segunda-feira, junho 13, 2005
Obituário
O Verão chega e, como de costume, começa a levar os mais idosos.
José Fontaínhas, de nome público Eugénio de Andrade, é mais um dos que desapareceram neste fim de semana prolongado.
Não vou ser hipócrita e dizer que o admirava imenso e à sua obra, aproveitando para citar uma ou duas linhas da dita.
A Poesia é um dos evidentes pontos fracos da minha formação e dos meus gostos.
Acho um enorme desperdício de tempo - para mim - a leitura da generalidade da auto-proclamada genial poesia portuguesa contemporânea.
Nem sequer gosto de recorrer ao pobre Camões quando me perguntam pelo meu poeta favorito. Se disser que é o Petrarca, toda a gente me observa de sobrolho franzido.
Mas Eugénio de Andrade, pela dificuldade da sua pessoa, pelo seu proclamado mau-feitio, pelo narcisismo, só me pode inspirar simpatia.
Por isso, aqui fica esta nota que, tal como a relativa aos outros dois defuntos desta quadra, está longe de ser um elogio fúnebre.
AV1
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