A Democracia
Palavra bonita esta que todos gostam de usar e reclamar como sua, mas que tantos significados parece ocultar.
O 25 de Abril de 1974 acabou com a Ditadura que era má e instarou (mais do que restarou) a Democracia que é boa.
Sim é verdade, só que a Democracia não é igual para todos.
Seja na maneira como pensam a Democracia, seja como a praticam.
Em teoria é muito bonita a ideia, o "governo do povo".
Pois mas o governo do povo como ?
Através de que mecanismos ?
Antes, era a Grécia ainda jovem e Atenas uma cidade sem poluição, a Democracia foi inventada como palavra que designava uma coisa a que hoje não poderíamos dar esse nome, pois tinha escravos, as mulheres não votavam e os estrangeiros não tinham direitos políticos.
Com boa vontade era uma democracia curta, aí para uns 20% da população.
Depois, a coisa deixou de funcionar, logo a seguir à invenção de outra coisa interessante, a chamada Demagogia,
Durante mais de 2000 anos, quase durante 2500 achou-se que a coisa não era assim muito razoável.
Depois mudou-se de ideias e lá foi nascendo uma nova ideia de Democracia, que devia ser para todos.
Que-se dizer, para todos, todos, demorou-se ainda um bocado em concordar, no mínimo uns 120 ou 150 anos ou mais que foi o tempo que se demorou a deixar votar primeiro os homens mais pobres, depois os iletrados, em seguida as mulheres e lá por fim os tipos com uma tonalidade de pele azul diferente da dos outros azuis.
Agora, diz-se, deve ser para todos, todos.
E em teoria é.
Mas nem todos a entendem da mesma forma. Há a democracia directa e há a democracia representativa, só para começar. E há depois os diversos métodos para escolher quer directamente os governantes, quer os nossos representantes e indirectamente então os governantes.
Todos esses processos têm o nome de "eleições".
Mas há muitos modelos de eleições. As eleições directas são simples de funcionar, mas complicadas em sociedades muito populosas. As outras, em que se escolhem representantes, nos quais o povo delega a sua soberania para legislarem, escolherem e fiscalizarem os governantes são mais sofisticadas e podem ter muitas variantes.
O 25 de Abril trouxe-nos a Democracia, é verdade. Mas qual, ninguém soube logo ao certo, embora alguns soubessem o que queriam.
Nos tempos que correm temos ainda Democracia, mas está longe de ser a que muitos desejavam, apenas sendo a possível com aquilo que se arranja por cá.
Quase todos gostariam de tê-la mais "avançada", sem que se perceba bem o que querem dizer com isso.
A mim, todas essas variantes "avançadas" cheiram-me quase sempre a esturro. Fico sempre a pensar que querem que cada vez o representado e aquele que delega a soberania fique mais longe do que interessa, ou seja, do exercício do poder.
Eu gosto de uma democracia atrasada, pouco sofisticada, mais terra a terra.
Quem quer ser eleito apresenta-se e diz ao que vai, que ideias tem para governar a coisa pública. Eu voto naquele tipo, tu votas no outro, eles votam em qualquer outro.
No fim fazem-se contas e ganha o mais votado ou o grupo de mais votados.
E é assim que governam os escolhidos pela maioria.
Mas não abusando da sorte e não esquecendo que as minorias também contam.
E que as minorias de hoje se podem tornar maiorias se o governo não for o melhor.
Palavra bonita esta que todos gostam de usar e reclamar como sua, mas que tantos significados parece ocultar.
O 25 de Abril de 1974 acabou com a Ditadura que era má e instarou (mais do que restarou) a Democracia que é boa.
Sim é verdade, só que a Democracia não é igual para todos.
Seja na maneira como pensam a Democracia, seja como a praticam.
Em teoria é muito bonita a ideia, o "governo do povo".
Pois mas o governo do povo como ?
Através de que mecanismos ?
Antes, era a Grécia ainda jovem e Atenas uma cidade sem poluição, a Democracia foi inventada como palavra que designava uma coisa a que hoje não poderíamos dar esse nome, pois tinha escravos, as mulheres não votavam e os estrangeiros não tinham direitos políticos.
Com boa vontade era uma democracia curta, aí para uns 20% da população.
Depois, a coisa deixou de funcionar, logo a seguir à invenção de outra coisa interessante, a chamada Demagogia,
Durante mais de 2000 anos, quase durante 2500 achou-se que a coisa não era assim muito razoável.
Depois mudou-se de ideias e lá foi nascendo uma nova ideia de Democracia, que devia ser para todos.
Que-se dizer, para todos, todos, demorou-se ainda um bocado em concordar, no mínimo uns 120 ou 150 anos ou mais que foi o tempo que se demorou a deixar votar primeiro os homens mais pobres, depois os iletrados, em seguida as mulheres e lá por fim os tipos com uma tonalidade de pele azul diferente da dos outros azuis.
Agora, diz-se, deve ser para todos, todos.
E em teoria é.
Mas nem todos a entendem da mesma forma. Há a democracia directa e há a democracia representativa, só para começar. E há depois os diversos métodos para escolher quer directamente os governantes, quer os nossos representantes e indirectamente então os governantes.
Todos esses processos têm o nome de "eleições".
Mas há muitos modelos de eleições. As eleições directas são simples de funcionar, mas complicadas em sociedades muito populosas. As outras, em que se escolhem representantes, nos quais o povo delega a sua soberania para legislarem, escolherem e fiscalizarem os governantes são mais sofisticadas e podem ter muitas variantes.
O 25 de Abril trouxe-nos a Democracia, é verdade. Mas qual, ninguém soube logo ao certo, embora alguns soubessem o que queriam.
Nos tempos que correm temos ainda Democracia, mas está longe de ser a que muitos desejavam, apenas sendo a possível com aquilo que se arranja por cá.
Quase todos gostariam de tê-la mais "avançada", sem que se perceba bem o que querem dizer com isso.
A mim, todas essas variantes "avançadas" cheiram-me quase sempre a esturro. Fico sempre a pensar que querem que cada vez o representado e aquele que delega a soberania fique mais longe do que interessa, ou seja, do exercício do poder.
Eu gosto de uma democracia atrasada, pouco sofisticada, mais terra a terra.
Quem quer ser eleito apresenta-se e diz ao que vai, que ideias tem para governar a coisa pública. Eu voto naquele tipo, tu votas no outro, eles votam em qualquer outro.
No fim fazem-se contas e ganha o mais votado ou o grupo de mais votados.
E é assim que governam os escolhidos pela maioria.
Mas não abusando da sorte e não esquecendo que as minorias também contam.
E que as minorias de hoje se podem tornar maiorias se o governo não for o melhor.
Teoricamente, a nossa Democracia é assim.
Ou talvez não.
Mas o 25 de Abril de 1974 não teve culpa disso.
As intenções eram as melhores.
A evolução é que nem sempre prova que sobrevivem os melhores, como pensava o Darwin.
AV1 (por enquanto não há "bonecos" para ninguém, que o Blogger vai entrar em manutenção e bem que precisa !)
Ou talvez não.
Mas o 25 de Abril de 1974 não teve culpa disso.
As intenções eram as melhores.
A evolução é que nem sempre prova que sobrevivem os melhores, como pensava o Darwin.
AV1 (por enquanto não há "bonecos" para ninguém, que o Blogger vai entrar em manutenção e bem que precisa !)
Sem comentários:
Enviar um comentário