do João Carlos Espada em que o aspecto mais relevante é o facto de Isaiah Berlin ter-lhe posto a mão no ombro há 10 anos a caminho do seu Jaguar, enquanto lhe revelava que sabia o nome do antigo porteiro do Palace-Hotel do Estoril.
Isto é informação de relevância transcendental.
Isto é intelecto puro derramado pelas páginas de um mero jornal.
Esmagado, passei logo ao 1º caderno.
E aí os problemas não são menores.
Para começar, constata-se que o Glorioso manda despejar os seus entulhos para uma área protegida. Afinal não é só a CMM que deixa entulhar as zonas húmidas do concelho. A Câmara de Loures declara-se impotente para fazer mais do que cobrar coimas. Bonito.
Continuando, descobre-se que o Joaquim Oliveira foi enrabado a sangue-frio com o negócio da Lusomundo.
O que, pensando bem, é muito bem feito para quem cresceu a enrabar a RTP, com aqueles negócios jeitosos em torno do futebol.
Seguindo mais abaixo, é a vez de se perceber que um dos laranjinhas implicados nas manigâncias do caso Freeport se vai refugiar no Parlamento que, à moda antiga das Igrejas, deve funcionar como coito salvador para os perseguidos.
As boas notícias são que - apesar da constante campanha do próprio Expresso em seu favor - M. M. Carrilho não está a conseguir esconder do eleitorado o desastre que é, e que a Imperial Sagres vai ser vendida 3º mais fresquinha.
Ora aqui está, por fim, algo digno de um destaque de 1ª página do semanário nacional de referência e algo que nos dá mais ânimo nestas tardes de estio.

Só para acabar, e para quem criticava a TVI por promover os seus programas no próprio noticiário, nada como tratar como notícia a transferência de um jornalista do Expresso para director de outra publicação do grupo (o Blitz, como o conhecemos, deve estar arrumado) e apresentar a promoção de ainda outra publicação do grupo (Courrier Internacional) sem indicação de ser publicidade ou não.

Quem acha que estas divagações não interessam a ninguém, talvez não devesse ter lido até aqui. Prometemos que haverá material mais prometedor - ou talvez não - quando na próxcima 3ª ou 4ª feira acabarmos o Expresso.

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