... a única certeza que tenho é que não há respostas ou análises fáceis ou simplistas que ajudem a resolver o problema.
Vamos a entender-nos: não apoio a investida desproporcionada dos israelitas, nem a táctica tele-comandade por teerão do Hezbollah, que se está nas tintas para o sofrimentos dos palestinianos de Gaza ou da generalidade dos libaneses.
Não concordo com a política americana para aquela zona, mas também não acho que a solução passe por tornar Israel ou a Palestina estados inviáveis, porque incapazes de manter a sua segurança face ao exterior.
Por isso, fico sempre muito "divertido" quando encontro a malta do costume nas trincheiras do costume.
A "Esquerda", a pura e dura com "E", está sempre contra Israel e a favor dos Palestinianos, a afirmar-se pela paz, mas a não condenar todos os que a ameaçam.
Os pró-americanos (e note-se que não usei a "Direita", porque isto aqui tem muitos matizes e mais estranhos do que por vezes se pensa, evido aos "infiltrados") são pró-israelitas e estão sempre e logo a afavor de Israel e contra os "terroristas", ignorando o terrorismo de Estado.
Também por isto, fico logo de antenas no ar quando leio a opinião bem-pensante, normalmente do Bloco, a clamar tudo e mais alguma coisa contra Israel, enquanto vai passar férias à Síria, como é o caso do Daniel Oliveira que no seu Arrastão parece acreditar que o apoio ao Hezbollah em Damasco é uma consequência da guerra e não sinal de uma das causas (deve ser ingenuidade, claro...), ou mais perto de nós quando um dirigente bloquista regional, Carlos Guinote de seu nome, debita no jornal Primeira Página, um chorrilho de disparates que podiam ser escritos a semana passada, há 10, 20, 30 ou 40 anos, como se nada tivesse mudado por aquelas bandas e como se, aí temos que admitir a coerência, a luta armada contra o "invasor" legitima todas as consequências laterais para a população civil. A citação usada parailustrar este post está apenas ao nível do resto do artigo que é mau, muito mau.
É incrível a permanência da mentalidade do "antes mortos que do lado errado".
É este exactamente o mesmo fundamentalismo que provoca a guerra a que assistimos.
É com este tipo de posições que se amassam as ortodoxias exclusivistas e mortíferas, porque há muito abdicaram de pensar, para se tornarem "impermeáveis" a qualquer fissura ou cedência.
Porque tentar compreender os "outros" seria sinal de vergonhosa e punível fraqueza.
AV1
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