sábado, abril 30, 2005
A revisão do PDM - Parte I
Também em finais de 1999 se falou em revisões do PDM e afins, com sessões públicas e toda a parafernália do costume.
Nesta passagem retirada da reportagem do jornal O Rio nº 47, a página 7, lê-se que na altura a aposta da CMM era «não tanto numa expansão extensiva, que poderia ser a tendência face a essa procura, mas sobretudo na organização das áreas urbanas já existentes, na qualificação dessas áreas urbanas [e] estruturar em termos urbanos, mas com um urbanismo que possa não ser densificado, nem massificado, em condições de maior qualidade do que se verificou noutros concelhos que foram sujeitos a idênticas pressões de crescimento.»
Meia dúzia de anos depois, e perante o que se passou entretanto, poderíamos responder com as palavras de um articulista de então que na 3ª página escrevia «mas se com papas e bolos se enganam os tolos, direi que de papas não gosto e tolo não serei demasiado.»
Quem era o articulista em causa, que escrevia assim (criticando a opção pelo investimento nos estádios do Euro) ?
Era Rui Garcia, actual vereador com responsabilidades na área do Urbanismo.
O 25 de Abril - A Estante V
O António Costa Pinto é um homem prudente e agradável ao trato que soube ganhar o seu espaço junto ao Poder nos últimos tempos, chegando a coordenador das comemorações dos 30 anos do 25 de Abril e por isso sendo responsável pelo muito ambíguo slogan de O 25 de Abril é Evolução.
Antes disso foi o autor de dois livros essenciais para compreendermos a especificidade da ditadura salazarista no contexto europeu e as suas relações ideológicas com os outros movimentos e regimes autoritários da Europa de entre as guerras. No caso do livro sobre os camisas azuis é demonstrada a relação de grande desconfiança que Salazar sempre nutriu pelo transplante da ideologia nacional-socialista para o contexto português e expoe a forma como o Estado Novo absorveu ou aniquilou as tendências mais extremistas da Direita portuguesa nos anos 30.
As edições originais são, respectivamente, de 1994 e 1992.
Gostei
Da zurzidela deste tipo na malta do Bloco de Direita.
Da forma como o Bloco de Esquerda já está contra os hábitos dos países árabes, se a coisa tocar aos amigos.
Da última edição do Inépcia.
Da forma como o Bloco de Esquerda já está contra os hábitos dos países árabes, se a coisa tocar aos amigos.
Da última edição do Inépcia.
Bloguices II
Pat Oliphant (já o tínhamos usado antes, mas fica mesmo bem aqui...)
2.
As limitações e perigos dos blogs são simétricos das vantagens e representam a sempre presente outra face da moeda. No entanto, e se pensarmos bem, não são muito diferentes do que apresentam os outros meios de circulação da informação.
Para começar, e lá por apontarmos estes perigos, isso não significa que aqui em casa nunca tenhamos incorrido em deslizes ou que tenhamos sido sempre o mais correctos e “santinhos”. A bem dizer, nem pretendemos tal. Aprofundaremos este tema mais tarde mas, desde já, assumimos que parte do gozo que deu o nascimento e primeiros tempos do AVP foi fruir a liberdade de escrever tudo (ou quase...) o que bem nos apeteceu.
Mas voltando ao que interessa.
Foquemo-nos em três problemas que estão bem interligados, mas que separaremos aqui por comodidade analítica:
a) Meio para a difusão global de informação errada , destinada a induzir em erro ou deficientemente verificada. Não é que este não seja um perigo presente nos meios de comunicação social tradicionais, conforme é possível provar com as inúmeras histórias que existem de distorção no relato dos factos, na selecção e/ou omissão da informação, quando não mesmo da sua fraude completa, mas os blogs podem um efeito multiplicador, pela repetição, de informações “fabricadas” ou apenas recolhidas em fontes erradas ou mal escrutinadas. Neste particular, repare-se como boa parte do mundo político aderiu à moda dos blogs em proveito pessoal, como veículos privilegiados para a propagação das suas posições pessoais ou de grupo, quase sempre com posições de “combate” claramente ao serviço de propósitos bem distantes dos desejos de objectividade.
b) Ampliação de boatos e acusações difamatórias, a coberto do anonimato e impunidade. Outro perigo evidente, pois a despersonalização e o anonimato permitido pelos blogs encoraja, pela aparente dificuldade de identificar os responsáveis, a divulgação do bom e velho boato. No entanto, é esse mesmo anonimato que permite a divulgação de informações “boas” por parte de quem, de outra forma, correria perigo se fosse reconhecido. Para além de que, em muitos casos, os meios de comunicação social tradicionais também ampliaram boatos e, já na idade da blogosfera, desculpando-se com os próprios blogs. Aqui, como sempre, a filtragem e crítica da informação ou opinião pela sua audiência é essencial. Voltaremos a este ponto, a propósito da circulação do episódio do boato sobre José Sócrates no AVP.
c) Ausência de um código ético na blogosfera. Como é óbvio, surgindo da forma como surgiu, a blogosfera não obedece – felizmente – a directrizes uniformes ou coerentes, ditadas por qualquer autoridade central ou unificadora. A “ética” é a de cada um e nem sempre será a mais apurada mas, admitamo-lo, se assim não fosse a coisa não tinha a metade do interesse. Os esforços por criar códigos de conduta na blogosfera são, para bom entendor, meias palavras para formatar o seu espírito, liberdade e criatividade, em particular quando estão em causa meras questões de gosto ou o desejo de fazer os blogs à imagem das colunas de opinião/crónica/comentário da imprensa. Também aqui são os leitores que têm a última palavra e devem ser eles a fazer o seu próprio juízo.
Os custos/perigos enumerados são, contudo, minimizáveis e o preço (acho que razoável) a pagar por um espaço de liberdade (quase) total. Muitos dos ataques dirigidos aos blogs, apelidando muitos dos seus autores de irresponsáveis, cobardes, mal-informados, manipuladores, de mau gosto, etc, etc, são quantas vezes peças de uma estratégia destinada a denegrir um adversário novo na luta pelo controle da informação e opinião, ou para o formatar de acordo com os moldes convencionais e tidos por aceitáveis.
Sempre que surge um meio novo de circulação da informação – desde a invenção da imprensa, para não ir mais longe – levantam-se as vozes com anúncios de calamidades sem fim, de possibilidades de manipulação e mau uso (o mesmo se passou, à vez, com a rádio, o cinema, a televisão, a própria internet), que mais não passam do que de falsos profetas da desgraça tantas vezes interessados em defender os feudos instalados e em atrair para o seu redil quem procura escapar à formatação.
E é verdade que, muitas vezes, essa sedução funciona e a atracção é conseguida.
Porquê ?
Porque, em boa verdade, muitos bloggers não passam de malta que se sentia “de fora” e mais do que criar uma alternativa, está interessada em passar “para dentro”. Veja-se, neste particular, como entre nós o Expresso arregimentou para uns cantos de página dois dos bloggers nacionais aparentemente mais desalinhados (Daniel Oliveira e João Pereira Coutinho), deu-lhes umas centenas de caracteres para encher e eles ficaram felizes e cordatos.
Ou então veja-se como, apesar de se dizer que os blogs permitem audiências potencialmente inigualáveis, alguns dos seus autores correm logo que se lhes acena com a hipótese de um livrinho em papel impresso, com tanta maior velocidade e vontade quanto era aparente o seu carácter “radical” e “contestatário” (Barnabé, Acidental).
Para mim, os perigos da formatação e adesão (disfarçada, camuflada, progressiva) ao mainstream indiferenciado e respeitoso dos bons costumes são bem mais insidiosos do que toda a “selvajaria” que possa caracterizar o mundo bloguístico.
Adenda: Eis alguns links (do Accuracy in Media, do Media Matters e do Spinwatch), sobre o recente escândalo das reportagens fícticias nos EUA, em que órgãos de comunicação social divulgaram "peças jornalísticas" produzidas por agências estatais.
Memorável ainda o sketch no Daily Show da Comedy Central sobre o assunto, que passou na SIC-Radical esta semana.
O Jornal do dia
«O PS está a testar nomes quase desconhecidos para a Câmara de Oeiras. E Isaltino Morais disse a dirigentes do PSD que contava com a garantia de Jorge Coelho de que os socialistas não apresentariam um candidato forte se ele se candidatasse. Elsa Pais, Helena Torres Marques e Emanuel Martins são os nomes propostos pelo PS numa sondagem encomendada por Coelho que está a ser realizada - e que contempla todos os cenários: Isaltino concorrendo pelo PSD ou como independente, e Teresa Zambujo pelo PSD. Em declarações ao EXPRESSO, Coelho confirmou ontem que o PS está a testar aqueles nomes mas adiantou que «o candidato não será nenhum deles».
Isto "perturba-me" a vários níveis:
a) Como é possível que figuras de reconhecida "credibilidade" (coloquei as aspas, não vá alguém acreditar mesmo que é a sério) política como Isaltino Morais e António Preto apresentem versões diferentes de um mesmo episódio ?
b) Como é que se percebe que Jorge Coelho ande a apresentar candidatos para perder ? Como ele esteve há pouco no nosso concelho a apresentar a sua candidata, já não sei o que pense.
c) Como acreditar que as escolhas para as candidaturas autárquicas são processos transparentes e que conduzem à apresentação dos melhores e mais capazes candidatos e não apenas aos que dão mais jeito aos aparelhos partidários (pelos vistos para ganhar e para perder, conforme os interesses) ?
Manifesto pelo Património
Agora tornámos mais fácil o acesso ao Manifesto pela Preservação do Património criando um link permanente para descarregar o ficheiro pdf, logo por baixo do relógio.
Usem-no e abusem-no.
Quanto aos organizadores do Manifesto, não é preciso agradecerem, porque fazemos isto de vontade e por gosto, com os devidos agradecimentos ao leitor Mário da Silva que criou o espaço no Geocities.
Usem-no e abusem-no.
Quanto aos organizadores do Manifesto, não é preciso agradecerem, porque fazemos isto de vontade e por gosto, com os devidos agradecimentos ao leitor Mário da Silva que criou o espaço no Geocities.
Bom Dia !
Foto do Brocas (série "AV como nunca reparou nela")
Digam o que disserem, nós vivemos numa zona que podia ser mantida com alguma beleza natural, não fossem as vistas curtas de quem se deixa seduzir pelo que o nosso leitor Mário da Silva apelida, e bem, de "betonismo".
Na nossa (aqui no blog) visão arcaizante e eventualmente retrógrada para muitos, deveriam ser mantidas largas zonas do concelho com um mínimo de intervenção humana disruptiva.
Estando praticamente perdida por completo a zona norte da Fonte da Prata até ao cadáver do Pinhal Castanho a favor do betonismo e com muito pouco - nada - feito a favor da preservação da zona ribeirinha, poderia existir uma ideia que fosse para manter a zona sul, entre a Estrada Nacional e a linha férrea, desde os limites da freguesia até à Lagoa da Pega, com um mínimo de agressão urbanística, aproveitando o palacete que é posse da Câmara como um pólo dinamizador de um projecto de preservação do património natural.
Parece que não é isso que vai acontecer e que tudo irá ser ceifado a eito, em nome de uma homogeneização da malha urbana do concelho (vão ver se a conversa não andará por aqui).
Estejam atentos, porque parece que no PDM em revisão, a equação terceiro-mundista casas+estradas+rotundas= desenvolvimento ameaça vencer em toda a linha.
sexta-feira, abril 29, 2005
AVISO !!!
A PARTIR DE HOJE SÓ SE ACEITAM SUBSÍDIOS, SUBORNOS E SUBVENÇÔES EM CHEQUE SE FOREM DE VALOR SUPERIOR A 150 EUROS.
(É que não há mais pão para malucos...)
(É que não há mais pão para malucos...)
O que fiz de errado ?
Amigo Manuel Pedro,
Como parece versado neste tipo de matérias - pelo menos mais do que eu, a avaliar pelas leituras que fez do príncipe Kropotkine - gostava de saber o que escrevi de errado nesta minha definição de socialismo utópico, redigida em 21 de Maio de 1979 e que a minha professora de História na Secundária da Moita rasurou desta forma tão veemente !
É que ainda hoje sou atormentado por traumas decorrentes destes tempos, a saber, a) porque me obrigaram estudar as diversas modalidades de socialismo no começo da adolescência quando eu só queria jogar à bola e vislumbrar um seio feminino palpitante e b) porque carga de água é que eu já na altura achava que devia dar a minha opinião sobre o que me perguntavam e não me limitar a recitar as definições da sebenta.
Caraças do puto...
O Salariato por Pedro Kropotkine
"Desmascaramento da vigarice Marxista"
Sobre a existência do dinheiro, Kroptotkine pensava o seguinte...
«Nos seus planos de reconstrução da Sociedade, os colectivistas cometem, na nossa opinião, um duplo erro.
Falando na abolição do regime capitalista, querem, contudo:, manter duas instituições que são a base deste regime: o governo representativo e o salariato.
No que respeita ao governo representativo, já muitas vezes falámos dele.
É-nos absolutamente incompreensível que homens inteligentes - e eles não faltam no partido colectivista - possam continuar a ser adeptos dos parlamentos nacionais ou municipais, depois de todas as lições que a história nos deu a esse respeito, seja em França, Inglaterra, Alemanha, Suiça ou nos Estados Unidos.
Como é possível que, enquanto por toda a parte vemos ruir o regime parlamentar e surgir a crítica dos próprios princípios do sistema - e já não, apenas, das suas aplicações -, homens inteligentes, chamando-se de socialistas-revolucionários, procurem manter este sistema já condenado à morte?
Sabe-se que o sistema foi elaborado pela burguesia para enfrentar a realeza e, simultâneamente, manter e aumentar a sua dominação sobre os trabalhadores.
É, por excelência, a forma do regime burguês.
Sabe-se que os burgueses, preconizando-o, nunca defenderam seriamente que um parlamento ou um conselho municipal represente a nação ou a cidade; os mais inteligentes dentre eles sabem que isso é impossível.
Ao apoiar o regime parlamentar a burguesia procurou simplesmente barrar o caminho à realeza, sem dar a liberdade ao povo.Por outro lado, verifica-se que à medida que o povo se toma consciente dos seus interesses e que a variedade destes se multiplica o sistema deixa de poder funcionar.
Apenas os democratas-socialistas e os colectivistas não perdem essa confiança e é isso que nós não compreendemos.
Se os nossos princípios anarquistas não lhes agradam, se eles acham que são impraticáveis, então deveriam pelo menos, parece-nos, tentar descobrir outro sistema de organização que corresponda a uma sociedade sem capitalistas nem proprietários.
Porém, o que é para nós incompreensível é aproveitar o sistema dos burgueses - sistema moribundo, sistema viciado por excelência - e preconizá-lo, com algumas ligeiras correcções cuja inutilidade já foi demonstrada (tais como o mandato imperativo ou o referendo), para uma sociedade que tenha feito a sua Revolução Social.
