sábado, abril 02, 2005
Afinidades
Levei parte da tarde de hoje a ver este documentário de Michael Moore sobre o uso de armas e a violência nos Estados Unidos. Tinha-o comprado há mais de 6 meses mas, por esta ou aquela razão, fui sempre adiando o visionamento. Fiz mal, e já explico porquê.
Foi aqui que ele ganhou um Óscar para o melhor documentário e talvez onde ele ganhou embalagem para fazer o mais desequilibrado Farenheit 9/11.
Aqui Moore revela, sem intervir excessivamente, parte da alma americana, sempre entre um medo irracional e a violência rápida.
Nota-se, no entanto, que a parte mais comovida corresponde ao momento em que ele aborda a sua terra natal e, a propósito da morte de uma menina de 7 anos por um disparo de um menino de 6 anos que levou para a Escola uma arma de um tio com quem morava, fala do seu declínio, em virtude do fecho da maior unidade industrial da região e, aparentemente, dos próprios E.U.A., fecho esse que lançou o caos social na zona.
Não há por cá, mas fico a pensar que os seus documentários anteriores, centrados em Flint (Michigan), devem ser ainda melhores.
Vê-se em Moore o desânimo de quem vê a terra natal definhar.
Como eu o compreendo.
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