Enquanto a televisão generalista chupava até à medula o óbito papal, fui obrigado - no bom sentido - a procurar alternativas. Ontem, à noite, parei no Odisseia, enquanto passava um documentário sobre o esforço de Christopher Reeve nos últimos anos de vida para promover a investigação com células estaminais e sobre as lesões da medula espinal.
Sem qualquer tipo de sentimentalismo ou aproveitamento, foram acompanhados alguns anos de vida de CR, incluindo os momentos em que o seu corpo começou a reagir negativamente a algumas intervenções, como a inserção de um pacemaker no dafragma, para que ele não fosse obrigado a respirar sempre com o auxílio de um ventilador.
Embora sendo um documento "autorizado" pelo próprio, ou talvez por isso, foi notável a forma como, sem iludir os desânimos, CR sempre tentou abordar a sua tragédia pessoal por um ângulo positivo.
Não sei porquê, mas o contraste com a exploração, igualmente "autorizada e "filtrada", da imagem dos últimos tempos do Papa, fez-me duvidar de quem seria o mais inspirado pelo Espírito Santo. É que, de um lado, houve uma mensagem de esperança, enquanto do outro apenas ficou a resignação.
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