A menos que, sob o nome de Revolução Social, se preconize tudo menos a Revolução, isto é, se proponha qualquer pequena modificação do regime burguês actual.
O mesmo se passa com o salariato.
Com efeito, como é possível preconizar, sob qualquer forma que seja, a manutenção do salariato depois de proclamar a abolição da propriedade privada e a posse em comum dos instrumentos de trabalbo?
E, contudo, é exactamente isso que fazem os colectivistas quando nos propõem as senhas de trabalho.
Que os socialistas ingleses do início deste século [séc. XIX - N. do T.] tenham proposto as senhas de trabalho, compreende-se.
No seu sistema mutualista, Proudhon apenas queria tornar o capital menos ofensivo apesar da manutenção da propriedade privada que julgava necessária como garantia do indivíduo contra o Estado, embora detestasse a propriedade privada do fundo do coração.
Que os economistas mais ou menos burgueses também aceitem as senhas de trabalho, ainda se compreende.
Pouco lhes importa que o trabalhador seja pago em senhas de trabalho ou em moedas cunhadas com a efígie da República ou do Império. Eles querem salvar, no desastre que se avizinha, a propriedade individual das casas habitadas, do solo, das fábricas, ou, pelo menos, das casas habitadas e do capital necessário à produção fabril.
As senhas de trabalho serviriam muito bem para manter essa propriedade. O proprietário da casa aceitará de bom grado a senha de trabalho como preço da renda desde que essa senha possa vir a ser trocada por automóveis e jóias.
E enquanto as casas de habitação, os campos, as fábricas, pertencerem a burgueses, será necessário pagar-lhes de um modo qualquer para decidi-los a deixar que os outros trabalhem nos seus campos ou nas suas fábricas e habitem nas suas casas; será necessário assalariar o trabalhador, pagar o seu trabalho com ouro, com papel-moeda ou com senhas de trabalho que possam ser trocadas por toda a espécie de comodidades.
Mas, se se admite que as casas, os campos e as fábricas deixam de ser propriedade privada, que passam a pertencer à comuna ou à nação, como é possível propôr esta nova forma de salariato - a senha de trabalho?»
(Continua...)
Manuel Pedro
Sobre a existência do dinheiro, Kroptotkine pensava o seguinte...
«Nos seus planos de reconstrução da Sociedade, os colectivistas cometem, na nossa opinião, um duplo erro.
Falando na abolição do regime capitalista, querem, contudo:, manter duas instituições que são a base deste regime: o governo representativo e o salariato.
No que respeita ao governo representativo, já muitas vezes falámos dele.
É-nos absolutamente incompreensível que homens inteligentes - e eles não faltam no partido colectivista - possam continuar a ser adeptos dos parlamentos nacionais ou municipais, depois de todas as lições que a história nos deu a esse respeito, seja em França, Inglaterra, Alemanha, Suiça ou nos Estados Unidos.
Como é possível que, enquanto por toda a parte vemos ruir o regime parlamentar e surgir a crítica dos próprios princípios do sistema - e já não, apenas, das suas aplicações -, homens inteligentes, chamando-se de socialistas-revolucionários, procurem manter este sistema já condenado à morte?
Sabe-se que o sistema foi elaborado pela burguesia para enfrentar a realeza e, simultâneamente, manter e aumentar a sua dominação sobre os trabalhadores.
É, por excelência, a forma do regime burguês.
Sabe-se que os burgueses, preconizando-o, nunca defenderam seriamente que um parlamento ou um conselho municipal represente a nação ou a cidade; os mais inteligentes dentre eles sabem que isso é impossível.
Ao apoiar o regime parlamentar a burguesia procurou simplesmente barrar o caminho à realeza, sem dar a liberdade ao povo.Por outro lado, verifica-se que à medida que o povo se toma consciente dos seus interesses e que a variedade destes se multiplica o sistema deixa de poder funcionar.
Apenas os democratas-socialistas e os colectivistas não perdem essa confiança e é isso que nós não compreendemos.
Se os nossos princípios anarquistas não lhes agradam, se eles acham que são impraticáveis, então deveriam pelo menos, parece-nos, tentar descobrir outro sistema de organização que corresponda a uma sociedade sem capitalistas nem proprietários.
Porém, o que é para nós incompreensível é aproveitar o sistema dos burgueses - sistema moribundo, sistema viciado por excelência - e preconizá-lo, com algumas ligeiras correcções cuja inutilidade já foi demonstrada (tais como o mandato imperativo ou o referendo), para uma sociedade que tenha feito a sua Revolução Social.
A menos que, sob o nome de Revolução Social, se preconize tudo menos a Revolução, isto é, se proponha qualquer pequena modificação do regime burguês actual.
O mesmo se passa com o salariato.
Com efeito, como é possível preconizar, sob qualquer forma que seja, a manutenção do salariato depois de proclamar a abolição da propriedade privada e a posse em comum dos instrumentos de trabalbo?
E, contudo, é exactamente isso que fazem os colectivistas quando nos propõem as senhas de trabalho.
Que os socialistas ingleses do início deste século [séc. XIX - N. do T.] tenham proposto as senhas de trabalho, compreende-se.
No seu sistema mutualista, Proudhon apenas queria tornar o capital menos ofensivo apesar da manutenção da propriedade privada que julgava necessária como garantia do indivíduo contra o Estado, embora detestasse a propriedade privada do fundo do coração.
Que os economistas mais ou menos burgueses também aceitem as senhas de trabalho, ainda se compreende.
Pouco lhes importa que o trabalhador seja pago em senhas de trabalho ou em moedas cunhadas com a efígie da República ou do Império. Eles querem salvar, no desastre que se avizinha, a propriedade individual das casas habitadas, do solo, das fábricas, ou, pelo menos, das casas habitadas e do capital necessário à produção fabril.
As senhas de trabalho serviriam muito bem para manter essa propriedade. O proprietário da casa aceitará de bom grado a senha de trabalho como preço da renda desde que essa senha possa vir a ser trocada por automóveis e jóias.
E enquanto as casas de habitação, os campos, as fábricas, pertencerem a burgueses, será necessário pagar-lhes de um modo qualquer para decidi-los a deixar que os outros trabalhem nos seus campos ou nas suas fábricas e habitem nas suas casas; será necessário assalariar o trabalhador, pagar o seu trabalho com ouro, com papel-moeda ou com senhas de trabalho que possam ser trocadas por toda a espécie de comodidades.
Mas, se se admite que as casas, os campos e as fábricas deixam de ser propriedade privada, que passam a pertencer à comuna ou à nação, como é possível propôr esta nova forma de salariato - a senha de trabalho?»
(Continua...)
Manuel Pedro
Um anarca literato
O Mário da Silva mandou-nos esta proposta anarquista, que aceitamos desde já e linkaremos de forma permanente a breve prazo (penitenciamo-nos por não o termos feito antes):
Não é todos os dias que se consegue escrever com tamanha mestria.
Ainda melhor do que a citação que nos deixou num comentário, achamos que esta é de toda a actualidade:
«o útero quentinhu das nossas certezas é sempre melhor que a brisa das nossas limitações....»
Quem escreve assim não é disléxico!
Não é todos os dias que se consegue escrever com tamanha mestria.
Ainda melhor do que a citação que nos deixou num comentário, achamos que esta é de toda a actualidade:
«o útero quentinhu das nossas certezas é sempre melhor que a brisa das nossas limitações....»
Quem escreve assim não é disléxico!
O Cartoon de 6ª Feira
O Espião Acácio (F. Relvas)
Aproveitando a onda de revivalismo e nostalgia que hoje nos invade, recupera-se aqui a primeira série desenhada por Relvas para a edição portuguesa do Tintin, de seu nome o Espião Acácio.
Depois viriam o L123 e o Cevadilha Speed, entre outros, mas para a malta aqui do blog o Acácio é mítico.
Julgo mesmo que esta é a primeira prancha que foi publicada, no nº 9 do 11º ano (15/Julho/1978).
Secção Nostalgia
A pedido de várias famílias - e mesmo correndo o risco de começar a tornar o blog muito nostálgico dos anos de chumbo (que como crianças não percebíamos bem) da década de 70 em Alhos Vedros - segue-se aqui a imagem do que era, apesar do titulo inocente, o meu livro de Gramática da 2ª classe.
Aquele em que, pré-25 de Abril, aprendi a formar frases com um mínimo de lógica e a escrever com um mínimo de erros, para escapar à tabela de 1 erro=1 reguada. As falhas nos acentos e pontuação só valiam um 1/4 de erro, por isso dava para fazer três sem correr riscos de ter de arrefecer as mãos no ferro da carteira.
Não sei porquê, mas foi um estímulo como outro qualquer para exercitar a escrita em português minimamente decente.
Pudera !!!
A Jóia da Coroa !
Foto do Brocas
O velho Ginásio finalmente recuperado.
Inauguração no dia 25 como convém e palavras emocionadas do Presidente da CMM.
Eis alguns excertos (retirados do Diário do Barreiro) a puxar à lágrima:
«O presidente da Câmara Municipal da Moita, João Lobo, classificou este dia como “um dos mais importantes da sua vida”.
“O acesso às novas tecnologias da informação, a animação do livro e da leitura, a interligação com as escolas e os programas de animação, assentes no princípio de que um equipamento cultural é um organismo vivo e activo”, são também outras vertentes importantes deste equipamento colectivo, enunciadas por João Lobo. O presidente da autarquia concluíu que, “como muitas outras obras municipais no nosso concelho e no resto do país”, o novo Fórum representa “o imenso trabalho que o poder local foi e continua a ser capaz de realizar com as populações, após a Revolução de Abril”, atribuindo um particular significado à data em que se inaugura este equipamento.»
“O acesso às novas tecnologias da informação, a animação do livro e da leitura, a interligação com as escolas e os programas de animação, assentes no princípio de que um equipamento cultural é um organismo vivo e activo”, são também outras vertentes importantes deste equipamento colectivo, enunciadas por João Lobo. O presidente da autarquia concluíu que, “como muitas outras obras municipais no nosso concelho e no resto do país”, o novo Fórum representa “o imenso trabalho que o poder local foi e continua a ser capaz de realizar com as populações, após a Revolução de Abril”, atribuindo um particular significado à data em que se inaugura este equipamento.»
Utilidades curiosas
Apenas a título de curiosidade, ficam aqui três referências, eventualmente úteis para os interessados.
Em primeiro lugar o Yagoohoogle, motor de busca que combina as pesquisas do Google (motor mais abrangente) e do Yahoo (este mais selectivo), facultando os resultados obtidos por ambos em duas janelas autónomas. Fiz pesquisas em meu nome e no do blog e, com franqueza, os resultados não foram assim muito diferentes, mas...
Em segundo, um artigo de um professor que desenvolveu uma técnica para identificar a autoria de textos anónimos com base nas suas características lexicais e semânticas. A usar por quem estiver com vontade de testar em nós.
Por fim, apenas a atrasada divulgação no The Guardian do parecer do Procurador Geral do Reino Unido sobre a (i)legalidade da intervenção britânica no Iraque.
Em primeiro lugar o Yagoohoogle, motor de busca que combina as pesquisas do Google (motor mais abrangente) e do Yahoo (este mais selectivo), facultando os resultados obtidos por ambos em duas janelas autónomas. Fiz pesquisas em meu nome e no do blog e, com franqueza, os resultados não foram assim muito diferentes, mas...
Em segundo, um artigo de um professor que desenvolveu uma técnica para identificar a autoria de textos anónimos com base nas suas características lexicais e semânticas. A usar por quem estiver com vontade de testar em nós.
Por fim, apenas a atrasada divulgação no The Guardian do parecer do Procurador Geral do Reino Unido sobre a (i)legalidade da intervenção britânica no Iraque.
O 25 de Abril - A Estante IV
Os anos 80 foram de afirmação de uma nova fase do estudo do Estado Novo.
Antes de ter criado um séquito particular de continuadores fiéis e de ter instrumentalizado a História às suas ambições políticas pessoais, Fernando Rosas foi o autor de dois belos livros sobre as duas primeiras décadas do regime salazarista.
Correspondem às suas dissertações académicas de mestrado e doutoramento (edições de 1986 e 1990, ambas da Estampa) e, talvez por isso, se contenham aos limites e à necessidade de respeitar o rigor histórico. A partir de então limitou-se a repetir o que já escrevera ou, quando envereda pelas décadas em que teve participação directa nos eventos (anos 60 e 70), a ter dificuldade em desenvolver um olhar razoavelmente objectivo e desapaixonado sobre as situações e os protagonistas envolvidos.
Os Mod's em Alhos Vedros há 25 anos
O Luís Guerreiro, a propósito das propostas de filmes a exibir proximamente, inseriu no blog da SFRUA um texto sobre a "moda" dos Mod's em Alhos Vedros há cerca de 25 anos. A nosso convite, enviou-o também para nós. Como adenda, apenas que eles nunca gostaram muitos dos The Jam, do Paul Weller, que eram os verdadeiros revivalistas Mod do final dos anos 70 (mas isso sou eu, que mesmo nisto, já era do contra...).
Luís C. Guerreiro
MODs foram no princípio dos anos 60 um movimento de jovens que acompanhavam a evolução estética e musical da altura, a nível da moda por exemplo.
MOD deriva da palavra MODern, em oposição ao antigo que era o Rock'n'Roll, que tinha os seus adeptos que eram denominados Rockers, os Rockers em 1962/6... ainda gostavam do R'n'R puro de Bill Halley por exemplo, os MODs já iam beber nas novidades da Motown e no Rythm'n'Blues.
A nível estético os MODs acompanhavam a moda e os Rocker´s ainda usavam os blusões de cabedal e o cabelo empastado de Brilhantina.
O Filme Grease é por assim dizer, uma homenagem aos Rockers e também poderiam passá-lo aí. Os Rockers tinham como meio de transporte preferencial as grandes motas, os MODs por sua vez preferiam as Vespas personalizadas.
Tudo isto se passa em meados de 1960 numa Inglaterra em crise e todos eram filhos do proletariado, tanto os Rockers como os MODs.
Em 1979 saiu o filme Quadrophenia, com banda sonora dos The Who e houve um revivalismo MOD englobando nesta fase já o MOD'n'SKA, que era a música da altura.
O Ska teve também aqui o seu revivalismo e penso que se devem lembrar de grupos como os Madness os Specials ou os The Beat por exemplo.
Acontece que em Alhos Vedros em 1979/80 o "grupo de cima" juntou-se com a "Caverada" e gostámos muito do filme Quadrophenia que fomos ver em bando mais de 12 vezes em todos os cinemas onde passava, todos compraram os "Kispos" com gorro azuis ou verdes que eram uma identificação de grupo e com o Movimento, organizamos vários convívios até aí na Velhinha mas tb em garagens e na Academia e malta do Barreiro e Montijo compareciam.
