Estrutura urbana e perímetros urbanos
A estrutura urbana proposta organiza-se com base em duas áreas principais:
> A área da Baixa da Banheira, Alhos Vedros e Vale da Amoreira e que inclui ainda os Bairros Paixão e Brejos Faria, estreitamente relacionada com a área urbana do Barreiro, com a qual confina a Poente e a Sul;
> A área da Vila da Moita articulada com a Fonte da Prata e Arooteias - envolvendo a Caldeira da Moita, espaço central de recreio e lazer.»
(Revisão - Plano Directo Municipal - Moita; desdobrável disponibilizado ao público)Eu tenho o maior prazer em que os poderes autárquicos reconheçam que Alhos Vedros e a Moita pouco têm de comum entre si, pois admitem mesmo que o concelho se deve "partir" ao meio em termos de pólos atractivos e não optar por um desenvolvimento harmonioso conjunto
Claro que a "centralidade" da Moita é muito relativa no próprio concelho, para não dizer que é excêntrica.
Já o que acho estranho, para não dizer coisa pior e mais cabeluda, é projectar uma unidade que inclui a Fonte da Prata e as próprias Arroteias na área urbana da vila da Moita, pois estas são áreas integrantes da nossa freguesia de Alhos vedros.
Claro que todo o desenho viário do concelho, em especial os recentes melhoramentos, foram feitos de acordo com essa lógica - levar a nova zona residencial em expansão da Fonte da Prata a deslocar-se para a Moita e não para Alhos Vedros. Porque isso beneficiará a Moita a diversos aspectos, nomeadamente comerciais.
E, para além disso, ao quererem tornar a zona envolvente à Caldeira a área de lazer por excelência do concelho, enquanto o Parque das Salinas fica ao abandono e entalado entre ruínas e rodovias, revelam claramente que defendem que seja a Moita a monopolizar as vantagens de uma localização ribeirinha, enquanto a face ribeirinha junto da Vila de Alhos Vedros é deixada completamente ao abandono.
Assim se revela aquilo que designamos no AVP como vícios do poder moiteiro.
Um poder centrado em si mesmo, umbiguista e que, para se auto-promover, não hesita em subalternizar e desqualificar, acima de tudo, Alhos Vedros.
E, quem não concorda com esta visão e a acha catastrofista e parcial, demonstre-me o contrário, mesmo que seja com o recurso ao floreado retórico da documentação produzida para iludir os pategos.
AV1
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