segunda-feira, julho 17, 2006

Fosga-se que estou imparável

Correndo o risco de (en)fartar a malta continuo nesta senda peregrina de devolver o léxico moiteiro ancestral à modernidade.
É uma tarefa hercúlea, mas alguém tem de a fazer, para bem da Humanidade.

Amboidestro - moiteiro corneável por ambos os lados.

Antroboilogia - única ciência social e humana com dignidade de proceder ao estudo das boiófilias e taurinices afins. Os antrobóilogos são os únicos "intelectuais" aceites na Boita sem serem recebidos à escarreta e ao coça-coça nas partes pudendas por parte dos aficionados.

Boiazona - moiteira esbelta como uma vaquinha charolesa ou frísia no esplendor dos seus 4 anos, ainda antes de ter vitelinhos ou mesmo depois, desde que tenha uns bons úberes.

Boiblía - livro que faça a estória das estórias taurinas na Boita. Parece que há um feito por um aficionado local, antrobóilogo de formação.

Boileia - moiteiro em trajecto aéreo, depois de corneado em plena largada, a meio caminho da amboilância (ver post anterior).

Boiletim - publicação taurina mais ou menos periódica. O Boita-Tauromaquia é um exemplo local e o Boirladero é um exemplo não local.

Boirrachinho - moiteirinha em idade de debute e com palmo e meio de cara, que as há, as há. Passado o debute é que as madeixas alouradas e a maquilhagem de mau gosto estragam tudo.

Boite - casa de diversão nocturna onde o gado moiteiro se reune para estabelecimento de futuras e fugazes relações afectivas. Fico por aqui, porque este terreno é pantanoso, muito pantanoso.

Erudito - qualquer pessoa, estranha à Boita, capaz de ler um livro que não seja a boiblía. Espécie a abater, ou a manter à margem, por manifesta inutilidade na vida quotidiana e no pensamento moiteiro.

Livro - vocábulo desconhecido, a menos que tenha imagens bovinas e nesse caso é uma boiblía (ver mais acima).

AV1

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