Espero que alargada explicação os tenha elucidado sobre esta época da nossa juventude em Alhos Vedros.
Eu, o Lídio, o Paulo, o Tói, o Puto Russo o Animal, etc, etc, embarcamos neste barco em 1979 e só o abandonamos para aí em 1982 quando começou o Teatro na Velhinha, mas sempre nos considerámos os MODs.
Inclusivé ganhamos uma eleição na Escola S. da Moita com a lista B, em que foi a única vez desde o 25 de Abril que a UEC perdeu. Só mais uma adenda à informação; como nessa altura não havia Rockers, elegemos como inimigos os "Betos" e criamos as BAB, Brigadas-Anti-Betão.
Isto foi tudo há mais de 25 anos, na época Jurássica !
Luís C. Guerreiro
Secção Nostalgia
Ora aqui temos mais leituras subversivas dos tempos do PREC.
Estes livros apresentavam numa forma revolucionária - como convinha - o texto integral dos clássicos, intercalado com páginas em que a história era resumida em BD.
Recebi uma meia dúzia de oferta pelos aniversários e Natais de meados da década de 70, quer dizer, um de cada vez porque custavam 55$00 cada e, apesar dos aumentos salariais desses anos, existiam outras prioridades lá em casa, como o bacalhau que escasseava na loja do Tóninho e o leite do dia da UCAL (já não se ia nesta altura à vacaria da Ti'Lídia) que nem sempre chegava para as encomendas e era necessário congelar quando se arranjava mais de um ou dois litros.
Onde estava eu há 30 anos ?
Quase tão importante como no 25 de Abril de 1974 (a esta hora já estaria de volta a casa, por não haver aulas), é saber o que estávamos a fazer hoje há 30 anos, em plena preparação do Verão Quente.
Eu estava na Primária a transpirar as estopinhas para fazer esta prova de verificação, que todas as semanas nos esperava, pelo menos a partir da Páscoa.
Desenho, Caligrafia, Redacção, Ditado e Aritmética e mai'nada.
Garanto que a redacção desta prova tinha o tema de "Uma boa acção".
Onde andava eu com a cabeça, tão cheio de boas intenções...
quinta-feira, abril 28, 2005
Boa Noite
Foto do Brocas (série de postais AV by night)
Mas antes de fechar a loja só um ligeiro reparo sobre as obras no centro de Alhos Vedros.
Concedo que de noite o aspecto visual é agradável à distância, mesmo se desolador quando atentamos em todas as antigas casitas a cair aos pedaços.
O problema é de dia.
Hoje atravessei a zona, pela primeira vez, de carro e - não estou a gozar -ia ficando confundido com tanto pilarete em redor da faixa de rodagem.
Nâo sou nenhum Ayrton Senna - pelo menos, estou vivo - mas fiquei um bocado confuso. Então quando dei pela mudança de lugar da curva, já quase era tarde... e nada de escapatórias.
Penso que poderia ter sido encontrada uma solução que contemplasse os pilaretes com luzes, a impossibilidade de estacionamento selvagem mas, ao mesmo tempo, forma de não ficarmos completamente presos no meio daquilo.
O Brocas já anunciou que há por aí postes deitados abaixo e não me admira nada.
Isto não é má~língua.
Isto não é estar a armar-me em engenheiro.
Sejamos francos.
Alguém gostou de desenhar isto no papel mas, por certo, não vai ter de passar por lá no seu dia-a-dia.
Já alguém tinha reparado ?
"Para quê preservar... III
Foto do Brocas
... se podemos inaugurar ?"
Continua esta série de imagens sobre alguns espaços infantis muito pouco cuidados na nossa freguesia, agora com o Parque Infantil da Vinha das Pedras.
Já anteriormente tínhamos abordado esta questão, na altura com imagens do leitor E. Gomes, bem como um pouco antes a situação de insegurança dos acessos entre a Vinha das Pedras e o centro de Alhos Vedros (recentemente recuperada pelo Alhosvedrense), à época (Dezembro de 2004) com reportagem nossa aqui e no Alhos Vedros Visual.
Manifesto pelo Património - Actualização Importante
Como a imagem que inserimos do Manifesto pela preservação do nosso Património Histórico não está lá grande coisa para descarregar e imprimir, uma Alma Amiga fez o favor de nos criar um área no Geocities para se fazer o download do Manifesto (e do documento "CACAV na Escola Aberta Agostinho da Silva") e o fazer circular pelo maior número de pessoas.
Quem quiser pode fazer cópias e distribuir por onde quiser. O contacto que penso ser do prof. Raminhos está na página e por isso será fácil às pessoas combinarem como devem entregar.
Quem quiser pode fazer cópias e distribuir por onde quiser. O contacto que penso ser do prof. Raminhos está na página e por isso será fácil às pessoas combinarem como devem entregar.
Bloguices
Conforme prometido, iremos iniciar uma pequena série de textos sobre aquilo que achamos ser o papel dos blogs na actual sociedade da informação.
Desde já, e para mais detalhes sobre a história da blogosfera, nada como um saltinho aqui, para ler o que um professor da Universidade da Beira Interior já escreveu e que já recomendámos há uns meses.
Agora passando ao assunto propriamente dito, e começando pelo princípio:
1.
O aparecimento dos blogs (ou blogues, à tuga), quase simbolicamente no final do milénio anterior (0 Blogger aparece em 1999), teve um importante duplo significado.
No contexto mais restrito da net, correspondeu a uma segunda fase da sua expansão e constituiu-se como a etapa que faltava para a sua quase completa democratização, não apenas do lado da utilização-consumo mas também do lado da produção de conteúdos.
No âmbito mais alargado da sociedade da informação, os blogs significaram uma fase - igualmente democratizadora - de expansão das possibilidades de circulação da informação a uma escala global e, principalmente, de expressão das opiniões dos indivíduos afastados dos meios de comunicação de massa tradicionais, tudo com um mínimo de custos directos.
A "blogosfera" foi, assim, uma verdadeira revolução em termos dos requisitos técnicos e financeiros para atingir audiências potencialmente globais por parte de qualquer um de nós. O aparecimento da possibilidade de criar sítios individuais com um mínimo de conhecimentos de informática e recorrendo apenas a um PC comum e uma linha telefónica pode, sem exagero, considerar-se uma fase nova e revolucionária da sociedade da informação pois permitiu furar os monopólios e os poderes que, de maneira mais ou menos disfarçada, controlavam a forma como a informação era disponibilizada e circulava e o conteúdo das opiniões que eram veiculadas a uma escala alargada.
Começando por ser, nos primeiros tempos, meros "diários" pessoais abertos a uma audiência potencialmente mundial, os blogs evoluíram muito rapidamente para uma crescente sofisticação, segmentação e especialização, fosse de objectivos, de conteúdos ou de públicos-alvo. No entanto, e de alguma forma unificando-os, ficou um traço comum à sua maioria que é o de se terem tornado uma nova modalidade de confronto de ideias e de exteriorização de opiniões, sem os espartilhos habituais na comunicação social tradicional, ou seja, uma forma inovadora de comunicação entre gente distante que, de outra forma, teria dificuldade em partilhar gostos, vivências e opiniões sobre de tudo um pouco.
Claro que este fenómeno não se marcou apenas por aspectos positivos e existem aspectos, endógenos e exógenos, que se vieram a mostrar progressivamente negativos.
Embora esse seja tema para desenvolver amanhã, entre os primeiros (externos) temos o esforço externo dos diversos tipos de poder (político, económico, comunicacional) para "enquadrar" a blogosfera, formatá-la e manipulá-la ou arrastá-la para o mainstream, enquanto entre os segundos (internos) temos consequências como a potencial proliferação descontrolada de boatos e de informação pouco credível, bem como um campo fértil para a troca de acusações e ofensas pessoais sem grande conteúdo.
Sobre isso, sobre de que forma os blogs estão na esteira de algumas formas de convívio e debate anteriores e sobre a nossa motivação e experiência pessoal, iremos falando nos próximos dias, ficando à espera dos contributos de quem achar por bem colaborar (textos mais longos, por favor, para o mail que indicamos).
Desde já, e para mais detalhes sobre a história da blogosfera, nada como um saltinho aqui, para ler o que um professor da Universidade da Beira Interior já escreveu e que já recomendámos há uns meses.
Agora passando ao assunto propriamente dito, e começando pelo princípio:
1.
O aparecimento dos blogs (ou blogues, à tuga), quase simbolicamente no final do milénio anterior (0 Blogger aparece em 1999), teve um importante duplo significado.
No contexto mais restrito da net, correspondeu a uma segunda fase da sua expansão e constituiu-se como a etapa que faltava para a sua quase completa democratização, não apenas do lado da utilização-consumo mas também do lado da produção de conteúdos.
No âmbito mais alargado da sociedade da informação, os blogs significaram uma fase - igualmente democratizadora - de expansão das possibilidades de circulação da informação a uma escala global e, principalmente, de expressão das opiniões dos indivíduos afastados dos meios de comunicação de massa tradicionais, tudo com um mínimo de custos directos.
A "blogosfera" foi, assim, uma verdadeira revolução em termos dos requisitos técnicos e financeiros para atingir audiências potencialmente globais por parte de qualquer um de nós. O aparecimento da possibilidade de criar sítios individuais com um mínimo de conhecimentos de informática e recorrendo apenas a um PC comum e uma linha telefónica pode, sem exagero, considerar-se uma fase nova e revolucionária da sociedade da informação pois permitiu furar os monopólios e os poderes que, de maneira mais ou menos disfarçada, controlavam a forma como a informação era disponibilizada e circulava e o conteúdo das opiniões que eram veiculadas a uma escala alargada.
Começando por ser, nos primeiros tempos, meros "diários" pessoais abertos a uma audiência potencialmente mundial, os blogs evoluíram muito rapidamente para uma crescente sofisticação, segmentação e especialização, fosse de objectivos, de conteúdos ou de públicos-alvo. No entanto, e de alguma forma unificando-os, ficou um traço comum à sua maioria que é o de se terem tornado uma nova modalidade de confronto de ideias e de exteriorização de opiniões, sem os espartilhos habituais na comunicação social tradicional, ou seja, uma forma inovadora de comunicação entre gente distante que, de outra forma, teria dificuldade em partilhar gostos, vivências e opiniões sobre de tudo um pouco.
Claro que este fenómeno não se marcou apenas por aspectos positivos e existem aspectos, endógenos e exógenos, que se vieram a mostrar progressivamente negativos.
Embora esse seja tema para desenvolver amanhã, entre os primeiros (externos) temos o esforço externo dos diversos tipos de poder (político, económico, comunicacional) para "enquadrar" a blogosfera, formatá-la e manipulá-la ou arrastá-la para o mainstream, enquanto entre os segundos (internos) temos consequências como a potencial proliferação descontrolada de boatos e de informação pouco credível, bem como um campo fértil para a troca de acusações e ofensas pessoais sem grande conteúdo.
Sobre isso, sobre de que forma os blogs estão na esteira de algumas formas de convívio e debate anteriores e sobre a nossa motivação e experiência pessoal, iremos falando nos próximos dias, ficando à espera dos contributos de quem achar por bem colaborar (textos mais longos, por favor, para o mail que indicamos).
Secção Nostalgia
Suplemento da AAG. Painéis de Alhos Vedros
Última oportunidade de concorrer ao concurso de Slogans da AAG, veja como no AVedros Visual !
Este é o último Suplemento da AAG para este blog; foi uma experiência interessante a divulgação dos meus trabalhos num meio de comunicação com estas características, os Slogans recebidos não foram muitos, mas terei de selecionar os três primeiros para lhes entregar os Prémios prometidos e como foi acordado com os editores do blog.
Espero que tenham gostado desta iniciativa e quem não gostou, paciência, não se pode agradar a todos sempre. Na próxima semana divulgaremos os vencedores.
Até sempre e saúde para todos.
Hoje para terminar em beleza quero apresentar a todos, os painéis que realizei em 1992 para o Forcas Bar. Estes painéis requereram um estudo sobre a história de Alhos Vedros, o que me levou a fazer um trabalho de pesquisa bastante profundo, desde recolha de imagens até contacto com pessoas idosas que me contaram como era a cadeia de Alhos Vedros por exemplo.
A colaboração do Sr.Diogénio um grande amador da 7ª Arte, que já faleceu e do Padre Carlos foram preciosas para o trabalho ser realizado.
Todos os painéis são uma reconstituição histórica da Vila de Alhos Vedros no séc. XV e formam uma sequência ficcionada dessa época, muito à maneira dos artistas do séc. XVII que retratavam sequências de imagens sobre a vida de Cristo ou de Santos e que se podem encontrar na Capela da Misericórdia de Alhos Vedros, onde estou a fazer uma Exposição que encerra este sábado.
Os painéis do Forcas Bar foram um trabalho que até hoje é de referência nos anais da Azulejaria Artística Guerreiro e só lamento que o Forcas Bar tenha encerrado e por isso estes trabalhos não tenham a visibilidade que mereciam.
"História dos Painéis de Azulejos do Forcas Bar"
No remoto ano de 1415, quando a peste assolava Lisboa, o rei D. João I refugiou-se em Alhos Vedros, pequena vila da outra margem, onde ainda esse mal não tinha chegado.
Os painéis do Forcas Bar retratam a chegada do rei, o julgamento e o enforcamento de um condenado no terreno onde hoje está situado o Forcas Bar.
Estes painéis foram feitos na AAG, no ano de 1992.
quarta-feira, abril 27, 2005
Manifesto
Por obra e graça do Pé de Orelha - já que o Espírito Santo estava de folga - chegou-nos o documento do Manifesto pela Preservação do Património Histórico de Alhos Vedros, neste caso concretamente direccionado para a recuperação da Capela da Misericórdia.
É uma iniciativa meritória se der origem a algo mais do que promessas, conversa e pré-estudos de grupos de trabalho.
Por isso, e para que as coisas não caiam em saco roto, aqui divulgamos o manifesto em causa para que quem estiver interessado possa guardar a imagem e imprimi-la posteriormente, dando-lhe o devido uso.
De acordo com as características técnicas do blog não é possível colocar o ficheiro em formato pdf para download pelo que arquivámos a imagem no formato de maior qualidade permitido pelo Hello para que quem clicar duas vezes nela, consiga a ela aceder com alguma qualidade.
(Se repararem bem, depois de clicarem e estabilizarem o rato sobre a imagem, aparecer-vos-á do lado direito do ecrã um ícone que permite ampliála ainda mais, assim como sobre ela própria surgem os ícones para guardar, imprimir, etc...)
A pedido de várias famílias...
... vamos reduzir a produção bloguística para nos concentrarmos de forma mais detalhada em alguns problemas.
Para começar, gostaríamos de - de acordo com sugestão do leitor Mário da Silva - discutir o âmbito e função dos blogs na sociedade actual, nomeadamente o seu papel como espaços de discussão numa época em que as tertúlias quase desapareceram e o convívio de café se massificou e perdeu alguma da aura antiga.
Desde já - e antes de um texto em preparação para amanhã - lançar uma ou duas dicas, não necessariamente muito originais: antes de mais que os blogs se tornaram um novo método de circulação da informação e de expressão de opiniões que antes não encontravam forma de atingir públicos razoavelemte vastos; em seguida, que a reacção dos vários "poderes" instituídos a este novo fenómeno foi a habitual, começando pela indiferença, passando para a desconfiança e avançando para a tentativa de enquadramento, seja pelo ataque, seja pela tentativa de manipulação, que é a fase actual. O facto de alguns bloggers também usarem este meio para se promoverem pessoalmente facilitou esta estratégia de atracção para o mainstream, sendo visível como a imprensa "oficial" cativou a nível nacional alguns dos que se apresentavam como mais "rebeldes".
Por fim, e por agora, assinalar que também existem faces negativas em todo este processo, como sejam os ajustes de contas pessoais, as acusações não fundamentadas, a circulação de boatos e a facilidade da ofensa ("prontos" caro TM, já sei que vai pegar por aqui...).
Mas amanhã logo desenvolveremos a coisa.
Nota: Claro que continuaremos a incluir material recebido por mail e uma ou outra coluna regular (cartoons, especial 25 de Abril, reportagens do Brocas, and so on... and so on...).
Para começar, gostaríamos de - de acordo com sugestão do leitor Mário da Silva - discutir o âmbito e função dos blogs na sociedade actual, nomeadamente o seu papel como espaços de discussão numa época em que as tertúlias quase desapareceram e o convívio de café se massificou e perdeu alguma da aura antiga.
Desde já - e antes de um texto em preparação para amanhã - lançar uma ou duas dicas, não necessariamente muito originais: antes de mais que os blogs se tornaram um novo método de circulação da informação e de expressão de opiniões que antes não encontravam forma de atingir públicos razoavelemte vastos; em seguida, que a reacção dos vários "poderes" instituídos a este novo fenómeno foi a habitual, começando pela indiferença, passando para a desconfiança e avançando para a tentativa de enquadramento, seja pelo ataque, seja pela tentativa de manipulação, que é a fase actual. O facto de alguns bloggers também usarem este meio para se promoverem pessoalmente facilitou esta estratégia de atracção para o mainstream, sendo visível como a imprensa "oficial" cativou a nível nacional alguns dos que se apresentavam como mais "rebeldes".
Por fim, e por agora, assinalar que também existem faces negativas em todo este processo, como sejam os ajustes de contas pessoais, as acusações não fundamentadas, a circulação de boatos e a facilidade da ofensa ("prontos" caro TM, já sei que vai pegar por aqui...).
Mas amanhã logo desenvolveremos a coisa.
Nota: Claro que continuaremos a incluir material recebido por mail e uma ou outra coluna regular (cartoons, especial 25 de Abril, reportagens do Brocas, and so on... and so on...).
Cinema na SFRUA
Para que não digam que não servimos para nada e que o pessoal da Direcção da Velhinha não gosta de cinema.
Ainda quero ver o que os(as) meta-críticos(as) vão escrever agora. Se calhar, afinal, o editor deste blog é o Vítor Cabral.
Aviso aos cinéfilos
Ainda quero ver o que os(as) meta-críticos(as) vão escrever agora. Se calhar, afinal, o editor deste blog é o Vítor Cabral.
Aviso aos cinéfilos
Finalmente estamos em condições de realizarmos sessões de cinema no Auditório da SFRUA. Estas sessões decorrerão em carácter experimental aos sábados e domingos. A sua continuidade dependerá da afluência de espectadores.
Para a escolha dos títulos aguardamos as suas sugestões em sfrua.blogspot.com ou sfrua@clix.pt
Para a escolha dos títulos aguardamos as suas sugestões em sfrua.blogspot.com ou sfrua@clix.pt
Material Alheio - Blasfémias
Chamem-me o que lhes apetecer, mas eu gosto deste tipo, seja de direita ou lá o que ele quiser.
Porque é que o estado deve subsidiar o café da esquina
1. Porque o café da esquina gera emprego: 6 empregados.
1. Porque o café da esquina gera emprego: 6 empregados.
2. Porque o café da esquina gera riqueza: dá mais lucro que a CP. E tem anos que dá mais lucro que a TAP.
3. Porque o café da esquina tem um multiplicador maior que a Auto-Europa: por cada euro investido pelo estado até ao momento no café da esquina, o café da esquina produziu infinitos euros.
4. Porque o café da esquina tem externalidades positivas: é um local de encontro e de estudo e tem Sport TV não cobrando nada por isso.
5. Porque o café da esquina é um espaço cultural: tertúlias espontâneas quase todos os dias.
6. Porque o café da esquina promove a leitura de jornais: JN e o Jogo [NE: Por aqui é mais o CM, a Bola e a Nova Gente].
7. Porque o café da esquina vende café Delta estimulando a economia nacional.
8. Porque o café da esquina é um centro de decisão nacional.
9. Porque o café da esquina contribui para o choque tecnológico: tem uma máquina registadora modernaça e é o primeiro local onde as pessoas do bairro contactam com as novas tecnologias televisivas (TV a cores, ecrãs planos, TV-Cabo, Sport-TV).
10. Porque o café da esquina contribui para a redução das assimetrias de informação na economia: é um local de bisbilhotice e tem um espaço para anúncios grátis.
11. Porque o café da esquina estimula o consumo.
12. Porque o café da esquina estimula os valores nacionais: tem um poster da selecção nacional numa das paredes.
13. Porque o café da esquina contribui para a integração dos imigrantes: tem uma empregada brasileira e é um local de reúnião dos ucranianos que trabalham nas obras em frente.
Só eu sei porque fiquei em casa !!!
Depois de tanta polémica quanto à nossa identidade e em particular à do auto-proclamado editor principal deste blog, convém dar algumas pistas aos cidadãos contribuintes e eleitores.
Ora bem.
Para começar, risquem da lista de candidatos todas as individualidades presentes nos seguintes eventos:
- Lançamento da candidatura PS à presidência da CMM de Eurídice Pereira.
- Inauguração da exposição da AAG.
- Inauguração do Fórum Cultural José M. Figueiredo.
- Marcha da Liberdade.
Quanto à natureza da nossa disponibilidade para escrevinhar aqui todos os dias, apenas adiantaria que após perto de duas décadas de trabalho honesto, entre entidades públicas e privadas, muitas vezes em múltiplo emprego mas sempre com declarações para o IRS e Segurança Social, outras desempregado (mas sem nunca me inscrever no Fundo de Desemprego), atingi a situação confortável de fazer os meus horários e, como trabalho normalmente com computadores, dedicar as minhas pausas a este "divertimento".
Pelo menos, enquanto funcionar como divertimento, para mim e para o resto dos colaboradores regulares com quem contacto pessoal (o meu colega co-editor) ou virtualmente (com destaque para o incansável Brocas), isto continuará.
E - como já várias vezes aqui escrevemos - enquanto não houver forma de nos estrangular (não precisamos de subsídios, nem de publicidade...), quem quiser pode continuar a vir beber um copo, comer uns tremoços e expressar o que lhe vai na alma.
Ora bem.
Para começar, risquem da lista de candidatos todas as individualidades presentes nos seguintes eventos:
- Lançamento da candidatura PS à presidência da CMM de Eurídice Pereira.
- Inauguração da exposição da AAG.
- Inauguração do Fórum Cultural José M. Figueiredo.
- Marcha da Liberdade.
Quanto à natureza da nossa disponibilidade para escrevinhar aqui todos os dias, apenas adiantaria que após perto de duas décadas de trabalho honesto, entre entidades públicas e privadas, muitas vezes em múltiplo emprego mas sempre com declarações para o IRS e Segurança Social, outras desempregado (mas sem nunca me inscrever no Fundo de Desemprego), atingi a situação confortável de fazer os meus horários e, como trabalho normalmente com computadores, dedicar as minhas pausas a este "divertimento".
Pelo menos, enquanto funcionar como divertimento, para mim e para o resto dos colaboradores regulares com quem contacto pessoal (o meu colega co-editor) ou virtualmente (com destaque para o incansável Brocas), isto continuará.
E - como já várias vezes aqui escrevemos - enquanto não houver forma de nos estrangular (não precisamos de subsídios, nem de publicidade...), quem quiser pode continuar a vir beber um copo, comer uns tremoços e expressar o que lhe vai na alma.
Problema técnico
Antes deste template do Blogger permitir a inserção de comentários, recorremos ao Haloscan para esse efeito.
Entretanto, o Haloscan começou a fazer incorrectamente a contabilidade dos comentários a partir de estarem dois ou três dias online.
Não é um grande problema, mas para quem passa de visita e vê os totais, parece que os comentários sumiram.
A solução seria passar a activar a função de comentários do Blogger mas, nesse caso, ou somos obrigados a apagar a funcionalidade do Haloscan e todos os comentários já inseridos desapareceriam (o que não seria muito correcto...) ou então a ter duas caixas de comentários (o que seria uma grande confusão...).
Assim, vamos deixar tudo como está, apenas explicando que o total de comentários que surge por baixo dos posts, tirando os do dia e mais uns dois dias para trás, raramente corresponde à realidade.
Entretanto, o Haloscan começou a fazer incorrectamente a contabilidade dos comentários a partir de estarem dois ou três dias online.
Não é um grande problema, mas para quem passa de visita e vê os totais, parece que os comentários sumiram.
A solução seria passar a activar a função de comentários do Blogger mas, nesse caso, ou somos obrigados a apagar a funcionalidade do Haloscan e todos os comentários já inseridos desapareceriam (o que não seria muito correcto...) ou então a ter duas caixas de comentários (o que seria uma grande confusão...).
Assim, vamos deixar tudo como está, apenas explicando que o total de comentários que surge por baixo dos posts, tirando os do dia e mais uns dois dias para trás, raramente corresponde à realidade.
Pequenos Cantores
A cultura continua viva por estas bandas.
Este grupo de crianças vai estar a cantar esta [a que recebemos por mail e que enviaremos a quem quiser e tiver uma caixa de correio grandinha] e outras canções no palco da Feira de Projectos Educativos, na 6ª feira de manhã, dia 6.5.05 .
jm
Este grupo de crianças vai estar a cantar esta [a que recebemos por mail e que enviaremos a quem quiser e tiver uma caixa de correio grandinha] e outras canções no palco da Feira de Projectos Educativos, na 6ª feira de manhã, dia 6.5.05 .
jm
O "betonismo" avança
Como estava com a "mão na massa" aproveitei e retirei tambem esta planta da futura área a urbanizar em Alhos Vedros (Vila Cor-de-Laranja?).
Como alguém já disse aí num comentário, esta área está para ser urbanizada (deste a antiga Bore, até à Rua Projectada Frente ao Millennium).
Ouvi dizer que iria ter uma saída para o Largo da Misericórdia, com uns arcos ao estilo dos que estão na Vila Rosa, não se será verdade, mas a ter que ser a zona urbanizada (quanto a isso acho que vai ser mesmo) pelo menos esse é um aspecto positivo.
Cumprimentos
José Luís Pinto
Os limites da freguesia
Planta cedida por Zelupi
O nosso leitor Zelupi mandou-nos esta planta de parte da fronteira entre as freguesias da Moita e de Alhos vedros (é aquela linha acastanhadaque começa na zona da estação da CP da Moita, depois sobre e a seguir segue um bocadinho a Estrada Nacional).
De acordo com esta informação, o Intermarché (o campo do Moitense, a Socorquex e a estação da CP) pertencem à Moita, mas o Lidl e o Mestre Maco estão na freguesia de Alhos Vedros.
Como podem calcular - e atendendo ao clima tenso para connosco por parte de um ou outro ser que anda pelas redondezas - não nos passa pela cabeça ir à Junta de Freguesia ou à Câmara pedir qualquer tipo de informação sobre isto.
Insólito
Este fim de semana ia eu a passar pela Rua D. Jerónimo de Noronha (para os mais distraídos é a rua do lado do pavilhão da Velhinha), e ao pé da entrada da fábrica do Cabrita ao olhar para o chão deparei-me com algo interessante... as tampas de esgoto, até aqui nada de anormal ! Mas ao passar. li numa CMM e na outra a grafia mudou e li CMS ??????????????????????????
Pedi a quem estava comigo para ler em vós alta o que estava inscrito nas tampas de ferro e o resultado foi o mesmo: CMM e noutra CMS!!!!
Estranho no mínimo, será que outra autarquia ofereceu tampas de esgoto à CMM, ou pertencemos a outro município????????!!!!!!!!!!!!
Vale a pena passar por lá para ver... mas a quem tiver a resposta plausível para aquela tampa estar ali colocada em Alhos Vedros que fale....
Por Alhos Vedros Sempre !!!!
Abelha Maia Alhosvedrense
Pedi a quem estava comigo para ler em vós alta o que estava inscrito nas tampas de ferro e o resultado foi o mesmo: CMM e noutra CMS!!!!
Estranho no mínimo, será que outra autarquia ofereceu tampas de esgoto à CMM, ou pertencemos a outro município????????!!!!!!!!!!!!
Vale a pena passar por lá para ver... mas a quem tiver a resposta plausível para aquela tampa estar ali colocada em Alhos Vedros que fale....
Por Alhos Vedros Sempre !!!!
Abelha Maia Alhosvedrense
Orgulho, talvez...
... por nos ser assacada a responsabilidade de, do alto de 18 meses deste blog, sermos capazes de "arrasar" a CMM.
Esta acusação, que para nós é um elogio, foi-nos feita por uma criatura furibunda que anda pelas nossas caixas de comentários e nos parece pertencer a uma task-force destinada a atacar-nos à boa velha moda da traulitada (neste caso apenas virtual, embora há uns 20 anos me tenham prometido da física, quando andava pelos bancos da Universidade e decidi abrir a boca numa RGA).
Significa isto que um abstencionista nato como eu, coadjuvado por um idealista miltante, tem mais poder do que toda a Oposição local em 30 anos de acção política.
É impressão minha ou anda por aqui paranóia à solta ?
(Convém explicar que a acusação de paranóia surge apenas porque a criatura em causa já qualificou a equipa do blog e alguns dos seus amigos de coisas bem mais "cabeludas", desde a orientação sexual ao estado de sanidade mental...)
Esta acusação, que para nós é um elogio, foi-nos feita por uma criatura furibunda que anda pelas nossas caixas de comentários e nos parece pertencer a uma task-force destinada a atacar-nos à boa velha moda da traulitada (neste caso apenas virtual, embora há uns 20 anos me tenham prometido da física, quando andava pelos bancos da Universidade e decidi abrir a boca numa RGA).
