terça-feira, abril 12, 2005

A Estante



«Interessamo-nos bastante, em todo o mundo, no que fazem e pensam os homens, naquilo que sofrem, no que os inquieta. Muito bem. Mas falamos muito pouco do que eles aspiram. Castelos em Espanha, esperanças quiméricas, de tudo isso, portanto, importaria procurar o sentido e o poder. Que seria da existência do homem, sem os sonhos que acaricia, mesmo com cepticismo ? Em todo o caso, é um facto que somos capazes de os forjar. E este facto é consistente com aquele da angústia ou da dor. O homem tem o sentido da felicidade, da alegria, do prazer, e mesmo do Paraíso.» (Jean Cazeneuve, Bonheur et civilisation, Paris, Gallimard, 1966, p. 9)

Só que, já lá disse alguém, o Paraíso não mora por aqui.
Nem está à vista.

Sem comentários: