
Para um ecologista ferrendo serão os blocos de apartamentos, onde antes havia uma mancha de sobreiros, espécie protegida e que só pode ser abatida em caso de interesse público. Existindo muitas áreas descampadas na freguesia (do outro lado da estrada, por trás dos campos de ténis, por exemplo), não se justificaria existir aqui esta urbanização.
Para um apologista do desenvolvimento, estas árvores só estão a atrapalhar as obras e não se justifica a sua presença. Devem ser cortadas e fazer-se depois um espaço qualquer ali no meio, empedrado, alcatroado, com uma relva e uns arbustos, que fica muito melhor.
Para mim, os erros são outros, a saber:
a) Blocos de apartamentos com deficiente qualidade de construção, em que o rés-do-chão está à face da rua com os inconvenientes de insegurança, ruído e humidade proveniente do solo que ficam associados a este tipo de construção (já sei que não sou engenheiro, mas não preciso ter-se essa formação para ter bom-senso).
b) Ausência de qualquer tipo de tratamento de espaço envolvente ao edifício. Não chega deixar as árvores, devia existir um qualquer tipo de intervenção no terreno, com um passeio ou canteiros em torno dos edifícios (não sou arquitecto paisagista, mas também consigo perceber o que é óbvio).
c) O estaleiro a céu aberto, em que os materiais de construção são largados de qualquer maneira, sem vedações, nem protecção das zonas envolventes (não sou fiscal da Câmara porque, se fosse, se calhar estava a esta hora a almoçar com algum conhecido do ramo).
Isto se for visto de outro lado ainda é pior, mas não deu para fotografar devido aos mirones pouco amigáveis do pessoal da obra.
Por outro lado, provavelmente alguns leitores nossos, como é o caso de bs, acharão que está tudo bem. Vive lá e já escreveu que na Vila Rosa todos vivem felizes, está limpinho e bem equipado.
São opiniões.
E tal como certas partes da nossa anatomia, todos temos e fazemos com isso o que bem entendemos.

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