Significa isto que um abstencionista nato como eu, coadjuvado por um idealista miltante, tem mais poder do que toda a Oposição local em 30 anos de acção política.
É impressão minha ou anda por aqui paranóia à solta ?
(Convém explicar que a acusação de paranóia surge apenas porque a criatura em causa já qualificou a equipa do blog e alguns dos seus amigos de coisas bem mais "cabeludas", desde a orientação sexual ao estado de sanidade mental...)
Os fazedores de opinião
O mundo da opinião publicada anda às avessas.
Sobre o congresso do CDS - isto vem atrasado, porque fomos obrigados a andar a lançar gasolina para uns fogos ontem - escreveu-se muito, mas nem sempre bem e nem sempre de forma honesta.
Vamos dar dois exemplos contraditórios. O primeiro é de alguém que é pago para escrever, mas que escreve ao sabor das conveniências. O segundo é alguém que não é pago para escrever e que, aparentemente, apenas o faz por prazer.
A diferença de qualidade, de capacidade analítica e de informação só beneficia o amador em relação ao profissional.
Desculpem lá, eu prefiro que escreve com nick mas que me conta o que aconteceu, em vez de um tipo que gosta de dar a cara e o nome, mas que escreve por encomenda.
Um «novo» CDS?
Luís Delgado
«Ribeiro e Castro conseguiu a proeza de ganhar num Congresso onde se pensava que tudo estava decidido. Só Lucas Pires e Paulo Portas tinham alcançado a mesma grandeza, e este facto demonstra que nunca há vencedores antecipados, ou alinhamentos permanentes.
Portas não interferiu, como era de esperar, na vontade dos congressistas, manteve-se totalmente equidistante, e isso permitiu que um discurso de Ribeiro e Castro, com convicção, levasse os congressistas a virar em seu favor. Telmo Correia mostrou falta de motivação, como se estivesse na posição de candidato por força das circunstâncias e «empurrado», e não por absoluto desejo de ser líder.
Com esta vitória, o CDS (que agora parece não querer usar a sigla PP) vai voltar às suas origens democratas-cristãs, se é que isso ainda é reconhecido ideologicamente como um pólo aglutinador do eleitorado.
Uma certeza existe, contudo: este CDS de Ribeiro e Castro não será o mesmo de Paulo Portas, ou de Telmo Correia sem Paulo Portas, e essa novidade é interessante. Se é benéfica ou não, logo se verá.
O direita e o centro direita têm de encontrar o seu caminho nos próximos quatro anos, que talvez não seja nenhum dos que agora «governam» o PSD e o CDS.»
"Manuel" na Grande Loja do Queijo Limiano
Sobre o congresso do CDS - isto vem atrasado, porque fomos obrigados a andar a lançar gasolina para uns fogos ontem - escreveu-se muito, mas nem sempre bem e nem sempre de forma honesta.
Vamos dar dois exemplos contraditórios. O primeiro é de alguém que é pago para escrever, mas que escreve ao sabor das conveniências. O segundo é alguém que não é pago para escrever e que, aparentemente, apenas o faz por prazer.
A diferença de qualidade, de capacidade analítica e de informação só beneficia o amador em relação ao profissional.
Desculpem lá, eu prefiro que escreve com nick mas que me conta o que aconteceu, em vez de um tipo que gosta de dar a cara e o nome, mas que escreve por encomenda.
Um «novo» CDS?
Luís Delgado
«Ribeiro e Castro conseguiu a proeza de ganhar num Congresso onde se pensava que tudo estava decidido. Só Lucas Pires e Paulo Portas tinham alcançado a mesma grandeza, e este facto demonstra que nunca há vencedores antecipados, ou alinhamentos permanentes.
Portas não interferiu, como era de esperar, na vontade dos congressistas, manteve-se totalmente equidistante, e isso permitiu que um discurso de Ribeiro e Castro, com convicção, levasse os congressistas a virar em seu favor. Telmo Correia mostrou falta de motivação, como se estivesse na posição de candidato por força das circunstâncias e «empurrado», e não por absoluto desejo de ser líder.
Com esta vitória, o CDS (que agora parece não querer usar a sigla PP) vai voltar às suas origens democratas-cristãs, se é que isso ainda é reconhecido ideologicamente como um pólo aglutinador do eleitorado.
Uma certeza existe, contudo: este CDS de Ribeiro e Castro não será o mesmo de Paulo Portas, ou de Telmo Correia sem Paulo Portas, e essa novidade é interessante. Se é benéfica ou não, logo se verá.
O direita e o centro direita têm de encontrar o seu caminho nos próximos quatro anos, que talvez não seja nenhum dos que agora «governam» o PSD e o CDS.»
"Manuel" na Grande Loja do Queijo Limiano
«Sexta-Feira, durante o dia, Portas, himself, deu carta branca ao seu inner circle de colaboradores, para cacicarem abertamente a favor do corredor de fundo Ribeiro e Castro, deixando aliás descalço e no meio da rua o líder espiritual d'O Acidental, incumbido de redigir uma moção para nada. Nobre Guedes juntou o útil ao agradável, o seu pó a Telmo Correia, desde os tempos das guerras na Distrital de Lisboa, à prossecução dos seus interesses de médio prazo. O resto foram as leis da gravidade a funcionar.Portas sabia que não podia entregar o partido a uma troupe vista como de meros portistas fieis, com Monteiro aprendeu dos riscos de as criaturas, a prazo, ganharem vontade própria e se revoltarem contra o criador, também sabia que o portismo, sem ele, seria um fantasma que o perseguiria e só lhe limitaria ambições e margens de manobra futuras.Portas sabia ainda que sem uma liderança forte, carismática, qualquer solução portista resultaria a prazo em deserções, ou cisões, uma coisa é Maria José Nogueira Pinto ou Lobo Xavier baixarem a bola perante um líder forte, outra, totalmente diferente, é manterem-se sossegados perante um novo líder que os despreza e que desprezam.Portas sabia tudo isto, Telmo Correia não. De tabú em tabú, completamente enebriado, Telmo Correia resolveu imitar Portas e deu-se mal. Deu-se mal porque não tem um milésimo da massa cinzenta deste (e da de Nobre Guedes) e porque fundamentalmente não percebeu que sem Portas o PP não podia continuar a ser o mesmo.»
O 25 de Abril - A Estante III
Estes são dois dos primeiros estudos individuais que, ainda na década de 70 (são ambos de 1978), procuram compreender as origens do Estado Novo. No primeiro caso, passa-se em revista principalmente o processo político, enquanto no segundo são os aspectos económicos e sociais.
Actualmente um pouco ultrapassados, não deixaram, contudo, de marcar o primeiro período do estudo do regime salazarista do pós 25 de Abril.
terça-feira, abril 26, 2005
Ida aos nossos arquivos
Eis um excerto de um post nosso de 23 de Outubro de 2003:
«Tendo em mente a definição anterior de moiteiro como colaborador activo do poder ilegítimo exercido pela Moita sobre as terras e populações envolventes, podemos apresentá-lo como, em termos de carácter, a mais perfeita combinação de ignorância e presunção. Enquanto os alhosvedrenses são, sem sombra de dúvida, bastante ignorantes mas muito pouco presumidos e, por exemplo, os montijenses são extremamente presumidos mas nem sempre ignorantes, os moiteiros apresentam doses anormalmente elevadas nas suas mentes de ignorância e presunção.
Isto é fácil de demonstrar.
Se o conhecimento ocupa lugar, um excesso de ignorância (= falta de conhecimento) deixa todo o espaço da mente livre para ser ocupado, neste caso pela presunção. Assim se explica que numa mesma mente coexistam grandes quantidades de duas características (ignorância+presunção).
A combinação destas duas “qualidades” numa pessoa ou grupos de pessoas tem um nome específico que os cientistas sociais definiram como “estupidez” e que um intelectual como Carlo Cipolla definiu magistralmente – e cito de memória - como “a capacidade de produzir mal nos outros sem que disso se receba necessariamente um bem”. Convenhamos que esta é quase de forma literal outra forma de pronunciar “moiteiro”.»
Isto nem sempre corre bem... II
Agora outra frente de batalha.
Com o aproximar do período eleitoral local, é natural a tendência para o debate azedar.
É uma das razões porque perdi o interesse em paricipar na vida política local há cerca de 15 anos.
É por isso que nunca tive militância partidária.
É por isso que uso nick.
Infelizmente, alguns leitores claramente desenquadrados do espírito original deste blog têm aparecido com acusações perfeitamente disparatadas a que, com maior ou menor paciência, se tem dado resposta.
Existe em particular uma pessoa que já passou por vários nicks - mas que deixa o rasto do tipo de escrita e de (falta de) raciocínio claro - que insiste em acusações recorrentes e em insinuações despropositadas. Alguém lhe disse que o azulejista Luís Guerreiro tem algo a ver connosco - o que é verdade, na medida em que já o afirmámos nosso amigo e colaborador ocasional -, tem qualquer problema pessoal com ele e então passou a atacar-nos por estarmos contra a CMM por interesses comerciais.
Não vale a pena andar a recortar excertos de posts nossos e tentar demonstrar que são só disparates. Alguns até foram feitos com esse intuito, mas compreendemos que a ironia - desde os tempos de Sócrates - não está ao acesso de todos, em especial quando as criaturas estão embaladas, de olhos raiados de sangue, e em fúria.
Ora, repetimos, este não é o local devido para resolver questiúnculas pessoais e amarguras que tenha contra o dito LG. O rapaz tem estabelecimento próprio, perfeitamente identificado. Por isso, passe lá pela oficina dele e resolva os seus problemas de vez.
Aqui ninguém tem formação em psicologia ou psiquiatria, por isso, não lhe podemos valer.
Como em outros tempos já fizemos, iremos deixar essa pessoa a escrever para si mesma, não lhe voltando a responder em nome do blog. Com os outros leitores é lá com eles.
Quanto a nós, achamos quer já chega de tempo perdido.
Não há pior cego do que o que não quer ver.
E não há pior tristeza do que não querer perceber.
Com o aproximar do período eleitoral local, é natural a tendência para o debate azedar.
É uma das razões porque perdi o interesse em paricipar na vida política local há cerca de 15 anos.
É por isso que nunca tive militância partidária.
É por isso que uso nick.
Infelizmente, alguns leitores claramente desenquadrados do espírito original deste blog têm aparecido com acusações perfeitamente disparatadas a que, com maior ou menor paciência, se tem dado resposta.
Existe em particular uma pessoa que já passou por vários nicks - mas que deixa o rasto do tipo de escrita e de (falta de) raciocínio claro - que insiste em acusações recorrentes e em insinuações despropositadas. Alguém lhe disse que o azulejista Luís Guerreiro tem algo a ver connosco - o que é verdade, na medida em que já o afirmámos nosso amigo e colaborador ocasional -, tem qualquer problema pessoal com ele e então passou a atacar-nos por estarmos contra a CMM por interesses comerciais.
Não vale a pena andar a recortar excertos de posts nossos e tentar demonstrar que são só disparates. Alguns até foram feitos com esse intuito, mas compreendemos que a ironia - desde os tempos de Sócrates - não está ao acesso de todos, em especial quando as criaturas estão embaladas, de olhos raiados de sangue, e em fúria.
Ora, repetimos, este não é o local devido para resolver questiúnculas pessoais e amarguras que tenha contra o dito LG. O rapaz tem estabelecimento próprio, perfeitamente identificado. Por isso, passe lá pela oficina dele e resolva os seus problemas de vez.
Aqui ninguém tem formação em psicologia ou psiquiatria, por isso, não lhe podemos valer.
Como em outros tempos já fizemos, iremos deixar essa pessoa a escrever para si mesma, não lhe voltando a responder em nome do blog. Com os outros leitores é lá com eles.
Quanto a nós, achamos quer já chega de tempo perdido.
Não há pior cego do que o que não quer ver.
E não há pior tristeza do que não querer perceber.
Isto nem sempre corre bem...
Voltando ao assunto anterior, gostaria de repetir que não estou propriamente muito feliz pela reacção de João Titta Maurício ao facto de termos revelado o seu nome completo.
Não gostou de ser satirizado e está no seu direito.
No entanto, convém esclarecer desde já o seguinte:
Em Janeiro deste ano, quando consultámos os dados sobre os candidatos a deputados pelo círculo de Setúbal para a série de posts "Foi você que pediu este cabeça-de-lista ?", bisbilhotámos nos sites da CNE, do STAPE, da AR, dos diversos partidos e tudo o mais.
Nas listas oficiais de candidatos pelo CDS-PP constava o nome de João José Tita Maurício Melo Nunes.
Achámos curiosa a divergência do nome, em particular por normalmente não usar os dois últimos e pela grafia do apelido "Tita", que já aqui tinha sido motivo de ironia e subsequente discussão.
Como achámos que a questão era um pormenor, não quisemos lançar achas para a fogueira.
Se o tivéssemos feito, talvez a erupção de TM tivesse acontecido então.
O facto de o termos divulgado agora, na sequência de um mail do próprio, que ele pediu para não colocarmos online (o que não fizemos...), não me parece motivo para a tamanha verborreia de ofensas que ele decidiu lançar.
Confesso, com toda a honestidade que, se admito algum deslize nosso, não compreendo tamanho bruá.
O que escrevemos baseia-se em factos verídicos - que raios, apenas escrevemos o nome oficial do homem por extenso e comparámo-lo com o nome político -, não deturpados mas apenas satirizados.
Quanto ao facto de nós usarmos nicks/pseudónimos, apenas gostava de sublinhar que isso é normal em muitos blogs e que o próprio TM escreve(u) num blog - Carvalhadas Online - em que isso é prática corrente, assim como a sátira aos adversários políticos.
O problema é que o nosso leitor TM não consegue vislumbrar as incoerências quando estão do seu lado.
Não gostou de ser satirizado e está no seu direito.
No entanto, convém esclarecer desde já o seguinte:
Em Janeiro deste ano, quando consultámos os dados sobre os candidatos a deputados pelo círculo de Setúbal para a série de posts "Foi você que pediu este cabeça-de-lista ?", bisbilhotámos nos sites da CNE, do STAPE, da AR, dos diversos partidos e tudo o mais.
Nas listas oficiais de candidatos pelo CDS-PP constava o nome de João José Tita Maurício Melo Nunes.
Achámos curiosa a divergência do nome, em particular por normalmente não usar os dois últimos e pela grafia do apelido "Tita", que já aqui tinha sido motivo de ironia e subsequente discussão.
Como achámos que a questão era um pormenor, não quisemos lançar achas para a fogueira.
Se o tivéssemos feito, talvez a erupção de TM tivesse acontecido então.
O facto de o termos divulgado agora, na sequência de um mail do próprio, que ele pediu para não colocarmos online (o que não fizemos...), não me parece motivo para a tamanha verborreia de ofensas que ele decidiu lançar.
Confesso, com toda a honestidade que, se admito algum deslize nosso, não compreendo tamanho bruá.
