Nem sempre são os inícios mais espalhafatosos que dão os melhores resultados.
Basta ver que em Portugal muitos processos judiciais começam de forma hollywoodesca e acabam em arquivamentos mais do que certos.
No entanto, as avalanches de início podem começar pelo deslizar de uma pequena bola de neve.
E as pérolas não são mais, na origem, do que pequenas pedrinhas.
Por isso este núcleo de irredutíveis anti-moiteiros anda animado.
É que um confronto desproprocionado deste tipo, de alguns contra muitos, de cidadãos "anónimos" contra uma máquina tentacular instalada não é tarefa fácil nem rápida.
Por isso são sempre bem vindos afluentes ao caudal.
Lembremo-nos que as coisas começaram por ser simples brincadeiras com conteúdo implícito sério, que receberam uma atitude de desdém. Lembram-se do protesto em relação ao caso da cadeia? Esse foi um ponto de viragem.
Depois começaram a ganhar dimensão com a contestação cívica de quem se sentiu injustamente discriminado. E ganharam dimensão. E aí as coisas começaram a fazer cócegas.
Nos poderes instalados localmente e naqueles que se lhes opõem, embora nem sempre de modo firme, pois é difícil enfrentar em campo aberto uma estratégia trauliteira.
Os assuntos passaram a ser dicutidos a nível político local e ganharam dimensão mediática nacional.
Isso é certo que não chegou para inverter a acção de um poder autista e que interpreta o emendar de mão e a admissão do erro como algo inaceitável e uma afronta.
Esse tipo de atitude, de incapacidade de "ouvir", acaba normalmente, a mais curto ou longo prazo, por uma qualquer forma de defenestramento.
Para isso concorrem três vertentes: a da opinião pública e publicada, a do combate cívico e político e a da demonstração jurídica.
A mim quer-me parecer que as três um destes dias vão-se reunir e dar origem a uma enorme avalanche que se vai despencar de grande altura.
E depois quem tiver insistido em não se mexer, por teimosia ou interesse, leva com tudo em cima.
Quem avisa...
terça-feira, fevereiro 13, 2007
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1 comentário:
200% d'ac com esta análise.
Felizes as terras e os cidadãos que podem contar com meios de comunicação livres e criativos como nós contamos aqui, em Alhos Vedros e na Região!
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