... já não sei se diga, já não sei se fale.
Ontem, no Prós & Contras, um milhentésimo sexagentésimo vigésimo décimo debate sobre a prevenção dos fogos e a melhor maneira de os combater.
Se outra prova não houvesse da falta de visão estratégica de uma classe política (o Estado tem meios aéreos, próprios, o Estado não deve ter meios aéreos próprios, o Estado deve voltar a...), e de uma incapacidade atroz de ultrapassar os interesses individuais e de grupo (coordenação autónoma dos Bombeiros, coordenação conjunta com a Protecção Civil, modelo centralizado, modelo descentralizado, mandas tu ou mando eu...), os fogos aí estão todos os anos para provar a inexistência de uma política florestal nacional, a escassez e desarticulação das estratégias de prevenção activa e a predominância do voluntarismo na acção dos bombeiros.
Por enquanto vão-se salvando as casas na maior parte dos casos, mas já não há muito mais de interesse para arder...
Por isso, este tipo de debates não adianta nada, ao repisar o repisado, ao denunciar o denunciado e ao propor o que já foi mais do que proposto.
O clima não ajuda, mas a incompetência faz bem maiores danos.
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