O que escrevemos baseia-se em factos verídicos - que raios, apenas escrevemos o nome oficial do homem por extenso e comparámo-lo com o nome político -, não deturpados mas apenas satirizados.
Quanto ao facto de nós usarmos nicks/pseudónimos, apenas gostava de sublinhar que isso é normal em muitos blogs e que o próprio TM escreve(u) num blog - Carvalhadas Online - em que isso é prática corrente, assim como a sátira aos adversários políticos.
O problema é que o nosso leitor TM não consegue vislumbrar as incoerências quando estão do seu lado.
Pedido de desculpas
Devemos a João Titta Maurício, um pedido de desculpas.
Com efeito ele mandou-nos um mail que versava o seguinte:
Como resposta enviámos-lhe o seguinte:
É certo que nos pediu para não colocar online o mail - o que não fizemos se não agora, mas sinceramente não percebemos que os dados eram confidenciais.
Percebemos - erradamente, talvez em virtude de alguma pressa ou alguma ligeireza - que apenas não queria que se pensasse que se "estava a armar aos cucos".
Ao mail que lhe enviámos não recebemos qualquer resposta.
Admito que teremos errado mas, também o confesso, acho que a sua reacção é perfeitamente despropositada.
Em nenhum ponto do nosso post faltámos à verdade, incorremos em calúnia/difamação, ou divulgámos dados confidenciais (julgo que o nome de uma pessoa não se inclui nessa categoria).
De qualquer modo, julgamos interessante a justificação dada para optar pela grafia "Titta", atribuindo-a a um erro de Secretaria.
Se aceita ou não o nosso pedido de desculpas, sinceramente, é consigo.
Se vai continuar "por aí", faz bem, porque se junta a um leque de notáveis.
Com efeito ele mandou-nos um mail que versava o seguinte:
«Já que estão curiosos sobre o congresso e só para vossa consulta, aqui vão algumas coisas:
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1221545&idCanal=12(esta está desactualizada... mas como nem repararam nisso... aqui vai para actualizarem o meu curricukum vitæ)... estou a brincar, ok
Isto é apenas uma brincadeira e não é para colocarem on line e parecer que estou armado aos cucos!»
Como resposta enviámos-lhe o seguinte:
«Como deve calcular - e depois de tanta conversa sobre os nomes - vamos embirrar com o facto de normalmente deixar cair os seus dois últimos apelidos. Era algo que já sabíamos mas que, como não achávamos relevante por aí além, nunca puxámos à conversa quando nos matracava com o anonimato e o orgulho de assinar com o próprio nome.
Para além disso, muito interessante o facto de "Tita" para a AR não ser o mesmo "Titta" que se faculta aos plebeus.
Portanto, agora não diga que não avisámos em que lado vamos bater.
AVP.»
Para além disso, muito interessante o facto de "Tita" para a AR não ser o mesmo "Titta" que se faculta aos plebeus.
Portanto, agora não diga que não avisámos em que lado vamos bater.
AVP.»
É certo que nos pediu para não colocar online o mail - o que não fizemos se não agora, mas sinceramente não percebemos que os dados eram confidenciais.
Percebemos - erradamente, talvez em virtude de alguma pressa ou alguma ligeireza - que apenas não queria que se pensasse que se "estava a armar aos cucos".
Ao mail que lhe enviámos não recebemos qualquer resposta.
Admito que teremos errado mas, também o confesso, acho que a sua reacção é perfeitamente despropositada.
Em nenhum ponto do nosso post faltámos à verdade, incorremos em calúnia/difamação, ou divulgámos dados confidenciais (julgo que o nome de uma pessoa não se inclui nessa categoria).
De qualquer modo, julgamos interessante a justificação dada para optar pela grafia "Titta", atribuindo-a a um erro de Secretaria.
Se aceita ou não o nosso pedido de desculpas, sinceramente, é consigo.
Se vai continuar "por aí", faz bem, porque se junta a um leque de notáveis.
"Para quê preservar... II
Foto do Brocas
... se podemos inaugurar".
Agora com o parque infantil dos Brejos Faria, também a precisar de uma lavagem de cara.
Vêm aí as eleições, a despesa não é muita, por isso quem de seu direito que dê a dica para darem um jeitinho ao sítio.
Bem, pelo menos este fim de semana a vegetação (leia-se "ervas daninhas") era luxuriante.
Sabemos que tínhamos prometido um especial no Alhos Vedros Visual hoje sobre este assunto, mas está difícil. Vamos ver o que se consegue.
Para baixo... II
Em recente conversa de trabalho da equipa editorial do blog começámos a fazer a contabilidade dos nossos amigos e colegas que têm desaparecido do "activo", entre falecidos, presos, "acidentados" e desaparecidos sem notícia.
A lista começa a ser muito grande.
Pouco tempo depois, em conversa com o meu pai, cheguei à conclusão que entre as minhas amizades de infância e adolescência e as dele, as baixas em combate não são muito diferentes.
Significa isto quea geração nascida até meados dos anos 60 em Alhos Vedros tem um índice de sobrevivência pouco superior ao da geração nascida na geração de 30, sendo bem maior a nossa taxa de "ir dentro", mesmo sem ser preciso existir ditadura.
Fiquei deprimido.
Foi preciso ir rever a camarada Anália para alegrar um pouco o espírito.
A lista começa a ser muito grande.
Pouco tempo depois, em conversa com o meu pai, cheguei à conclusão que entre as minhas amizades de infância e adolescência e as dele, as baixas em combate não são muito diferentes.
Significa isto quea geração nascida até meados dos anos 60 em Alhos Vedros tem um índice de sobrevivência pouco superior ao da geração nascida na geração de 30, sendo bem maior a nossa taxa de "ir dentro", mesmo sem ser preciso existir ditadura.
Fiquei deprimido.
Foi preciso ir rever a camarada Anália para alegrar um pouco o espírito.
Para baixo...
Não é que aprecie muito a publicação mas, como já tinha repetidamente referido, não recebo o Jornal da Moita há muitos meses. Hoje descobri que o meu colega de blog também não o recebe há algumas semanas e o mesmo sucede na casa do meu pai.
Aquilo extinguiu-se, passou a ser mais selectivo na distribuição, deixou de circular em Alhos Vedros ou é mesmo discriminação contra nós ?
Aquilo extinguiu-se, passou a ser mais selectivo na distribuição, deixou de circular em Alhos Vedros ou é mesmo discriminação contra nós ?
Para cima... II
Fui há um bocado ao Intermarché fazer umas compras de passagem.
o sítio está um bocado ao abandono e até parece que vai para obras.
Qual não é o meu espanto (ou nem tanto...), quando reparo no talão do Multibanco e vejo a morada da coisa !
Pois é !
Tal como o meu camarada co-editor já me tinha dito, tudo na margem esquerda da ribeira da Moita é freguesia de Alhos vedros, incluindo o campo do Moitense, o Intermarché, a Socorquex e a estação CP da Moita.
Significa isto que - ao contrário do que supõe Rui Garcia, esse grande conhecedor do território municipal - a freguesia de Alhos Vedros dispõe de quatro médias superfícies - dois Lidl, um Plus e um Intermarché - para não falar no Mestre Maco e naquele grossista de roupas ou que raio é.
A Moita só tem o Modelo do Carvalhinho.
Isto sim é desenvolvimento !
Para cima...
Temos de confessar que isto anda animado pelas caixas de comentários, desde a acesa discussão com os nossos "meta-críticos" até à comunhão nostálgica dos tempos de juvetude.
Neste último departamento, vou tentar resgatar mais algumas memórias literárias dos Verões Quentes de meados de 70. Da Enid Blyton ainda arranjo mais qualquer coisa, assim como também tenho uns Tarzans sem ser em banda desenhada (o Brocas também já me mandou a foto da sua colecção). Do resto vou ver o que escapou às limpezas e mudanças de casa.
Neste último departamento, vou tentar resgatar mais algumas memórias literárias dos Verões Quentes de meados de 70. Da Enid Blyton ainda arranjo mais qualquer coisa, assim como também tenho uns Tarzans sem ser em banda desenhada (o Brocas também já me mandou a foto da sua colecção). Do resto vou ver o que escapou às limpezas e mudanças de casa.
O 25 de Abril - As Memórias
Ainda me lembro dessa manhã, há 31 anos, em que retiraram a moldura com a fotografia do ex-Presidente do Conselho ladeada que estava pelas fotografias de Marcelo Caetano e Américo Tomás na escola pública quefrequentava.
Mandaram-nos cedo para casa porque as informaçoes ainda não eram muitas. Houve alguma parcimónia no final dessa manhã mas à tarde já estávamos a fazer o que sabíamos melhor. Jogar à bola.
A Cuf estava na 1° divisão e o Barreirense no sobe e desce. Mas, o Benfica e o Sporting é que contavam, o resto era só paisagem. No entanto, dado o carácter disciplinador da minha querida mãezinha não me safei aos trabalhos de casa, e se a professora não tivesse marcado nada, arranjava-se sempre uma cópiazinha e duas ou três divisões daquelas com números decimais seguido das respectivas provas.
É que o exame da 4ª classe estava aí à porta. E como se recordarão os mais velhos aqueles livros obrigavam as meninges a exercitarem-se com os nomes dos rios, serras,províncias ultramarinas, as séries dinásticas da realeza portuguesa e a infindável parafernália de reduções, provas dos nove, reais e sei lá que mais.Não eram os boatos sucessivos nem sequer o regresso dos exilados de renome que me preocupavam no início do Verão desse ano mas sim a melhor forma de ser aceitena equipa que ia „roubar lenha“ nos quarteirões circundantes. A nossa fogueira tinha que ser a maior de todas!.
E no intervalo, das intermináveis futeboladas contra a „malta lá de baixo“ que ganhávamos quase sempre, ainda tínhamos que fazer os cartuchos, recorrendo às Corin Tellados que já se tinham democratizado, para a guerra de canudos nas ruínas das „casas velhas“. Os mais velhos, no início da puberdade, alimentavam as suas pulsões sexuais com as Ginas e Lolas que de repente apareceram por todo olado.
Nós, os mais novos, achávamos aquilo uma chachada e queríamos mesmo era jogar às sargetas ou fazer parte da equipa dos mais velhos que iam caçar pardais para vender na barraquinha dos comes e bebes.
Os longos períodos a seguir ao almoço, irremediavelmente „a fazer a digestão“, eram passados a ler Mundos de Aventuras, Enid‘s Blyton, Salgari‘s e um ou outro Jules Verne. Ao cair da noite, às escondidas, iamos colar cartazes dos mais variados partidos para no dia seguinte, invariavelmente, irmos ouvir o que o Tó Coxo, de todos o mais esclarecidopolíticamente, dizia sobre o Ti Pedro, o jardineiro, que afinal era informador da Pide e dos inúmeros inimigos da revolução e da classe operária que se escondiam na maioria daquelas 3 assoalhadas daquela zona ...
No intervalo dessas sessoes de esclarecimento iamos jogar aos cantos para o portão da fábrica da cortiça e o Tó Coxo era quase sempre o guarda redes.
E podia defender com as muletas...
Eu e o Patilhas é que não gostávamos de muitas confusões e quando a malta era muita iamos para o portão de baixo treinar para, quando fóssemos grandes, não lhes dar as mínimas hipóteses. Até ao dia em que o Patilhas, num dos seus famosos estoiros , partiu o braço dum tenrinho de que já nao me lembro o nome.
Os Pais, esses, nunca mais deixaram o Patilhas vir brincar para a rua e eu perdi aquele que me podia continuar a ensinar as primeiras fintas à séria ...Mesmo na esquina da rua transversal à minha abriu a sede do PRP/BR, o verdadeiro partido das massas operárias.
Os seus membros, um deles era (e é) casado com uma prima minha pagavam-nos uns gelados daqueles de gelo e corante e nós toca de colar cartazes a apelar à luta armada e à tomada do poder pelo Povo. O Tó Coxo era mais UDP mas, como o PRP/BR, culpava o PCP pelo rumo dos acontecimentos. À tardinha, iamos para o Parque jogar ao „espeta“, às covinhas (não gostava muito porque os mais velhos abafavam-me sempre os melhores papas que conseguia ganhar aos domingos quando ia esperar os pombos para o pé do quartel dos bombeiros do Barreiro ) e ao „lá vai alho“ até que a chegada dos vauxhall‘s, fiat‘s 124, opel‘s rekord, e ford’s capri dos nossos pais nos obrigassem a dar uma corrida por aquelas calçadas, onde ainda tinhamos presente o troar do galope dos cavalos da GNR, para ter tempo de lavar os pés e as mãos antes de nos sentarmos à mesa para jantar ...
Com os melhores cumprimentos
Lâmina
Mandaram-nos cedo para casa porque as informaçoes ainda não eram muitas. Houve alguma parcimónia no final dessa manhã mas à tarde já estávamos a fazer o que sabíamos melhor. Jogar à bola.
A Cuf estava na 1° divisão e o Barreirense no sobe e desce. Mas, o Benfica e o Sporting é que contavam, o resto era só paisagem. No entanto, dado o carácter disciplinador da minha querida mãezinha não me safei aos trabalhos de casa, e se a professora não tivesse marcado nada, arranjava-se sempre uma cópiazinha e duas ou três divisões daquelas com números decimais seguido das respectivas provas.
É que o exame da 4ª classe estava aí à porta. E como se recordarão os mais velhos aqueles livros obrigavam as meninges a exercitarem-se com os nomes dos rios, serras,províncias ultramarinas, as séries dinásticas da realeza portuguesa e a infindável parafernália de reduções, provas dos nove, reais e sei lá que mais.Não eram os boatos sucessivos nem sequer o regresso dos exilados de renome que me preocupavam no início do Verão desse ano mas sim a melhor forma de ser aceitena equipa que ia „roubar lenha“ nos quarteirões circundantes. A nossa fogueira tinha que ser a maior de todas!.
E no intervalo, das intermináveis futeboladas contra a „malta lá de baixo“ que ganhávamos quase sempre, ainda tínhamos que fazer os cartuchos, recorrendo às Corin Tellados que já se tinham democratizado, para a guerra de canudos nas ruínas das „casas velhas“. Os mais velhos, no início da puberdade, alimentavam as suas pulsões sexuais com as Ginas e Lolas que de repente apareceram por todo olado.
Nós, os mais novos, achávamos aquilo uma chachada e queríamos mesmo era jogar às sargetas ou fazer parte da equipa dos mais velhos que iam caçar pardais para vender na barraquinha dos comes e bebes.
Os longos períodos a seguir ao almoço, irremediavelmente „a fazer a digestão“, eram passados a ler Mundos de Aventuras, Enid‘s Blyton, Salgari‘s e um ou outro Jules Verne. Ao cair da noite, às escondidas, iamos colar cartazes dos mais variados partidos para no dia seguinte, invariavelmente, irmos ouvir o que o Tó Coxo, de todos o mais esclarecidopolíticamente, dizia sobre o Ti Pedro, o jardineiro, que afinal era informador da Pide e dos inúmeros inimigos da revolução e da classe operária que se escondiam na maioria daquelas 3 assoalhadas daquela zona ...
No intervalo dessas sessoes de esclarecimento iamos jogar aos cantos para o portão da fábrica da cortiça e o Tó Coxo era quase sempre o guarda redes.
E podia defender com as muletas...
Eu e o Patilhas é que não gostávamos de muitas confusões e quando a malta era muita iamos para o portão de baixo treinar para, quando fóssemos grandes, não lhes dar as mínimas hipóteses. Até ao dia em que o Patilhas, num dos seus famosos estoiros , partiu o braço dum tenrinho de que já nao me lembro o nome.
Os Pais, esses, nunca mais deixaram o Patilhas vir brincar para a rua e eu perdi aquele que me podia continuar a ensinar as primeiras fintas à séria ...Mesmo na esquina da rua transversal à minha abriu a sede do PRP/BR, o verdadeiro partido das massas operárias.
Os seus membros, um deles era (e é) casado com uma prima minha pagavam-nos uns gelados daqueles de gelo e corante e nós toca de colar cartazes a apelar à luta armada e à tomada do poder pelo Povo. O Tó Coxo era mais UDP mas, como o PRP/BR, culpava o PCP pelo rumo dos acontecimentos. À tardinha, iamos para o Parque jogar ao „espeta“, às covinhas (não gostava muito porque os mais velhos abafavam-me sempre os melhores papas que conseguia ganhar aos domingos quando ia esperar os pombos para o pé do quartel dos bombeiros do Barreiro ) e ao „lá vai alho“ até que a chegada dos vauxhall‘s, fiat‘s 124, opel‘s rekord, e ford’s capri dos nossos pais nos obrigassem a dar uma corrida por aquelas calçadas, onde ainda tinhamos presente o troar do galope dos cavalos da GNR, para ter tempo de lavar os pés e as mãos antes de nos sentarmos à mesa para jantar ...
Com os melhores cumprimentos
Lâmina
Breaking News
Conforme se pode constatar aqui (de acordo com informação facultada pelo próprio), embora no site da AR ainda não se ache tal informação, chegou a deputado da Nação, pelo círculo eleitoral de Setúbal, o distinto cidadão João José Melo Nunes.
Ora bem, dir-me-ão todos os leitores (menos um):
- E nós com isso ? Quem é esse tipo, afinal ?
Gngngngngngngn, isto dá-me MUITO gozo, lá isso dá...
Vou prolongar a coisa, a expectativa, a ânsia, o suspense...
Não aguento mais, estou a rebentar... já estou roxo de antecipação.
É nem mais nem menos que João Titta Maurício, nomeado o "inquisidor-mor" deste blog !
Voltarão vós, em coro, a dizer:
NÃO !
João José Melo Nunes não se parece muito com João Titta Maurício.
Pois é, mas as iludências aparudem, o que é que querem !
Então não é que:
a) Titta Maurício chegou a deputado, sendo ainda (link fornecido pelo próprio) vogal da Comissão Política Nacional do novo CDS (ex-PP).
b) Para efeitos de Parlamento, afinal "Titta" é "Tita". Contra tudo o que acreditávamos, o homem não tem dupla consoante no nome. Afinal - e nisso seremos obrigados a corrigir o sapo cocas - a parolice tem limites e o homem sempre tem um nome normal.
c) Depois de nos acusar repetidamente de não usarmos a nossa identidade quando escrevemos e de ele gostar de dar a cara e o nome ao que escreve, vem-se a saber que ele "deixa cair" os seus dois últimos apelidos na sua persona pública ? Não temos nada quanto aos motivos; a bem dizer já o descobríramos há uns bons meses, mas decidimos não usar esse detalhe em discussão, porque poderiam existir razões do foro íntimo para tal, com as quais não devemos, nem temos o direito de nos meter. No entanto, perante a disponibilização pelo próprio do acesso a tais dados, não podemos deixar de assinalar esta ligeira, ligeiríssima, preversão dos seus argumentos.
Resta ainda escrever que do âmbito desta paulada demos conhecimento ao próprio antecipadamente.
Agora resta-nos ir fumar o primeiro cigarrinho da vida, porque isto deu mmmmuuuuuiiiiitttttooooo gozo.
Foi tipo orgasmo suíno (e podem fazer os comentários que quiserem quanto a esta expressão, porque estamos invadidos de um estado tal de beatitude que damos todas as faces que quiserem).
Ora bem, dir-me-ão todos os leitores (menos um):
- E nós com isso ? Quem é esse tipo, afinal ?
Gngngngngngngn, isto dá-me MUITO gozo, lá isso dá...
Vou prolongar a coisa, a expectativa, a ânsia, o suspense...
Não aguento mais, estou a rebentar... já estou roxo de antecipação.
É nem mais nem menos que João Titta Maurício, nomeado o "inquisidor-mor" deste blog !
Voltarão vós, em coro, a dizer:
NÃO !
João José Melo Nunes não se parece muito com João Titta Maurício.
Pois é, mas as iludências aparudem, o que é que querem !
Então não é que:
a) Titta Maurício chegou a deputado, sendo ainda (link fornecido pelo próprio) vogal da Comissão Política Nacional do novo CDS (ex-PP).
b) Para efeitos de Parlamento, afinal "Titta" é "Tita". Contra tudo o que acreditávamos, o homem não tem dupla consoante no nome. Afinal - e nisso seremos obrigados a corrigir o sapo cocas - a parolice tem limites e o homem sempre tem um nome normal.
c) Depois de nos acusar repetidamente de não usarmos a nossa identidade quando escrevemos e de ele gostar de dar a cara e o nome ao que escreve, vem-se a saber que ele "deixa cair" os seus dois últimos apelidos na sua persona pública ? Não temos nada quanto aos motivos; a bem dizer já o descobríramos há uns bons meses, mas decidimos não usar esse detalhe em discussão, porque poderiam existir razões do foro íntimo para tal, com as quais não devemos, nem temos o direito de nos meter. No entanto, perante a disponibilização pelo próprio do acesso a tais dados, não podemos deixar de assinalar esta ligeira, ligeiríssima, preversão dos seus argumentos.
Resta ainda escrever que do âmbito desta paulada demos conhecimento ao próprio antecipadamente.
Agora resta-nos ir fumar o primeiro cigarrinho da vida, porque isto deu mmmmuuuuuiiiiitttttooooo gozo.
Foi tipo orgasmo suíno (e podem fazer os comentários que quiserem quanto a esta expressão, porque estamos invadidos de um estado tal de beatitude que damos todas as faces que quiserem).
O 25 de Abril - O Alfarrábio
Muitas vezes quem fala do Estado Novo e do seu aspecto repressivo, ignora que a Constituição de 1933 é formalmente um documento em que estão presentes muitos dos princípios que respeitam a Democracia e as Liberdades dos cidadãos - a liberdade de expressão, de ensino, de trabalho, o respeito pela liberdade pessoal e pelo domícilio, entre outras garantias, encontram-se garantidas no título II, artigo 8º.
O problema era a "portinha" aberta no § 2º do artigo 20º do mesmo título em que se afirma:
«Leis especiais regularão o exercício de liberdade do pensamento, de ensino, de reunião e de associação, devendo, quanto à primeira, impedir preventivamente ou repressivamente a preversão da opinião pública na sua função de fôrça social, e salvaguardar a integridade moral dos cidadãos (...).»
Era aqui que a porca torcia o rabo... e não só...
segunda-feira, abril 25, 2005
TAMBÉM TEMOS CANDIDATA !!!
Não é só PS que tem uma candidata à Presidência da CMM.
Não é só a CDU que ainda não sabe se vai ter uma mulher candidata à Presidência da CMM.
Somos também nós que conseguimos aliciar Anália Rodrigues (os mais antigos leitores, lembrar-se-ão dela, nos primórdios do AV Visual) para ser a candidata - e que candidata - do movimento AVP (Alhos Vedros ao Poder, para os mais lentos como os camaradas "meta-críticos") na próxima refrega eleitoral local.
Desiludida com o desempenho da dupla dinâmica e com a chegada da assessora Regina à CMM, incompreendida por um PS que preferiu Eurídice Pereira, desprezada por um PSD mais preocupado com os toiros de morte, por um CDS que acha ser pecado e por um Bloco que acha esta atitude politicamente incorrecta e exploradora dos estereotipos femininos, Anália voltou-se para nós, voltou-se muito bem, e nós acolhêmo-la de braços abertos (antes de os fechar em seu redor).
Por isso, neste dia de Festa, de Liberdade, de Inaugurações, aqui estamos nós a apresentar a nossa candidata de corpo inteiro - e que corpo, por Deus, por Marx e por tudo o mais -, em pose de pré-candidatura obtida nas escaldantes praias do Rosário.
Com Anália Rodrigues a encabeçar o nosso movimento, teremos uma plataforma eleitoral horizontal e receptiva a todos os contributos.
Por isso esperamos, muitas adesões a partir deste momento (e que adesão a candidata Anália desperta em nós).
(Recomenda-se aos leitores mais púdicos que, enquanto lutam com os pruridos, se benzam dez vezes e mudem rapidamente de página, enquanto aos mais sérios e profundos - tipo "meta-críticos - que se dirijam a outras paragens mais inteligentes e bestuntas como o Abrupto, o Causa Nossa, o Aviz, até o próprio Almocreve das Petas, onde não correm o risco de encontar estas manifestações de humor duvidoso. Boa Viagem...)
Interlúdio
Já aqui assinalámos há tempos o aparecimento no nosso blog – nomeadamente nas caixas de comentários – dos chamados “meta-críticos”, ou seja, daqueles que nos criticam por sermos apenas críticos, mas que eles próprios não fazem mais do que isso – e em segunda mão.
O mais conhecido – ou conhecida, porque me pareceu ser do belo sexo – assinava como ABF.
Sempre que o(a) convidei para expor as suas ideias e demonstrar o equívoco das nossas, desapareceu durante uns tempos e, a partir de certa altura, deixou de comentar ou assimiu novo nick/pseudónimo.
Esclareçamos o seguinte:
Aqui no blog ninguém se incomoda com comentários ou críticas por anónimos ou incógnitos, porque o que nos interessa são as ideias e os argumentos e não necessariamente o nome das pessoas. Ao contrário de alguns leitores, não nos incomoda responder a textos assinados com iniciais. E não assinamos com o nosso nome porque não queremos comentários daqueles tipo Barnabé, em que aparecem só para dar beijinhos ou para relembrar episódios do passado comum.
Só que – e infelizmente – alguns dos que nos criticam por assinarmos sob pseudónimo e só sermos do contra, não fazem melhor, muito pelo contrário, pois também assinam com pseudónimo e são contra os que estão contra, mas não dizem abertamente a favor do que estão.
Há uns dias voltaram estes comentários “meta-críticos”, só que agora com pseudónimos florais e outros.
Tudo bem. Vivemos com isso com a melhor das disposições.
E sejamos claros. Não temos o mínimo interesse em conhecer a respectiva identidade.
Quase por certo já nos conhecemos no passado e, graças ao destino, o presente não nos obriga a cruzarmo-nos com frequência. Aliás, ainda não existe reportagem sobre a exposição da AAG, porque não quis correr o risco de encontrar alguns desses rostos que gostam de aparecer, muito dizer e pouco fazer.
Só que, como gostamos de dar a palavra a quem parece tê-la e saber muito (já que nos acusa de não sabermos nada e so escrevermos disparates não fundamentados), insistimos em convidar essas pessoas a manifestarem aqui as suas posições. Já divulgámos aqui manifestos do CDS (Titta Maurício), cartas de pessoas ligadas ao PS (Vitor Cabral, Luís Guerreiro), opiniões de leitores da CDU (bs), abundante material fotográfico de um simpatizante bloquista (estou certo ou não, caro amigo brocas ?), por isso não exercemos qualquer tipo de censura.
Aliás, se aqui no blog foi feito o apelo directo ao voto na CDU nas eleições de 20 de Fevereiro, qual é a lógica de nos acusarem de estarmos ao serviço do PS e só contra o PC ?
Para quando teremos direito à opinião de quem nos parece muito feliz com o poder instalado da CMM, de quem parece bem posicionado nas estruturas locais do PCP/CDU, de quem nos acha injustos para com a gestão autárquica moiteira mas, no fundo, no fundo, desaparece sempre que lhe dão a hipótese de manifestar a sua clarividência ?
É verdade que nós opinamos sobre tudo e sobre nada, que escrevemos mais do que deveríamos e criticamos mais do que o conveniente.
Mas, concedam-nos ao menos isso, abrimos um espaço de discussão que antes não existia em Alhos Vedros e damos a palavra a todos.
Se nos criticam por sermos críticos, então ensinem-nos como se faz, como se diz, como se escreve.
Esclareçam-nos como foi, como é e como será.
De caminho – e para não perderem a embalagem – expliquem-nos porque ao fim de 31 anos de democracia e 29 de poder autárquico democraticamente eleito, o concelho da Moita (e neste contexto a freguesia de Alhos Vedros só ganhará ao vale da Amoreira) é o mais pobre de uma zona já de si bastante deprimida – a Península de Setúbal ?
Sabemos que alguém será necessariamente o último de uma lista, ou ocupar o fundo de uma escala de indicadores de riqueza e que alguém tem de fechar a porta, mas porquê nós ? Sempre nós ?
É uma dúvida semelhante à que se coloca sobre Portugal no contexto europeu.
Porque temos de ser nós a apanhar continuamente com a “fava” ?
O que explica o insucesso ?
É só azar ?
Má vontade dos astros ?
Não nos venham com histórias de piscinas e de requalificações de meio tostão que deviam estar feitas há mais que tempo se tivesse existido cuidado em preservar antes de se estragar.
O que queremos é saber porque o marasmo se instalou e não desanda, por mais rotundas que façam para deslocar o pessoal das Fontes da Prata para a Moita ?
Expliquem-nos caros “meta-críticos” esclarecidos e informados, porque é que nós fazemos a lista dos objectivos de uma responsável autárquica para o seu mandato e de sete só foi concretizado um, mas mesmo assim se calhar a pessoa até é promovida ?
Expliquem-nos porque é que um vereador só diz coisas sem nexo, prometendo mundos e fundos de investimentos, criticando a inacção do Poder Central em diversas áreas, mas obra sua não se lhe conhece nada de nada ?
Explique-nos porque o novo presidente da Câmara - não-eleito para esse cargo, numa sucessão com algo por explicar - parece apenas interessado em aliciar o lobby taurino para evitar maior erosão de votos ?
Apresentem-nos ideias claras, projectos exequíveis e calendarizações que não obedeçam às conveniências eleitorais.
Isso já nos chegava.
Nota final: Caros aparelhistas locais, não façam como as testemunhas de Jeová que me tentam converter, sabendo menos dos textos sagrados do que eu. Eu li o Manifesto do Partido Comunista aos 12 anos porque uma professora da Secundária da Moita me obrigou a isso em 77/78 e os Textos Escolhidos do Marx (edições Avante) antes dos 15 para poder debater com o meu pai. Por isso, não venham com tretas coladas com cuspo para arranjar um emprego na CMM.
O mais conhecido – ou conhecida, porque me pareceu ser do belo sexo – assinava como ABF.
Sempre que o(a) convidei para expor as suas ideias e demonstrar o equívoco das nossas, desapareceu durante uns tempos e, a partir de certa altura, deixou de comentar ou assimiu novo nick/pseudónimo.
Esclareçamos o seguinte:
Aqui no blog ninguém se incomoda com comentários ou críticas por anónimos ou incógnitos, porque o que nos interessa são as ideias e os argumentos e não necessariamente o nome das pessoas. Ao contrário de alguns leitores, não nos incomoda responder a textos assinados com iniciais. E não assinamos com o nosso nome porque não queremos comentários daqueles tipo Barnabé, em que aparecem só para dar beijinhos ou para relembrar episódios do passado comum.
Só que – e infelizmente – alguns dos que nos criticam por assinarmos sob pseudónimo e só sermos do contra, não fazem melhor, muito pelo contrário, pois também assinam com pseudónimo e são contra os que estão contra, mas não dizem abertamente a favor do que estão.
Há uns dias voltaram estes comentários “meta-críticos”, só que agora com pseudónimos florais e outros.
Tudo bem. Vivemos com isso com a melhor das disposições.
E sejamos claros. Não temos o mínimo interesse em conhecer a respectiva identidade.
Quase por certo já nos conhecemos no passado e, graças ao destino, o presente não nos obriga a cruzarmo-nos com frequência. Aliás, ainda não existe reportagem sobre a exposição da AAG, porque não quis correr o risco de encontrar alguns desses rostos que gostam de aparecer, muito dizer e pouco fazer.
Só que, como gostamos de dar a palavra a quem parece tê-la e saber muito (já que nos acusa de não sabermos nada e so escrevermos disparates não fundamentados), insistimos em convidar essas pessoas a manifestarem aqui as suas posições. Já divulgámos aqui manifestos do CDS (Titta Maurício), cartas de pessoas ligadas ao PS (Vitor Cabral, Luís Guerreiro), opiniões de leitores da CDU (bs), abundante material fotográfico de um simpatizante bloquista (estou certo ou não, caro amigo brocas ?), por isso não exercemos qualquer tipo de censura.
Aliás, se aqui no blog foi feito o apelo directo ao voto na CDU nas eleições de 20 de Fevereiro, qual é a lógica de nos acusarem de estarmos ao serviço do PS e só contra o PC ?
Para quando teremos direito à opinião de quem nos parece muito feliz com o poder instalado da CMM, de quem parece bem posicionado nas estruturas locais do PCP/CDU, de quem nos acha injustos para com a gestão autárquica moiteira mas, no fundo, no fundo, desaparece sempre que lhe dão a hipótese de manifestar a sua clarividência ?
É verdade que nós opinamos sobre tudo e sobre nada, que escrevemos mais do que deveríamos e criticamos mais do que o conveniente.
Mas, concedam-nos ao menos isso, abrimos um espaço de discussão que antes não existia em Alhos Vedros e damos a palavra a todos.
Se nos criticam por sermos críticos, então ensinem-nos como se faz, como se diz, como se escreve.
Esclareçam-nos como foi, como é e como será.
De caminho – e para não perderem a embalagem – expliquem-nos porque ao fim de 31 anos de democracia e 29 de poder autárquico democraticamente eleito, o concelho da Moita (e neste contexto a freguesia de Alhos Vedros só ganhará ao vale da Amoreira) é o mais pobre de uma zona já de si bastante deprimida – a Península de Setúbal ?
Sabemos que alguém será necessariamente o último de uma lista, ou ocupar o fundo de uma escala de indicadores de riqueza e que alguém tem de fechar a porta, mas porquê nós ? Sempre nós ?
É uma dúvida semelhante à que se coloca sobre Portugal no contexto europeu.
Porque temos de ser nós a apanhar continuamente com a “fava” ?
O que explica o insucesso ?
É só azar ?
Má vontade dos astros ?
Não nos venham com histórias de piscinas e de requalificações de meio tostão que deviam estar feitas há mais que tempo se tivesse existido cuidado em preservar antes de se estragar.
O que queremos é saber porque o marasmo se instalou e não desanda, por mais rotundas que façam para deslocar o pessoal das Fontes da Prata para a Moita ?
Expliquem-nos caros “meta-críticos” esclarecidos e informados, porque é que nós fazemos a lista dos objectivos de uma responsável autárquica para o seu mandato e de sete só foi concretizado um, mas mesmo assim se calhar a pessoa até é promovida ?
Expliquem-nos porque é que um vereador só diz coisas sem nexo, prometendo mundos e fundos de investimentos, criticando a inacção do Poder Central em diversas áreas, mas obra sua não se lhe conhece nada de nada ?
Explique-nos porque o novo presidente da Câmara - não-eleito para esse cargo, numa sucessão com algo por explicar - parece apenas interessado em aliciar o lobby taurino para evitar maior erosão de votos ?
Apresentem-nos ideias claras, projectos exequíveis e calendarizações que não obedeçam às conveniências eleitorais.
Isso já nos chegava.
Nota final: Caros aparelhistas locais, não façam como as testemunhas de Jeová que me tentam converter, sabendo menos dos textos sagrados do que eu. Eu li o Manifesto do Partido Comunista aos 12 anos porque uma professora da Secundária da Moita me obrigou a isso em 77/78 e os Textos Escolhidos do Marx (edições Avante) antes dos 15 para poder debater com o meu pai. Por isso, não venham com tretas coladas com cuspo para arranjar um emprego na CMM.
Leituras subversivas
O 25 de Abril - A Estante II
Este foi o segundo grande momento de encontro, na década de 80, dos estudiosos do Estado Novo e temas conexos, agora com um âmbito cronológico mais alargado que já incorpora a década de 50.
Realizou-se em Novembro de 1986 (publicação em 2 volumes em 1987 pela Fragmentos) e representa a confluência de diversas tendências ideológicas, com ênfase natural nos herdeiros da oposição à ditadura, que mais tarde acabariam por se fragmentar nos anos 90, criando nichos académicos formatados de acordo com os respectivos patronos.
Não vale a pena referir nomes, pois estão aqui todos os que, hoje e nem sempre na sombra, controlam a construção da memória da ditadura e das origens da nossa democracia.
As Actas, devido à amplitude dos participantes e de perspectivas, são mais desiquilibradas do que as do colóquio de 1980, mas encontram-se aqui muito mais pistas para exploração do que, infelizmente, as que viriam a ser posteriormente seguidas.
O 25 de Abril - A Estante
A bibliografia essencial para compreender o 25 de Abril, o regime autoritário que o antecedeu e a democracia que lhe sucedeu, começa a ter alguma riqueza quantitativa, mesmo se ainda não prima pela diversidade qualitativa.
Significa isso que, em especial na última década muito foi produzido em quantidade, mesmo se o mesmo nem sempre teve correspondência na qualidade e, muito especial, na diversidade.
Temos alguns acantonamentos académicos clientelares, fiéis a determinadas doutrinas e pouco escapa a isso.
Mas, tristezas à parte, convém assinalar aqui alguns marcos desse percurso bibliográfico de três décadas.
Comecemos por este volume de Actas, resultante do primeiro grande encontro de historiadores, sociólogos e politólogos (e não só...) portugueses em torno do Fascismo em Portugal.
Aconteceu em Março de 1980 na Faculdade de Letras e aí surgiram alguns estudos seminais para a compreensão do Estado Novo em Portugal, muito particularmente do seu período inicial pré-II Guerra Mundial, quando a ditadura portuguesa estava em consonância com o espírito dos tempos. Nomes como Piteira Santos, Villaverde Cabral, Braga da Cruz, Pacheco Pereira, António José Telo, António Costa Pinto, entre outros, apresentavam trabalho feito e, apesar de tudo, com algum distanciamento histórico e não apenas como panfletos contra o regime salazarista.
Publicado pela editora A Regra do Jogo, ligada a João Soares, este é, na minha opinião, o primeiro marco bibliográfico decisivo da produção ensaística nacional sobre o Estado Novo que ultrapassa o simples estatuto de "escrita comprometida" com os acontecimentos.
E agora... ?
Estalam foguetes...
domingo, abril 24, 2005
Antes de me ir embora...
... apenas dizer que subimos ao 91º lugar do top de páginas diárias do Weblog.
Em mais de 900 blogs não é mau (em nº de visitantes estamos mais para baixo).
Não se admirem se o link amanhã já der outros resultados, porque é actualizado diariamente e nós ao fim de semana costumamos ter menos audiência.
Em mais de 900 blogs não é mau (em nº de visitantes estamos mais para baixo).
Não se admirem se o link amanhã já der outros resultados, porque é actualizado diariamente e nós ao fim de semana costumamos ter menos audiência.
A apresentação é amanhã...
... da candidata do movimento Alhos Vedros ao Poder às próximas autárquicas.
Como ouvimos dizer à boca pequena que a disputa entre CDU e PS poderá vir a ser entre duas mulheres, tabém quisemos entrar na brincadeira e vamos lançar Anália Rodrigues às feras. Mesmo que não se confirme uma candidatura feminina pela CDU, sempre temos a hipótese de desafiarmos a nova assessora do actual presidente para um frente-a-frente de assessores (que no caso do Movimento AVP seríamos nós) e assim podermos confirmar as boas referências que temos da senhora.
Por tudo isso e muito mais, escolhemos a data simbólica de 25 de Abril para apresentarmos o nosso primeiro cartaz da pré-campanha do AVP com a nossa correlegionária Anália de corpo inteiro (e que corpo...).
Como ouvimos dizer à boca pequena que a disputa entre CDU e PS poderá vir a ser entre duas mulheres, tabém quisemos entrar na brincadeira e vamos lançar Anália Rodrigues às feras. Mesmo que não se confirme uma candidatura feminina pela CDU, sempre temos a hipótese de desafiarmos a nova assessora do actual presidente para um frente-a-frente de assessores (que no caso do Movimento AVP seríamos nós) e assim podermos confirmar as boas referências que temos da senhora.
Por tudo isso e muito mais, escolhemos a data simbólica de 25 de Abril para apresentarmos o nosso primeiro cartaz da pré-campanha do AVP com a nossa correlegionária Anália de corpo inteiro (e que corpo...).
Verdadeiramente sobre-humano...
... foi o esforço exigido ao António de Figueiredo e ao resto da Direcção do Estoril para não saltarem de entusiasmo a cada golo do Benfica e quando o jogo acabou.
Assim, aquela malta ainda fica mal do coração.
(Sabemos que escrever aqui sobre futebol tem o mesmo efeito explosivo de escrever sobre o Papa, mas não fui capaz de resistir.)
Assim, aquela malta ainda fica mal do coração.
(Sabemos que escrever aqui sobre futebol tem o mesmo efeito explosivo de escrever sobre o Papa, mas não fui capaz de resistir.)
Já não há segredos !
Os documentos que marcam o final da coligação de esquerda em Lisboa já estão online (como é que foram parar num site de um curso de pilotagem da Força Aérea é que eu gostava de saber... e como o Tugir descobriu a coisa também...).
Não sei quem tem a culpa, mas confesso que eu também não estaria para aturar o Carrilho.
Antes de Oposição um fartote que tamanha má-sorte.
Não sei quem tem a culpa, mas confesso que eu também não estaria para aturar o Carrilho.
Antes de Oposição um fartote que tamanha má-sorte.
Há festa na aldeia !
Quem tramou o Telmito ???
Ligo eu a televisão e que descubro ?
O Telmo Correia perdeu a eleição para presidente do CDS para o Ribeiro e Castro !!!
Andou o moço cerca de dois meses a dizer que não, que não queria, que não lhe apetecia, que não coiso e loiso e quando, por fim, decide dar o passo em frente, sacam-lhe o tapete mesmo de debaixo dos pés.
Caramba, que é daqueles fins de semana que um tipo não deve sair à rua.
Salto, não salto, salto, não salto, salto e... catrapuf, mesmo no meio da poça de lama.
Sinceramente, não sei se é bem feito, porque devem ter havido tantos jogos de bastidores que ainda não percebi que volta aquilo deu.
Agora que a Zézinha teve dedo na coisa teve. E o Lobo Xavier ajudou à história.
E até já se coloca a hipótese de o CDS ir rever a sua actual posição europeísta !
Isto está bonito.
Já agora, alguém deu - no meio desta embrulhada - pelo nosso "inquisidor" particular ?
Será que ele saltou para a carruagem certa ?
É que não sei o que será pior, aturá-lo impante de orgulho ou ressabiado até mais não !
"Para quê preservar...
Foto do Brocas
... se podemos inaugurar" é o tema que demos a um novo conjunto de reportagens fotográficas do Brocas sobre diversos espaços da nossa freguesia que continuam ao abandono e sem aparente manutenção, nestes tempos de obras apressadas pelos calendários eleitorais.
O que é tanto mais grave porque, em muitos casos, são espaços teoricamente dedicados aos mais novos e, por isso mesmo, carentes de um cuidado atento e constante.
Neste caso temos o Parque "A União Faz a Força" nas Arroteias.
Reportagem mais alongada na próxima 3ª feira no Alhos Vedros Visual já que hoje temos o Suplemento Dominical e amanhã teremos o Especial 25 de Abril em Imagens.
Muito simpático...
... este cd dos Pink Martini, saído em final de 2004, em especial para ser ouvido calmamente numa tarde de Domingo. É uma espécie de cocktail retro-latino-chic, mas muitíssimo agradável.
Faixas imperdíveis: Je ne veux pas travailler (isso é comigo), Donde estas, yolanda ? (isso é lá com ela), Lilly, Brazil e muitas mais.
Agradável surpresa
Corria o ano de 1987 e, entre o muito pop de má qualidade que nos chegava dos EUA, apareceu-nos uma rapariguita de seu nome Tiffany a cantar uma cantiguita muito fraquita que respondia pelo título de I Think We're Alone Now. A letra era uma treta, a música era uma treta ao quadrado, o vídeo era bostífero e a ninfeta de 16 aninhos não entusiasmava muito. Poucos meses depois, ninguém se lembrava dela.
Ora bem.
A moçoila cresceu, ganhou este aspecto saudável, e acabou nas páginas da Playboy.
É para eu aprender a nunca desdenhar à primeira vista e a pensar que se deve apostar no futuro.
(Com os devidos agradecimentos ao Queridos Anos 80)
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