Apesar do AVP ter sido criado para elevar a moral e auto-estima alhosvedrense e para seringar a moitice, os moiteiros e seus apaniguados amoitados, a verdade é que estou longe de ser do género "o que é nacional é bom" ou "não há nada melhor do que é da minha terra" ou ainda "tudo o que os meus amigos fazem é uma maravilha".
Há quem confunda esse tipo de atitude com amor à terra ou amizade.
Eu apenas acho que não passa de provincianismo ou paroquialismo sem grande conteúdo.
Para ajudar um amigo, nada como incentivá-lo, mas com a consciência de ser necessário, por vezes, criticá-lo quando isso pode funcionar em seu benefício.
Tal como não é por algo ser de Alhos Vedros que é melhor do que algo equivalente de outra terra, se não é esse o caso.
Vem isto a propósito daquela ideia correcta e justa de ser necessário promover o que é nosso, dar-lhe visibilidade e projecção.
Mas, minhas amigas e amigos, também é necessário que se exerça a crítica e não fiquemos pelo habitual "porreirismo" da palmada nas costas e do "ganda amigo, pá, és o maior !", mesmo que o tipo tenha feito uma grandessíssima borrada.
Tenho alguns amigo(a)s ligado(a)s às artes e letras e todo(s)s sabem que contam comigo para puxar por eles para, na medida das minhas possibilidades, os incentivar e ajudar no seu trabalho até darem o seu melhor.
Mas toda a gente sabe que, se a coisa estiver mesmo mal, também contam comigo para lhes dizer isso.
E o mesmo peço em troca.
Dito isto, o AVP não é uma obra de arte, nem uma peça literária.
É um blog e tão só isso.
Há quem não perceba tal e faça comparações despropositadas.
E quem insista em achar que a inanidade ou a enésima repetição de um lugar-comum deve ser apoiada e incentivada em nome do tal "porreirismo" do que é nosso.
Lamento discordar.
Quando houver um AVP - O Livro podem criticá-lo em termos literários.
Se surgir um AVP - A Exposição, podem criticá-nos em termos de gosto e estética.
Quando Hollywood nos produzir como AVP - The Movie, façam a respectiva análise cinematográfica.
Enquanto for um blog critiquem-nos pelos padrões do que há disponível no meio e, se possível, não se prendam apenas com a blogosfera local e exerçam as devidas comparações.
Até lá, meu caro Daniel Figueiredo, não faça comparações entre montagens de imagens e filmes de Hollywood e deixe-me com a minha opinião sobre as manifestações artísticas do seu amigo.
E, por favor, deixe-me usar imagens belas de mulheres belas.
Não é misoginia e vulgaridade, mas apenas um elogio.
Acho eu de que...
Flatulento Borgonino
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2 comentários:
Posso passar sobre o seu primeiro parágrafo ?
É que espremi-o, espremi-o e não fui dar a lado nenhum, nem sequer deu direito a uma reacção física.
Quanto ao resto confesso que, em matéria de diálogo, posso tentá-lo mas o seu discurso é algo tautológico, pois se encerra em si mesmo e, para mais, declara logo que tipo de resposta não quer.
Confesso que me complica a história de ver a arte "em termos marxistas", pois começa logo a vê-la enviesada ao não a tentar ver com os seus olhos, em primeiro lugar.
Confesso ainda que não percebo porque o LG é meu "amigo".
Não, ele é apenas meu amigo, mais nada e não o chamo a esta discussão pela simples e óbvia razão que os amigos não se metem ao barulho desnecessariamente.
Por fim, fico sem perceber o que acha da arte (e note que não escrevo "arte") do seu amigo Ricardo, aquela que eu não vi, que não conheço e que não posso, portanto, qualificar como a enésima variação sobre o tema da alienação ou algo que lhe fica vizinho.
Mas, espero, que neste diálogo que se adivinha, para minha satisfação, pleno de uma qualidade literária bem superior à artística do tema em apreço, não enverede pelo caminho fácil e muito habitual em alguns colegas seus de distorcer o que eu escrevo, acusando-me de distorcer o que o meu caro Daniel escreveu.
Eu li bem o que escreveu e percebi bem o que quis dar a entender, até nem de forma particularmente implícita, por isso vamos partir do princípio que, enquanto sujeitos de um diálogo, nos podemos colocar num plano de igualdade, sem desnecessários remoques á flor da pele.
Um Flato saempre ao seu dispôr..
Meu caro Daniel só hoje li as suas declaração ao jornal O Rio sobre o trabalho do seu amigo RG.
Confesso que continuo a não perceber o que acha da respetiva qualidade, para além de achar o trabalho "verdadeiro" o que, como conceito analítico, é a modos que, sei lá, poucochinho...
Flato
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