As lutas de poder nas estruturas partidárias dão-nos sempre espectáculos tristes de incoerência e demonstrações da mais rematada falta de vergonha na cara.
Não tenho nada a favor de Marques Mendes, a quem não reconheço dimensão (e não é trocadilho, porque até evitei o termo "estatura")para líder partidário, mas o seu oponente nas eleições para a liderança do PSD (L. F. Meneses) e o que é mas não é (A. Borges) têm se desdobrado em lastimáveis ziguezagues argumentativos.
Comecemos pelo Meneses, mais prolífico no campeonato da asneira:
Primeiro era inimigo figadal de Rui Rio e amiguinho do Pinto da Costa. Agora já não se importa de apoiar Rui Rio para a recandidatura à CMP e, apitos dourados à parte, começou a dar distância ao Pintinho.
Em segundo, andou a promover Marcelo como candidato presidenciável do PSD, dizendo que Cavado era um símbolo do passado. Agora, por força das sondagens, já anda a lamber as solas das botas do antigo Primeiro-Ministro.
Quanto ao excelentíssimo gestor Borges, já aqui há uns dias mostrámos as nossas reservas quanto ao seu carácter e aptidões, mas não se devia passar em claro as recentes declarações críticas que fez quanto à sucessão de D. Barroso para S. Lopes, considerando que era inadmissível que a mesma não tivesse sido questionada seriamente. Isto vindo de quem se ofereceu, sucessivamente, para ocupar cargos no governo do dito Santana ou dependentes desse mesmo Governo.
Realmente, eu não tenho vértebras para estes contorcionismos.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário