Mas em contrapartida...

... existem por estas bandas gastos de dinheiro algo faraónicos.
Não contesto, e até aplaudo, o avultado investimento feito na recuperação do Cine-Parque e reconversão no Fórum Cutural José Figueiredo, mesmo se partilho algumas das reservas apresentadas pelo Conde de Alhos Vedros e pelo Alius Vetus, quanto aos seus custos de funcionamento.
O equipamento é bom e custa dinheiro, está visto, que não tem retorno em receitas como se esperaria, embora aquilo comece a parecer mais uma coutada para eleitos (no sentido figurado, mas também no literal) do que outra coisa.
Sei que para manter uma programação decente é preciso dinheiro e que essa programação é importante. Por aí tudo bem. O "mas" já se perceberá adiante.
Já contesto, e custa-me a entender, todo o dinheiro gasto numa obra que reputo de lateral a qualquer tipo de desenvolvimento da vila da Moita e do concelho, como é o reperfilamento da Marginal que, para garantir dinheiro europeu, sorve belas centenas de milhar de contos de comparticipação directa, a acreditar nos números oficiais.
O que sei é que, nestas duas iniciativas, a CMM terá dispendido algo como 5 milhões de euros (1 milhão de contos).
Em duas obras, apenas !.
Agora, minhas amigas e amigos, comparem isso com o investimento feito em Alhos Vedros em todo o mandato passado !
Não me venham com o Parque das Salinas, que é anterior, porque o da Baixa da Banheira levou mais dinheiro e o da Moita vai levá-lo também.
A requalificação cosmética do ano passado ficou-se por uns 400.000 euros ou coisa (pouco mais de 80.000 contos).
O projecto Alhos Vedros Cultural já foi anunciado, mas com muitos ses e já lá vão 6 meses de novo mandato e não se vê nada, aparecendo a vereadora a dizer a O Rio que coiso e tal, está a ambientar-se, a coisa há-se avançar se... de certeza que se faz desde que...
A verdade é que, mesmo no papel, no Orçamento para 2006 da DASC eu não vejo lá nenhuma verba específica, pelo que a a haver alguma coisa deve ser de uma migalhota daqui e outra dacolá, se é que vai aparecer algo feito nos próximos tempos.
E esta realidade, não há desvios de conversa que possam ocultar.
O investimento feito pela CMM nas várias freguesias é perfeitamente desequilibrado e eu já expliquei há muito porquê.
Por isso, não vale a pena repetir-me.
Mas enquanto houver quem se sinta satisfeito, arreie-se o burro à vontade do seu dono.

AV1