segunda-feira, julho 24, 2006

Triste, apenas

Do Correio da Manhã:
«Pai e filho vendiam queijo e presunto na feira da Moita como sempre faziam nos últimos domingos de cada mês. Até um homem de etnia cigana insistir em tapar-lhes a venda com o seu negócio de roupa e estalar uma discussão entre os três, na manhã de ontem.
A família cigana juntou-se e pai e filho foram espancados com paus e ferros pelo corpo todo. Reagiram e acabaram atingidos por quatro tiros de revólver. O filho já caiu morto e o pai está internado em estado grave.O espaço da feira foi reduzido nos últimos anos e os conflitos pelos melhores lugares são ali “frequentes”, adianta ao Correio da Manhã fonte policial. Mas vários feirantes habituais, que pedem para não ser identificados por medo de represálias, garantem que aquele lugar era da família Rodrigues – que há muito ali vendia “queijos, presuntos e todos os tipos de enchidos”, sem que alguma vez tivessem incomodado alguém.»

Mas não há mercado todos os meses?
Não há policiamento?
Na Moita não há PSP?
O posto da GNR já não está mais arranjadinho?
Pelos vistos, não é a proximidade das esquadras que resolve estes problemas.

AV1

12 comentários:

k7pirata disse...

É de lamentar a perda de vidas.
Subscrevo este texto.

nunocavaco disse...

É de lamentar as perdas de vidas e quem usa argumentos destes para bater nos do costume. Em política não vale tudo, tenha mais contenção e pense naqueles que sofrem.

Anónimo disse...

É de lamentar...
E viva Portugal!

Anónimo disse...

Tens razão AV1. Para bem da segurança, o melhor é extinguirem os postos policiais ainda existentes.

AV disse...

Quem quer perceber, percebe.
Quem não quer ou não pode, é pena.
Repito o que já escrevi muita vez. Não adianta ter uma esquadra ao lado de casa, se o serviço de segurança pública não for feito com ética e bom-senso.

Contenção, meu caro NC, recomende-a aos seus amigos que nesta matéria se fartam de dizer disparates.
Eu aqui não mencionei ninguém "do costume" que lhe seja caro, ou mencionei?

AV1

nunocavaco disse...

"Pelos vistos, não é a proximidade das esquadras que resolve estes problemas."- Av1.

Você também me é caro, mas vamos encerrar o assunto porque já vi qual é a sua posição e neste caso e mais uma vez é diferente da minha, só isso.
P.S.- Até numa esquadra pode ocorrer um homicídio, o que não justifica o seu encerramento.

Um abraço

AV disse...

Você encerra o que bem entender.
Eu repito que, se é verdade que é necessário um policiamento de proximidade, esse policiamento - seja de quem for a responsabilidade - não pode ser feito com 2 agentes a dar uma voltinha vagarosa, ou a "refrescarem-se" ou às compras no Modelo. em horário e com carro do trabalho.
É o que eu acho, cidadão cumpridor e já multado, que pagou as suas multas, em vez de as trocar por uma "atençãozinha". E cidadão que já chamou os serviços da GNR e que, num caso teve sorte, na outra nem isso.
Ahhh, e com amigos na corporação que confirmam este tipo de situações, dizendo que as coisas vão melhorando, mas que os hábitos...

AV1

nunocavaco disse...

Essas situações existem e vão continuar a existir. Vão melhorando é certo, são graves é verdade, mas, cabe-nos a nós exigir e lutar por melhores serviços, quer policiais, quer das autarquias, quer de outras entidades, inclusivamente do sector privado. Conheço uma estória com uma seguradora que é de gritos. Isto não se consegue de um dia para o outro, a mentalidade custa a mudar. Mas é certo e sabido que os meios também são escassos, o que não justifica tudo, mas uma boa parte.

AV disse...

Obrigado por me dar razão.
Com jeitinho, meu caro, até percebe que o que se escreve aqui - picadelas à parte e elas são exactamente para produzirem efeitos - se escreve não por "fórmula", mas por observação e análise do que é a realidade e não nenhuma sua representação idealizada á medida dos desejos.

AV1

nunocavaco disse...

Esquecendo a razão, se me provarem com números, que o posto não faz falta na Moita, eu mudo de opinião.

AV disse...

Como é que isso se prova com números?
Quem escreveu que o posto não faz falta?

O que se afirmou foi que se eu tiver um médico na aldeia, mas ele não acorrer aos casos urgentes a tempo, de pouco adianta ele lá estar.
Daí, saltar para a conclusão que não é preciso ter um médico na aldeia, só salta quem quer baralhar a discussão.
Percebe-se a táctica, regista-se a lógica retorcida, mas não se cai nessa casca de banana.
Os postos da GNR e PSP são necessários e com mais meios, mas fundamentalmente sem a mentalidade de manga de alpaca que tenta, por meios ínvios, sacar ao Estado, aquilo que acha que falta no seu pagamento, seja em utilização de viaturas, em não prestação de um serviço capaz ou em caixas de clips.
Tão simples quanto isso.

AV1

nunocavaco disse...

Concordamos. Foi apenas mau entendimento da minha parte, mas sublinho, concordamos, o que é raro mas também acontece.