Com as fotonovelas, é claro !
O dia amanheceu cinzento, próprio para sensações nostálgicas.
Vai de ir às camadas mais remotas do baú e sacar algumas das Crónicas Femininas que não destruí durante a infância (ou seja quase todas as dos anos 50 e 60).
Um pouco ao calhas folheei algumas da gloriosa década de 70 e, para além de publicidade clássica que aqui iremos divulgando a breve prazo, encontrei a tradicional fotonovela romântica de então.
Maravilhosa invenção de origem castelhana - pelo menos as mais divulgadas entre nós - mostra-nos como amor era vivido então.
Como a transição da ditadura para a democracia foi muito próxima nos dois países ibéricos, a evolução dos costumes retratados também acompanhou os tempos políticos.
Aqui temos uma novela de 1972 em que os amores são dramáticos. O homem é um galã sedutor empedernido, mas a jovem resiste-lhe aos encantos, destroçando-o "naquela seca e cortante despedida".
Lá mais à frente, é claro, teremos os desejos de vingança e o desvendar da jovem como pobre enjeitada.
As lágrimas assomam, imparáveis.
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