Uma das grandes sortes dos últimos dias foi que ninguém ainda me perguntou o que achei do que vi da exposição dos desenhos do artista banheirense Ricardo Guerreiro.
Assim não fui obrigado ou a faltar à verdade, para não ferir susceptibilidades, ou a dizer o que penso e então o caldo estava entornado.
Pulquério Mimoso (editor e crítico artístico do AVP)
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3 comentários:
Com toda a sinceridade, na versão amigável, ingenuidade a mais para quem se quer artista; na versão mais dura, alguma falta de conhecimento do passado (leia-se "abuso de clichés") para a idade que vai tendo.
Pulquério
Errado, apesar do interessante jogo de palavras.
O que terá a guardar de mim em relação à exposição é o cansaço de um olhar que já viu aquilo inúmeras vezes, a ausência de sensação forte ou "comoção".
Mas a palavra chave será mesmo "cansaço" porque nunca desprezo os trabalho dos outros, pois reconheço o esforço e a intenção, apenas registo que aquela vinha já foi muitas vezes (e bem melhor)vindimada.
Pulquério, Pulcro ou mesmo Sepulcro se mais lhe agradar.
Que eu saiba, nunca fiz nenhuma exposição das minhas montagens insignificantes em Photoshop (por caso não o uso, mas sim outro programa...), nem de imagens Pop em nenhum equipamento cultural.
Porquê ?
Exactamente porque o Andy Wahrol o fez - no género e muito melhor dentro da sua época - por alturas do meu nascimento.
Também não fiz ainda nenhum vídeo para Hollywood, mas foi por manifesta falta de tempo.
O que não me provoca cansaço ?
Olhe, só para coisa próxima e autor que conhecerá, os murais do Colman não me provocam cansaço.
Já aquela arte pública nas rotundas da Moita, mais do que cansaço, faz-me rir...
Quanto às capas de revista, realmente há num certo sector bem-pensante alguns problemas que me passam ao lado. O que é que o traseiro tem a ver com os fundilhos ? Preferia capas com o quê ?
Ilustre-me como as suas capacidades de diálogo artístico !
E já agora, anoto que não rebate nada das minahs críticas à falta de originalidade da obra em causa de RG.
Pulquério Mimoso
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